30 novembro 2022
31 de outubro - Drummond e a pedra/Dia do poeta virtual
29 de outibro - Dia nacional do livro
A escolha da do dia 29 de outubro deu-se em homenagem ao dia em que também foi fundada a Biblioteca Nacional do Brasil, localizada no Rio de Janeiro, quando a Real Biblioteca Portuguesa foi transferida para a colônia, em 1810.
Neste mesmo ano o primeiro livro brasileiro foi impresso, e intitulado como "Marília de Dirceu", e de autoria do poeta Tomás Antônio Gonzaga.
Assim, com a chegada da imprensa ao país, as máquinas de impressão eram utilizadas para imprimir os jornais com notícias de interesse do governo português, que financiava as impressões. Isso fazia com que muitos autores brasileiros optassem por imprimir suas obras em países europeus, fato que veio a mudar no século XX com a atuação de Monteiro Lobato.
2ª Posse acadêmica - 28 de outubro
Neste ato, realizado no dia 28 de outubro, a partir das 12h na página da A.V.A.L.B. — Academia Virtual de Autores Literários do Brasil sitiada no Facebook, damos posse a EDU VIOLA, como ACADÊMICO EFETIVO, ocupando a Cadeira n° 2, tendo por patrono o roteirista, dramaturgo, crítico, jornalista e escritor ARNALDO JABOR.
Em sequência, apresentamos:
1- Biografia do Acadêmico;
1.1- Poesia do Acadêmico;
2- Biografia do Patrono — Arnaldo Jabor;
2.1- Frases e um comentário do Patrono;
2.1.a — Dez frases marcantes;
2.1.b — Mini crônica de Arnaldo Jabor.
1- Biografia do Acadêmico:
Edu Viola (Eduardo José Toledo Gonçalves), nasceu em 28/06/1957, na cidade do Rio de Janeiro/RJ. É casado (desde 1981), é pai de um casal e avô de quatro netos.
Começou a a tocar violão em 1963, e em 1970 participou de diversos festivais estudantis.
Trabalhou na Shell e na Petrobras (terceirizado). Como compositor, Edu Viola como é conhecido, já compôs mais de 62 músicas, sendo todas registradas.
Em 2019, começou a fazer poesias, nos mais diversos estilos, dentre eles: Camaquiano, Aldravia, Austin, Camolê; Emaranhado, Piramidal Spina, Trovas e Sonetos. Criou seu próprio estilo musical, os quais batizou de "Baguncita" e "Triangulando", atualmente está totalmente dedicado à família, música e poesia.
É autor do livro "Verba Volant, Scripta Manent - Palavras Voam, Escritas Permanecem", publicado em maio de 2022.
1.1- Poesia da Acadêmico:
Conservação Ambiental
Um conselho amigo
Eu queria dar
Para que todos
Possam se "Conscientizar"!
Vamos evitar
a poluição
nosso meio ambiente
Merece conservação!
Vamos preservar..
O ar, a terra e o mar
Poluir pra quê?
Se podemos melhor viver!
Não jogue lixo nas ruas
Não jogue plásticos no mar
Tente evitar o desmatamento...
Que o planeta agradecerá!
Edu Viola; ©29.01.2022
2- Biografia do Patrono — Arnaldo Jabor:
Nasceu em 12/12/1940, no Rio de Janeiro. Foi cineasta, roteirista, diretor de cinema e TV, produtor cinematográfico, dramaturgo, crítico, jornalista e escritor. Ao longo das décadas de 60, 70 e 80, dedicou-se ao cinema. Começou como assistente de Carlos Diegues, Leon Hirszman e Paulo César Saraceni. Pindorama (1970), foi seu primeiro filme de ficção. Entre seus filmes mais famosos, estão, Toda nudez será castigada (1973) e Eu sei que vou te amar (1984). Na década de 1990 buscou novos rumos e encontrou-se no jornalismo, iniciando colaboração semanal na Folha de S. Paulo (1991), tornando-se uma das personalidades mais polêmicas da imprensa nacional. Estreou como colunista de O Globo em 1995, e no final do ano, como comentarista dos telejornais da Rede Globo no Jornal Nacional e no Bom Dia Brasil, mantendo um estilo irônico diante dos fatos da realidade brasileira. Como escritor lançou cinco coletâneas de crônicas: Os canibais estão na sala de jantar (1993), Brasil na cabeça (1995), Sanduíches de realidade
(1997), A invasão das salsichas gigantes,
Amor é prosa, sexo é poesia (2004), Pornopolítica (2006), Eu Sei Que Vou Te Amar (2007), Amigos Ouvintes (coletânea, 2009) e O Malabarista - Os Melhores Textos de Arnaldo Jabor (2014). Em toda sua obra, do cinema ao jornalismo, apontou os vícios da classe média do país; daí a comparação com Nelson Rodrigues, de cujo universo temático ele partilhava e de onde herdou o gosto pelas hipérboles e adjetivos, abundantes em seus textos. Capaz de escrever com fluência em estilos variados, era pródigo em aliar citações eruditas a uma visão mordaz da realidade brasileira. Faleceu em 15/02/2022 no Rio de Janeiro, em virtude de complicações de um a.v.c. sofrido meses antes.
