Neste ato, realizado no dia 28 de outubro, a partir das 12h na página da A.V.A.L.B. — Academia Virtual de Autores Literários do Brasil sitiada no Facebook, damos posse à MARISA FRANCISCO, como ACADÊMICA EFETIVA CORRESPONDENTE EM PORTUGAL, ocupando a Cadeira n° 3, tendo por patronesse a poetisa e contista FLORBELA ESPANCA.
Em sequência, apresentamos:
1- Mini biografia da Acadêmica;
1.1- Poesia da Acadêmica;
2- Biografia da Patronesse — Florbela Espanca;
2.1- Poesia da Patronesse.
1- Mini biografia:
Marisa Francisco, Portuguesa residente no Distrito de Santarém, farmacêutica, adora escrever poesias e já editou 2 livros. Pertence ao Diário dos Poetas como administradora desde 20 de Agosto de 2021.
1.1- Poesia da Acadêmica
Meu Grande amor
Meu amor por ti é grande
É uma chama que nos incendeia
Esta é a minha realidade
Teu amor é como uma teia
Que me agarra e sustenta
No mais profundo mar
Cujas pérolas ostenta
Estando sempre a brilhar
Como amo seu brilho
Fazem-me acreditar
Ouve o que te digo
E vem depressa me amar
Direitos de autor
Marisa Francisco©
2- Biografia da Patronesse: Florbela Espanca
Florbela Espanca (1894—1930) foi uma poetisa portuguesa, autora de sonetos e contos importantes na literatura portuguesa. Foi uma das primeiras feministas de Portugal.
Sua poesia é conhecida por um estilo peculiar, com forte teor emocional, onde o sofrimento, a solidão e o desencanto estão aliados ao desejo de ser feliz.
Florbela Espanca, nome literário de Florbela da Alma da Conceição, nasceu em Vila Viçosa, no Alentejo, Portugal, no dia 8 de dezembro de 1894. Em 1903, com sete anos começou a escrever seus primeiros textos e assinar “Flor d’Alma da Conceição”. Nesse mesmo ano, escreveu “A Vida e a Morte”, seu primeiro poema, mostrou a opção por textos amargos. Em 1906 escreveu seu primeiro conto intitulado “Mamã!”. Em 1907, apresentou os primeiros sintomas de uma doença do sistema nervoso. Em 1908 ficou órfã de mãe.
Ingressou no Liceu Nacional de Évora, permanecendo até 1912. Em 1913 casou-se com Alberto Moutinho, seu colega da escola. Em 1914, o casal mudou-se para Redondo, na Serra d’Ossa, Alentejo, onde abriram uma escola e Florbela passou a lecionar. Em 1916 publicou o soneto “Crisântemos” na revista Modas & Bordados. De volta a Évora, tornou-se colaboradora do jornal “Notícias de Évora”, época que conheceu outros poetas e participou de um grupo de mulheres escritoras. Em 1917, completou o curso de Letras e ingressou no curso de Direito da Universidade de Lisboa. Apresentou, mais uma vez, os sintomas de uma neurose. Em 1919, lançou o “Livro de Mágoas”. Parte de sua inspiração veio de sua vida tumultuada, inquieta e sofrida pelo relacionamento conflituoso com o pai. Após sofrer um aborto espontâneo, Florbela permaneceu doente por um longo período. Em 1921, divorciou-se de Alberto e passou a viver com um oficial de artilharia, Antônio Guimarães e sofreu com o preconceito da sociedade. Em 1923, publicou “Livro de Sóror Saudade”.
Nesse mesmo ano, sofreu novo aborto e separou-se desse marido. Em 1925, casou-se com o médico Mário Laje, em Matosinhos. Em 1927, sua vida foi marcada pela morte do irmão, em um acidente de avião, fato que a levou a tentar o suicídio. A morte precoce do irmão lhe inspirou a escrever “As Máscaras do Destino”.
2.1- Poesia da Patronesse:
Fanatismo
- Florbela Espanca
Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer a razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!
Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!
"Tudo no mundo é frágil, tudo passa..."
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!
E, olhos postos em ti, digo de rastros:
"Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: Princípio e Fim!..."
Nenhum comentário:
Postar um comentário