27 novembro 2022

Poeta Mario Quintana - 30 de julho

Para conhecer Quintana: 

1 - Preâmbulo
2 - Vida
3 - Últimos anos:
4 - Curiosidade
5 - Livros principais

1 - Preâmbulo:
Mário de Miranda Quintana nasceu na cidade de Alegrete, no Rio Grande do Sul, no dia 30 de julho de 1906. Filho de Celso de Oliveira Quintana, farmacêutico e de Virgínia de Miranda Quintana, iniciou seus estudos em sua cidade natal. Aprendeu noções de francês com seus pais.

Em 1919 mudou-se para Porto Alegre e ingressou no Colégio Militar, em regime de internato. Nessa época, publicou seus primeiros versos na revista literária dos alunos do Colégio Militar.

Em 1923, Mário Quintana publicou um soneto no jornal de Alegrete, com o pseudônimo de "JB". Em 1924, deixou a Colégio Militar e começou a trabalhar como atendente na livraria Globo, onde permanece durante três meses. Em 1925 retornou para Alegrete, onde passou a trabalhar na farmácia da família.

Em 1926, Mário Quintana ficou órfão de mãe. Nesse mesmo ano, se fixou em Porto Alegre, quando foi premiado em um concurso de contos do jornal "Diário de Notícias", com o conto "A Sétima Passagem". No ano seguinte ficou órfão de pai.

2 - Vida:

Em 1929, Mário Quintana começou a trabalhar como tradutor na redação do jornal O Estado do Rio Grande. Em 1930, a Revista Globo e o Correio do Povo publicaram os versos do poeta.

Na época da Revolução de 1930, o jornal O Estado do Rio Grande foi fechado e Mário Quintana partiu para o Rio de Janeiro, onde entrou como voluntário no 7.º Batalhão de Caçadores de Porto Alegre. Seis meses depois retornou para Porto Alegre e retomou seu trabalho no jornal..

Em 1934, publicou sua primeira tradução, o livro "Palavras e Sangue", de Giovanni Papini. O poeta também traduziu autores como Voltaire, Virginia Woolf e Emil Ludwig.

Mário Quintana traduziu também "Em Busca do Tempo Perdido", de Marcel Prost. Em 1936 transfere-se para a Livraria do Globo, onde trabalhou com Érico Veríssimo. Nessa época seus textos foram publicados na revista Ibirapuitan.

3 - Últimos anos:

Em 1980, Mário Quintana recebeu o prêmio Machado de Assis da ABL pelo conjunto da obra. Em 1981, foi agraciado com o Prêmio Jabuti como Personalidade Literária do Ano.

A partir de 1988 Mário Quintana passou a publicar as "Agendas Poéticas", que se tornaram um sucesso de vendas. Nelas, ele escrevia um breve texto para cada dia do ano.

A partir de 1990, devido à saúde debilitada, o poeta passou a pinçar frases já publicadas em seus livros anteriores.

4 - Curiosidade:

Desde jovem, Mário Quintana já morava em hotéis. Foi hóspede do Hotel Majestic, no centro histórico de Porto Alegre, de 1968 até 1980.

Desempregado, sem dinheiro foi despejado e alojado no Hotel Royal, no quarto de propriedade do ex-jogador Paulo Roberto Falcão.

Mário nunca se casou nem teve filhos, embora tivesse fama de cortejar as mulheres. A poesia, embora considerada por ele como “um vício triste”, foi sua maior companheira.

Mário Quintana faleceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, no dia 5 de maio de 1994, em consequência de insuficiência respiratória e cardíaca.

O Hotel Majestic, onde Mário Quintana morou por 12 anos, foi transformado no centro cultural, “Casa de Cultura Mário Quintana”.

5 - Livros principais:

Em 1940, Mário Quintana publicou seu primeiro livro de sonetos: A Rua dos Cataventos. Sua poesia extraiu a musicalidade das palavras. A aceitação de seus poemas levou vários sonetos a serem transcritos em antologias e livros escolares. 

O segundo livro de Mário Quintana foi Canções. A exploração da musicalidade que faz parte de seus poemas o encaminhou para a criação de poemas que lhe permitiram que essa característica fosse explorada.

Em 1948, Mário Quintana publicou Sapato Florido, um misto de poesia e prosa, onde o poeta adota a figura do caminhante para se auto representar e o motivo dos sapatos se associa a dos ventos, das nuvens e dos barcos. Alguns textos são longos e se convertem em prosa poética e outros não têm mais do que uma frase.

Na obra Espelho Mágico de 1951, Quintana escreveu poesias curtas.

Na obra Caderno H (1973) Mário Quintana reuniu poemas em prosa, alguns longos e outros curtos, mas com dimensão e densidades poéticas e geralmente irônicos. O humor e a capacidade de criar poemas sintéticos e frases demolidoras era uma das suas principais características.

No livro Novas Antologias Poéticas (1985), a poesia de Mário Quintana tem sempre referências concretas, mas age como se o sonho, para expandir-se, necessitasse manter os laços com a experiência vivida.

- Fonte: ebiografia . com



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