2.1- Frases e uma mini crônica do Patrono:
2.1.a — Dez frases marcantes:
— "Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir�. Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração! Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora?"
— "Vivemos no poço escuro da web. Ou buscamos a exposição total para ser "celebridade" ou usamos esse anonimato irresponsável com o nome dos outros."
— “A miséria não acaba porque dá lucro.”
— "Steve Jobs pegou a maçã que caiu na cabeça de Isaac Newton e mordeu para nos libertar do insuportável paraíso da ignorância."
— "Os falsários tentam imitar meu estilo de texto, mas são tão maniqueístas, que os que me conhecem bem sabem que não fui eu que escrevi."
— "Certos deputados querem fechar a imprensa. Desejam uma lei que os defenda da opinião pública. Aí acaba a democracia."
— "Na época de 'Pindorama', tinha 27 anos e nunca tinha dirigido um ator. Incrível como deram dinheiro para um estreante fazer um filme histórico."
— "Na TV, mais importante do que ser profundo, é ser claro e interessante todo dia."
— "O amor sonha com a pureza
sexo precisa do pecado
o amor é sonho dos solteiros
sexo é sonho dos casados."
— "O Brasil está tonto, perdido entre tecnologias novas cercadas de miséria e estupidez por todos os lados."
2.1.b — Mini crônica de Arnaldo Jabor:
"Brevemente, ouviremos a aeromoça falando: ‘senhores passageiros, em caso de assalto, cairão automaticamente à sua frente coletes de aço e capacetes protetores contra tiros. Coloquem, e depois tenham calma com os ladrões. Não invadam a primeira classe, toda blindada e equipada com kits de sobrevivência, com champanhe e caviar para seqüestros de longa duração.’
O problema no Brasil é que os ladrões principais não viajam armados. São todos bem vestidos e protegidos por nossas leis em vigor.
E já que a reforma do Judiciário não sai, o que nós precisamos é inventar um raio X para Lalau, para gatunos de colarinho branco.
Raios x para as almas negras dos corruptos, principalmente no aeroporto de Brasília."
1ª Posse acadêmica - 28 de outubro
Neste ato, realizado no dia 28 de outubro, a partir das 12h na página da A.V.A.L.B. — Academia Virtual de Autores Literários do Brasil sitiada no Facebook, damos posse à MARISA FRANCISCO, como ACADÊMICA EFETIVA CORRESPONDENTE EM PORTUGAL, ocupando a Cadeira n° 3, tendo por patronesse a poetisa e contista FLORBELA ESPANCA.
Em sequência, apresentamos:
1- Mini biografia da Acadêmica;
1.1- Poesia da Acadêmica;
2- Biografia da Patronesse — Florbela Espanca;
2.1- Poesia da Patronesse.
1- Mini biografia:
Marisa Francisco, Portuguesa residente no Distrito de Santarém, farmacêutica, adora escrever poesias e já editou 2 livros. Pertence ao Diário dos Poetas como administradora desde 20 de Agosto de 2021.
1.1- Poesia da Acadêmica
Meu Grande amor
Meu amor por ti é grande
É uma chama que nos incendeia
Esta é a minha realidade
Teu amor é como uma teia
Que me agarra e sustenta
No mais profundo mar
Cujas pérolas ostenta
Estando sempre a brilhar
Como amo seu brilho
Fazem-me acreditar
Ouve o que te digo
E vem depressa me amar
Direitos de autor
Marisa Francisco©
2- Biografia da Patronesse: Florbela Espanca
Florbela Espanca (1894—1930) foi uma poetisa portuguesa, autora de sonetos e contos importantes na literatura portuguesa. Foi uma das primeiras feministas de Portugal.
