29 novembro 2022

Juvenal Galeno, o literata cearense.

Juvenal Galeno


Tópicos:

1. Pequena biografia

2. Breve histórico da Casa Juvenal Galeno

3. Fontes


1. Pequena biografia

Juvenal Galeno da Costa e Silva nasceu em Fortaleza, Ceará, em 27 de setembro de 1836, e morreu na mesma cidade, em 7 de março de 1931. Era filho de José Antônio da Costa e Silva, e de Maria do Carmo Teófilo e Silva. Para alguns estudiosos, seria o criador da poesia de motivos e feição populares no Brasil. Seus versos reproduzem os costumes, as crendices, os folguedos, os sentimentos e a bravura do povo. É considerado o pioneiro do uso do folclore do nordeste, na poesia de larga divulgação.

Foi para o Rio de Janeiro estudar “assuntos de lavoura”, conforme desejo de seu pai. Na capital federal, fez amizade com Paula Brito, frequentando sua tipografia, onde conheceu alguns intelectuais. Estimulado pelo ambiente, escreveu poesias que foram publicadas na revista Marmota Fluminense. Voltou para o Ceará, e exerceu, em Fortaleza, a função de diretor da Biblioteca Pública até ser afastado por problemas de saúde. Perdeu a visão por causa de glaucoma.

Foi sócio fundador do Instituto do Ceará. Ocupou a cadeira 23, na Academia Cearense de Letras. Colaborou em vários jornais e revistas. Publicou em 1856, Prelúdios poéticos, livro de poesias dentro da estética do romantismo, apontado como o marco inicial da literatura cearense, por Mario Linhares. O ponto alto de sua maturidade poética veio com o lançamento de Lendas e canções populares, em 1865. Colaborador assíduo dos jornais A Constituinte e Pedro II. Com a ajuda das filhas, Henriqueta e Juliana Galeno,  sua residência fonai transformada  Casa Juvenal Galeno, centro de cultura e assuntos literários, em 1919.


2. Breve histórico da Casa Juvenal Galeno

No ano de 1888 o Centro de Fortaleza recebeu uma de suas edificações mais icônicas: a Casa de Juvenal Galeno da Costa e Silva, localizada na Rua General Sampaio, antiga Rua da Cadeia. Construída pelo poeta, a casa verde foi transformada no Salão Juvenal Galeno (Centro de Desenvolvimento Cultural do Ceará) por sua filha, Henriqueta Galeno em 1919. Singela e de tradição poética, a casa é mantida pela Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult) e dividida em dez cômodos. Dentre eles, duas bibliotecas, uma pequena editora e salões abertos à cultura.

Em 27 de setembro de 1919, aniversário de Juvenal Galeno, era fundado o Salão Juvenal Galeno, com a presença de um numeroso público. Em pouquíssimo tempo, o salão tornou-se conhecido graças às palestras e reuniões que atraiam importantes nomes da literatura cearense, como: Dolor Barreira, Euclides da Cunha, Mário da Silveira, Filgueiras Lima, Raquel de Queiroz, Demócrito Rocha, Quintino Cunha, Patativa do Assaré e muitos outros.

No dia 9 de junho de 1930, foi fundado no Salão a Academia de Letras do Ceará (que não é a Academia Cearense de Letras), presidida por Adonias Lima e com saraus literários, prestigiados por ilustres nomes, como Mozart Soriano Albuquerque, Leonardo Mota, Fernandes Távora, Jader de Carvalho, Raimundo Girão, Moreira Campos entre outros. Em 1931 Juvenal faleceu, e cinco anos depois, Henriqueta inaugurou o Salão Nobre da instituição, ocasião em que o local passou a se chamar Casa de Juvenal Galeno. Posteriormente os cuidados do patrimônio cultural (e literário) foram passados para as mãos de Cândida (Nenzinha), Alberto, Amílcar e atualmente pelo bisneto do poeta, Antônio Galeno.


3. Fontes:

- Wikipédia

- bndigital . bn. gov. br › dossies Juvenal Galeno - BNDigital

- "A Casa de Juvenal Galeno: o lar do artista cearense", autores: Leila Nobre, Gabriel Gonçalves e Michele Boroh

- literaturabrasileira . ufsc. br

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