29 novembro 2022

5 de agosto: José Cândido de Carvalho

 Para conhecer José Cândido de Carvalho:


José Cândido de Carvalho, foi jornalista, romancista, escritor, cronista, bacharel em Direito. Era filho de Bonifácio de Carvalho e de D. Maria Cândida de Carvalho (camponeses e pequenos comerciantes tramontanos), e nasceu às 16 horas do dia 5 de agosto de 1914, em Campos dos Goytacazes no Rio de Janeiro, quatro horas depois de irromper a Primeira Guerra Mundial. 


Aos oito anos, por doença do pai, veio morar algum tempo no Rio de Janeiro, quando trabalhou, como estafeta (entregador de encomendas), na Exposição Internacional de 22. Desses tempos nos alegres anos 20, o menino tornou-se mais criativo. 

Fez o curso primário, o ginasial e formou-se, em 1937, pela Escola de Direito Clóvis Bevilacqua. 


Nas férias trabalhava como ajudante de farmacêutico, cobrador de uma firma de aguardente e de uma refinaria de açúcar. Ao anunciar-se a Revolução de 30, José Trocou o comércio pelo jornal. Iniciou a atividade de jornalista na revisão de O Liberal. 


Até 1939, foi redator e colaborador de vários jornais de Campos (A Folha do Comércio, substituindo Magalhães Júior; A Notícia, A Gazeta do Povo, O Monitor Campista), e depois no Rio de Janeiro, no "Jornal do Brasil".

Neste mesmo ano, empolgado com o sucesso dos livros de José Lins do Rego, fez sua estréia com o romance "Olha para o céu, Frederico", contando coisas da "Terra Goitacá"; e embora não tenha conquistado o merecido sucesso literário na época, viria mais tarde a atingir sua quinta edição. 


Em 1957, com o fechamento de "A Noite", foi para "O Cruzeiro", onde durante anos chefiou o "copy-desk" da revista. De 1968 a 1970, assinou, em "O Jornal" e em "O Cruzeiro", e depois, nomeado diretor da Rádio Roquete Pinto. De 1974 a 1976, dirigiu o Serviço de Rádiofuão Educativa do Ministério de Educação e Cultura. Em 1975, foi nomeado Presidente do Conselho Estadual de Cultura do Rio de Janeiro, gestão que durou até 1984. De 1976 a 1981, dirigiu a FUNART (Fundação Nacional de Arte). Em 1984, assumiu o cargo de Presidente da Fundação de Atividades Culturais de Niterói (FAC)


Observador atento dos costumes dos brasileiros, soube trazer habilmente na literatura que produziu, o linguajar típico do interior, obtendo alcance nacional com a publicação de O coronel e o lobisomem. 

Teve glória de ser plagiado pelo gênio do teatro Dias Gomes, que modificou o linguajar do personagem Odorico Paraguaçu da peça "O Bem Amado" inspirado pelo vernáculo utilizado no livro "O Coronel e o Lobisomem".


Foi o único membro da Academia Brasileira de Letras morador de Niterói, e o único fluminense (nos últimos cinqüenta anos) a ocupar uma cadeira na ABL, sendo  eleito em 23/5/73 e empossado em 1°/10/74.


Conteúdo da obra publicada:

• Olha para o céu, Frederico (1939); 

• O Coronel e o Lobisomem (1964); 

• Porque Lulu Bergantim na atravessou o rubicon (1971); 

• Um ninhode mafagafes (1971); 

• Ninguém mata o arco-íris (1972); 

• Manequinho e o anjo da procissão (1974);

• Os Mágicos municipais (1984). 


Deixou inéditos: 

• O rei Baltasar

• Os mais curtos contos do País. 


No Exterior: 

• "Le colonel et le loup-gerou", trad. Du brésilien par José Gonzáles. Paris Gallimard, 1978 (Col.Dumond entier); 

• "O Coronel e o Lobisomem", Lisboa, Livros do Brasil, s.d; 

• "El coronel y el lobisín", Buenos Aires, 1976, 

"Dermoberst um der werwolf", Frankfurt, Am Main, 1979.


Faleceu em 1° de agosto de 1989.


"Era Simples, trabalhava devagar e tinha muito talento" - Aída de Almeida, para O Fluminense (20/08/1989).


- Fontes: 

https://www. culturaniteroi . com . br/ blog/ mapeamentocultural/187.

https://peregrinacultural . wordpress . com/ 2010/01/05/olha-para-o-ceu-frederico-de-jose-candido-de-carvalho/





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