Sua poesia é conhecida por um estilo peculiar, com forte teor emocional, onde o sofrimento, a solidão e o desencanto estão aliados ao desejo de ser feliz.
Florbela Espanca, nome literário de Florbela da Alma da Conceição, nasceu em Vila Viçosa, no Alentejo, Portugal, no dia 8 de dezembro de 1894. Em 1903, com sete anos começou a escrever seus primeiros textos e assinar “Flor d’Alma da Conceição”. Nesse mesmo ano, escreveu “A Vida e a Morte”, seu primeiro poema, mostrou a opção por textos amargos. Em 1906 escreveu seu primeiro conto intitulado “Mamã!”. Em 1907, apresentou os primeiros sintomas de uma doença do sistema nervoso. Em 1908 ficou órfã de mãe.
Ingressou no Liceu Nacional de Évora, permanecendo até 1912. Em 1913 casou-se com Alberto Moutinho, seu colega da escola. Em 1914, o casal mudou-se para Redondo, na Serra d’Ossa, Alentejo, onde abriram uma escola e Florbela passou a lecionar. Em 1916 publicou o soneto “Crisântemos” na revista Modas & Bordados. De volta a Évora, tornou-se colaboradora do jornal “Notícias de Évora”, época que conheceu outros poetas e participou de um grupo de mulheres escritoras. Em 1917, completou o curso de Letras e ingressou no curso de Direito da Universidade de Lisboa. Apresentou, mais uma vez, os sintomas de uma neurose. Em 1919, lançou o “Livro de Mágoas”. Parte de sua inspiração veio de sua vida tumultuada, inquieta e sofrida pelo relacionamento conflituoso com o pai. Após sofrer um aborto espontâneo, Florbela permaneceu doente por um longo período. Em 1921, divorciou-se de Alberto e passou a viver com um oficial de artilharia, Antônio Guimarães e sofreu com o preconceito da sociedade. Em 1923, publicou “Livro de Sóror Saudade”.
Nesse mesmo ano, sofreu novo aborto e separou-se desse marido. Em 1925, casou-se com o médico Mário Laje, em Matosinhos. Em 1927, sua vida foi marcada pela morte do irmão, em um acidente de avião, fato que a levou a tentar o suicídio. A morte precoce do irmão lhe inspirou a escrever “As Máscaras do Destino”.
2.1- Poesia da Patronesse:
Fanatismo
- Florbela Espanca
Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer a razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!
Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!
"Tudo no mundo é frágil, tudo passa..."
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!
E, olhos postos em ti, digo de rastros:
"Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: Princípio e Fim!..."
26 de outubro - Centenário de Darcy Ribeiro
20 de outibro - Dia do Poeta
O Dia do Poeta é celebrado anualmente em 20 de outubro e seu principal propósito é incentivar a leitura, escrita e publicação de obras poéticas nacionais.
A data também visa o reconhecimento do artista escritor, que usa de sua criatividade, imaginação e sensibilidade para escrever, em versos, suas poesias.
O principal propósito desta data é incentivar a leitura, escrita e publicação de obras poéticas nacionais. É importante ressaltar que o Dia Nacional do Poeta é comemorado extraoficialmente, pois não há uma lei que oficialize o 20 de outubro como Dia do Poeta no país.
Porém, a data foi escolhida por uma razão bastante especial para os poetas brasileiros. No dia 20 de outubro de 1976, em São Paulo, surgia o Movimento Poético Nacional, na casa do jornalista, romancista, advogado e pintor brasileiro Paulo Menotti Del Picchia, e para manter viva a lembrança deste momento ímpar para os poetas do Brasil, o 20 de outubro é o Dia do Poeta.
19 de outubro - Vinicius de Moraes
Destaques classificados pelo Facebook
Destaques classificados pelo Facebook
Rita Soares e Tarcísio Alves são os colaboradores em ascensão no Grupo Amigos da A.V.A.L.B., eleitos pelo Facebook.
Nilson Araújo é agora Puxador de conversa e Alice Matos é Embaixadora do Grupo Amigos da A.V.A.L.B. onde são também, membros fundadores.
Meire Perola Santos, Fernando Antônio Fonseca e Iran Maceno dos Santos, são oficialmente os narradores visuais do Grupo Amigos da A.V.A.L.B., eleitos pelo Facebook por suas relevantes participações.
Dia dos Mestres - Evento on line
Abertura
Certificados de participação
Parabéns a todos os poetas e escritores que com suas obras, prestigiaram o evento Sarau Dia dos Mestres: Ademar Augusto dos Santos/"Professores", Alice Matos/Prosa poética, Aline Bischoff/"Meus versos, com carinho", Amb Maid Čorbić/"Para mis maestros", Arilo Cavalcanti Jr./Quadra, Celinha Carvalho/"Mestre da sabedoria", Denise Rosa/"Aos mestres com carinho", Eduardo Gonçalves (Edu Viola)/"15 de outubro...", Elonize Gums/"Ensinar é uma arte", Francisco de Assis Azevedo/"Rabi", Gracinda Rodrigues Cordeiro/"Meus professores", Inês Carolina Rilho/"Professor"(Acróstico), Isaura Theodoro/"Reverência",Jocarlos Gaspar / "Homenagem ao mestre", Jurandir Argolo/"Mestres, amigos", Lírio Reluzente/"No 15 de outubro", María Helena Reza Gines (Musinha), Meire Perola Santos/ "Parabéns professores", Melita Mely Ratković/"Querida professora", Ricardo Aranha Andrade (Ricky Mágico)/"Professor", Rita Soares/ "Professores", Rossana Nantua/"Ser professor", Sandrinha Máh/"Professor aprendiz", Vainer Cosme Augusto de Oliveira (Vainer Oliveira)/"Homenagem ao Mestre/Professor", Valdice Santana/"Mestra Querida" e Wilson de Oliveira Jasa/"Dia dos mestres".
Certificados de Honra ao mérito
Diplomas de Honra ao Mérito concedidos com base na qualidade das obras e número de participações durante o evento, aos poetas e escritores: Rita Soares, Rossana Nantua, Denise Rosa e Francisco de Assis Azevedo.
29 novembro 2022
13 de outubro - Dia Mundial do Escritor
Feliz Dia mundial do escritor, e se você ainda não publicou, mas quer, não desista!
Grandes escritores começaram sua produção bem tarde. Veja três exemplos de sucesso:
1. Bram Stoker é um bom exemplo!Somente em 1890, aos 43, ele publicou "O castelo da serpente". Sete anos depois ele lançaria a obra que o eternizou: "Drácula", quando estava com cinquenta anos. Deste momento em diante o autor entrou numa fase prolífica, lançando mais sete livros até 1912.
2. O poeta Charles Bukowski trabalhava empregado dos correios. Por mais dez anos.
Enquanto trabalhava nos correios, já com 49 anos, a pequena editora alternativa Black Sparrow Press ofereceu-lhe um contrato. Ele aceitou e disse: “Eu tenho duas escolhas: ficar neste emprego e enlouquecer ou virar escritor e morrer de fome. Eu decidi morrer de fome.” Quando terminou seu primeiro romance, Cartas na rua, ele estava desempregado há um mês. Acabou publicando milhares de poemas, centenas de contos e seis romances. E não morreu de fome.
3. Cora Coralina, considerada uma das maiores poetisas de língua portuguesa do século XX, começou a publicar seus livros aos 75 anos de idade. Apesar disso, a autora sempre escreveu poemas sobre seu cotidiano, com uma linguagem simples na forma, mas muito profunda no conteúdo. Carlos Drummond de Andrade, em 1980, enviou-lhe uma carta elogiando seu trabalho e, logo, a autora de 91 anos passou a ser conhecida em todo Brasil.
Juvenal Galeno, o literata cearense.
Juvenal Galeno
Tópicos:
1. Pequena biografia
2. Breve histórico da Casa Juvenal Galeno
3. Fontes
1. Pequena biografia
Juvenal Galeno da Costa e Silva nasceu em Fortaleza, Ceará, em 27 de setembro de 1836, e morreu na mesma cidade, em 7 de março de 1931. Era filho de José Antônio da Costa e Silva, e de Maria do Carmo Teófilo e Silva. Para alguns estudiosos, seria o criador da poesia de motivos e feição populares no Brasil. Seus versos reproduzem os costumes, as crendices, os folguedos, os sentimentos e a bravura do povo. É considerado o pioneiro do uso do folclore do nordeste, na poesia de larga divulgação.
Foi para o Rio de Janeiro estudar “assuntos de lavoura”, conforme desejo de seu pai. Na capital federal, fez amizade com Paula Brito, frequentando sua tipografia, onde conheceu alguns intelectuais. Estimulado pelo ambiente, escreveu poesias que foram publicadas na revista Marmota Fluminense. Voltou para o Ceará, e exerceu, em Fortaleza, a função de diretor da Biblioteca Pública até ser afastado por problemas de saúde. Perdeu a visão por causa de glaucoma.
Foi sócio fundador do Instituto do Ceará. Ocupou a cadeira 23, na Academia Cearense de Letras. Colaborou em vários jornais e revistas. Publicou em 1856, Prelúdios poéticos, livro de poesias dentro da estética do romantismo, apontado como o marco inicial da literatura cearense, por Mario Linhares. O ponto alto de sua maturidade poética veio com o lançamento de Lendas e canções populares, em 1865. Colaborador assíduo dos jornais A Constituinte e Pedro II. Com a ajuda das filhas, Henriqueta e Juliana Galeno, sua residência fonai transformada Casa Juvenal Galeno, centro de cultura e assuntos literários, em 1919.
2. Breve histórico da Casa Juvenal Galeno
No ano de 1888 o Centro de Fortaleza recebeu uma de suas edificações mais icônicas: a Casa de Juvenal Galeno da Costa e Silva, localizada na Rua General Sampaio, antiga Rua da Cadeia. Construída pelo poeta, a casa verde foi transformada no Salão Juvenal Galeno (Centro de Desenvolvimento Cultural do Ceará) por sua filha, Henriqueta Galeno em 1919. Singela e de tradição poética, a casa é mantida pela Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult) e dividida em dez cômodos. Dentre eles, duas bibliotecas, uma pequena editora e salões abertos à cultura.
Em 27 de setembro de 1919, aniversário de Juvenal Galeno, era fundado o Salão Juvenal Galeno, com a presença de um numeroso público. Em pouquíssimo tempo, o salão tornou-se conhecido graças às palestras e reuniões que atraiam importantes nomes da literatura cearense, como: Dolor Barreira, Euclides da Cunha, Mário da Silveira, Filgueiras Lima, Raquel de Queiroz, Demócrito Rocha, Quintino Cunha, Patativa do Assaré e muitos outros.
No dia 9 de junho de 1930, foi fundado no Salão a Academia de Letras do Ceará (que não é a Academia Cearense de Letras), presidida por Adonias Lima e com saraus literários, prestigiados por ilustres nomes, como Mozart Soriano Albuquerque, Leonardo Mota, Fernandes Távora, Jader de Carvalho, Raimundo Girão, Moreira Campos entre outros. Em 1931 Juvenal faleceu, e cinco anos depois, Henriqueta inaugurou o Salão Nobre da instituição, ocasião em que o local passou a se chamar Casa de Juvenal Galeno. Posteriormente os cuidados do patrimônio cultural (e literário) foram passados para as mãos de Cândida (Nenzinha), Alberto, Amílcar e atualmente pelo bisneto do poeta, Antônio Galeno.
3. Fontes:
- Wikipédia
- bndigital . bn. gov. br › dossies Juvenal Galeno - BNDigital
- "A Casa de Juvenal Galeno: o lar do artista cearense", autores: Leila Nobre, Gabriel Gonçalves e Michele Boroh
- literaturabrasileira . ufsc. br
Câmara Brasileira do Livro. ISO 2108. ISBN e sua importância
Destaques de setembro/Dia da Aldravia
A Aldravia é uma forma de poesia genuinamente brasileira; um movimento que nasceu no coração de filósofos, professores universitários, escritores e artistas plásticos no ano 2000 com o intuito de criarem um movimento poético legitimamente brasileiro. Foram eles: Andreia Donadon Leal, J.B. Donadon Leal, Gabriel Bicalho, J.S. Ferreira e Hebe Rôla. Eles se irmanaram e criaram o Movimento Aldravista Brasileiro.
A partir de 17 de setembro de 2010, poetas aldravianistas na cidade de Mariana foram aderindo ao movimento e ele chega maduro aos dez anos de existência, pronto para apresentar nova forma poética ao conteúdo metonímico já experimentado nas formas canônicas de versejar. Poesia tem que ter poeticidade com simplicidade, e como a poesia é germinação, não precisa pretender-se à completude em longas narrativas, define J.B. Donadon Leal.
Aldravistas são os criadores do movimento e aldravianistas são os poetas que compõem as aldravias.
Andreia Donadon Leal, Gabriel Bicalho, J.B. Donadon Leal e J.S. Ferreira trazem-nos um pequeno texto, que considero a cartilha da Aldravia: Aldravia, poema composto de até seis versos univocabulares, com sintaxe paratática (por coordenação), livre de amarras que venham a implicar na limitação de interpretações. Na aldravia, a palavra é o elemento essencial formador da poesia. Por isso, a Aldravia prescinde da utilização de recursos visuais adicionais, nada obstante aceitar-se experimentação que não torne complicada a leitura do poema.
A partir do conceito “poundiano” de o máximo de poesia com o mínimo de palavras, o poeta aldravianista deve observar os seguintes critérios para a elaboração de aldravias: * iniciar os versos com letras minúsculas. Em caso de nomes próprios, vale a opção do autor; * a divisão em palavras-versos já implica pausa, por isso não é recomendada a utilização de pontuação.
Além disso, a pontuação limita possíveis interpretações relativas a livres escolhas do leitor em deslizar pausas para criar novos sentidos;
* as pontuações de interrogação ou de exclamação podem ser utilizadas se a sintaxe da Aldravia, por si só, não denunciar a sua proposição;
* nomes próprios duplos (com ou sem ligação por hífen), cuja divisão resulta em outro nome (Di Cavalcanti, Van Gogh), podem ser considerados um único vocábulo;
* sugerir mais do que tentar escrever todo o conteúdo. Incompletude é provocação aldrávica; * privilegiar a metonímia, evitando-se a metáfora.
A Sociedade Brasileira dos Poetas Aldravianistas (SBPA) foi criada por Andreia Donadon Leal, atual presidente de honra, e J.B. Donadon Leal, que é o presidente. A Sociedade hoje tem quase 200 associados, entre os quais eu faço parte com muito orgulho e gratidão.
Foi a Alice Gevarson, aldravianista, quem me instruiu no mundo da Aldravia através do WhatsApp, áudios e de seus livros, que são encantadores. Como ela é alfabetizadora, publicou um livro interessantíssimo: “O Aldrafabetando”. Uma criação extraordinária! Como aldravianistas não temos como deixar de agradecer aos precursores da Aldravia em Minas Gerais, esses agitadores culturais que buscam envolver os escritores em caminhos inóspitos, desbravando a senda dos saberes.
- Créditos: redação de O Norte de Minas.
12 de setembro - Álvares de Azevedo
Manoel Antônio Álvares de Azevedo, conhecido também como "Maneco" pelos amigos mais próximos, familiares e admiradores de sua obra, foi um escritor da segunda geração romântica, contista, dramaturgo, poeta, ensaísta e e expoente da literatura gótica brasileira, autor de Noite na Taverna.
O poeta nasceu em 12 de setembro de 1831 em São Paulo, na biblioteca de seu avô, em uma família ilustre da província, e passou a vida entre Rio de Janeiro e São Paulo. Falava inglês, francês e latim, tendo traduzido poemas de Shakespeare e Lord Byron. Era um aluno notável. A melancolia e a presença constante da morte eram temas perenes em suas obras. Ele se tornou o principal representante do ultrarromantismo, ou Mal-do-Século, caracterizado pelo pessimismo, sentimento de inadequação à realidade, ócio, tédio e desgosto de viver.
Os temas que abordava, eram melancólicos e quase funestos, ideias de autodestruição, dor e uma idealização do feminino que fazia com que as mulheres retratadas por ele fossem sempre inacessíveis, ora sendo anjos, ora sendo seres fatais, e essa conjunção de opostos (que ele denominou “binomia”), acompanhou boa parte de sua produção, principalmente em “Lira dos Vinte Anos”. Sua obra foi publicada postumamente, devido ao seu falecimento precoce.
Em 1848 iniciou os estudos na Faculdade de Direito de São Paulo (cunhada por Drummond como Escola de Morrer Cedo), onde conheceu outros escritores como José de Alencar, Bernardo Guimarães e Aureliano Lessa. Nesse período também iniciou sua produção artística, sendo influenciado por Lord Byron e Musset.
Duas mortes, de colegas acadêmicos, o marcaram profundamente nos seus últimos anos de vida. Em setembro de 1850, o aluno do quinto ano Feliciano Coelho comete suicídio, por conta de um amor desventurado. Em setembro de 1851, morre seu amigo João Batista da Silva Pereira Junior, outro estudante do quinto ano. O poeta apreciava enterros e velórios, compondo vários discursos elegíacos para essas ocasiões. Por conta da morte dos amigos, um por ano, Álvares de Azevedo estava certo de que seria o próximo a morrer. Em seu quarto na pensão onde morava, escreve na parede:
"1850 — Feliciano Coelho Duarte
1851 — João Batista da Silva Pereira
1852 — …"
O poeta repentinamente adoeceu de tuberculose durante as férias do quarto para o quinto ano do curso de Direito. Por orientação médica a fim de diminuir os seus sintomas, andava à cavalo, quando caiu. A queda deu origem a desenvolvimento de um tumor na fossa ilíaca, e a ferida infeccionou. Após uma cirurgia presumidamente sem anestesia, seguida por 40 dias de febre alta, ele terminou por falecer em sua casa, às 17 horas de 25 de abril de 1852, pedindo para a adorada mãe se retirar do quarto em seus momentos finais, e proferindo como últimas palavras, “Que fatalidade, meu pai!”. A causa mortis do autor é um tema historicamente controverso, com diferentes hipóteses.
Foi enterrado no dia seguinte à sua morte, no cemitério da Praia da Saudade na zona sul do Rio de Janeiro, local que mais tarde viria a ser destruído pelo mar em ressaca. Segundo biógrafos, seu cachorro Fiel teria encontrado seus restos mortais.
Um curioso detalhe, é que seu falecimento ocorreu num período de transição das práticas funerárias no Rio de Janeiro: até meados de 1850 os mortos eram sepultados dentro das igrejas, em covas internas consideradas sagradas. Porém, uma epidemia de febre amarela, nesse período, provocou um alto índice de mortalidade, dando início a um processo higienista que determinava a necessidade de transferir as sepulturas para longe dos limites da cidade, pois difundia-se a ideia de que os cadáveres eram foco de contaminação. Assim, diversos túmulos provenientes de igrejas e outros pequenos cemitérios foram transferidos para o recém-inaugurado Cemitério de São João Batista, em Botafogo, por conta das ressacas que constantemente atingiam as tumbas e desenterravam os mortos, entre eles os restos mortais do poeta que desde então, encontram-se no mausoléu da família, próximo dos túmulos de Floriano Peixoto e outros grandes nomes do final do séc. XIX. O poeta foi o décimo segundo cadáver a ser sepultado neste local e seu túmulo está localizado na Quadra 26, Nº 12-A.
A poesia de Álvares de Azevedo
7 de setembro: Bicentenário e Evento.
7 de setembro de 1822 - Independência do Brasil
A Independência do Brasil foi o processo histórico de separação entre o então Reino do Brasil e Portugal, que ocorreu no período de 1821 a 1825, colocando em violenta oposição as duas partes (pessoas a favor e pessoas contra). As Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa, instaladas em 1820, como consequência da Revolução Liberal do Porto, tomam decisões, a partir de 1821, que tinham como objetivo reduzir a autonomia adquirida pelo Brasil, o que na prática o faria retornar ao seu antigo estatuto colonial.
1820, a revolução liberal eclodiu em Portugal e a família real foi forçada a retornar a Lisboa. Antes de deixar o Brasil, no entanto, D. João nomeou o seu filho mais velho, D. Pedro de Alcântara de Bragança, como Príncipe Regente do Brasil (1821). Embora Dom Pedro fosse fiel ao pai, a vontade das cortes portuguesas em repatriá-lo e de retornar o Brasil ao seu antigo estatuto colonial o levou a rebelar-se. Oficialmente, a data comemorada para independência do Brasil é de 7 de setembro de 1822, ocasião em que ocorreu o evento conhecido como o Grito do Ipiranga, às margens do riacho Ipiranga na atual cidade de São Paulo. Em 12 de outubro de 1822, o príncipe foi aclamado D. Pedro I, Imperador do Brasil, sendo coroado e consagrado em 1º de dezembro de 1822, e o país passou a ser conhecido como o Império do Brasil.
Durante a guerra de independência — iniciada com a expulsão dos exércitos portugueses de Pernambuco em 1821 — formou-se o Exército Brasileiro, a partir da contratação de mercenários, alistamento de civis e de algumas tropas coloniais portuguesas. O exército imediatamente se opôs às forças portuguesas, que controlavam algumas partes da nação. Ao mesmo tempo que o conflito tomava lugar, ocorreu em Pernambuco um movimento revolucionário conhecido como a Confederação do Equador, que pretendia formar seu próprio governo, republicano, mas foi duramente reprimido. Depois de três anos de conflito armado, Portugal finalmente reconheceu a independência do Brasil, e em 29 de agosto de 1825 foi assinado o Tratado de Amizade e Aliança firmado entre Brasil e Portugal. Em troca do reconhecimento como estado soberano, o Brasil se comprometeu a pagar ao Reino de Portugal uma indenização substancial e assinar um tratado de comércio com o Reino Unido como indenização por sua mediação.
Considerações:
À semelhança do processo de independência de outros países latino-americanos, o de independência do Brasil preservou o status quo das elites agroexportadoras, que conservaram e ampliaram os seus privilégios políticos, econômicos e sociais.[carece de fontes]
Ao contrário do ideário do Iluminismo, e do que desejava, por exemplo, José Bonifácio de Andrada e Silva, a escravidão foi mantida, assim como os latifúndios, a produção de gêneros primários voltada para a exportação e o modelo de governo monárquico. É importante notar que José Bonifácio de Andrada e Silva e Gonçalves Ledo chegaram a um acordo ao transformar o Brasil em um Império. Com a separação de Portugal, o Brasil deixou de ser parte do Reinado Português. Thomaz Antônio ofereceu a Dom João VI a possibilidade de ele renegar o status de Rei de Portugal para se tornar Imperador: "(tornar) grande e poderoso Império, e fazer da nação brasileira uma das maiores potencias do globo" ( conforme obra, sic, Moraes, A. J. de Mello (Alexandre Jose de Mello, 1871): "Historia do Brasil-Reino e Brasil-Imperio, comprehendendo : a historia circumstanciada dos ministerios, pela ordem chronologica dos gabinetes ministeriaes, seus programmas, revoluções politicas que se derão ... desde o dia 10 de março de 1808 ate 1871 : a da conquista de Cayenna, da independencia do brasil e das constituições politicas desde 1789 ate 1834 ...". www2.senado.leg.br. p. 193).
Essa segundo Thomaz Antonio era a vontade dos Iluministas.
Quando D. João VI retornou a Lisboa, por ordem das Cortes, levou todo o dinheiro que podia — calcula-se que 50 milhões de cruzados, apesar de ter deixado no Brasil a sua prataria e a enorme biblioteca, com obras raras que compõem hoje o acervo da Biblioteca Nacional. Em consequência da leva deste dinheiro para Portugal, o Banco do Brasil, fundado por D. João ainda 1808, veio a falir em 1829.
O processo de independência foi perpassado por estagnação econômica, especialmente das exportações. Além disso, ao contrário da América espanhola, onde a independência se fez através de confrontos militares, a soberania política do Brasil resultou de um complexo encadeamento de negociações, envolvendo Portugal e Inglaterra. Pedro I precisava obter o reconhecimento da Inglaterra e de outros países, inclusive de Portugal. Para isso, o Brasil obteve, de 1824 em diante, vários empréstimos de Londres, cada um no valor de milhões de libras. Essa crise só resolver-se-ia com a ascensão do café.
2ª Parte: Evento poético on line
Agradecemos aos poetas e escritores que estiveram conosco comemorando o Bicentenário da Independência do Brasil.
Série: Comemorações do Bicentenário da Independência. O Hino e os direitos autorais.
A conturbada história do Hino da Independência, e como o autor da letra quase perdeu os direitos autorais para Pedro I.
1- Preâmbulo;
2- Vamos ao doce e tímido, poeta e livreiro, Evaristo;
3- Conclusão.
1- Preâmbulo:
Muitos se confundem entre o Hino Nacional e Hino da Independência. Eles não são a mesma coisa, embora cantem o Hino Nacional no dia da independência.
A história do Hino da Independência começa no dia 16 de agosto de 1822, quando ele foi escrito e batizado pelo autor, como: "Hino Constitucionalista Brasiliense".
A primeira melodia foi feita em seguida pelo maestro lusitano Marcos Portugal, tudo isso ainda antes do grito (de independência ou morte!) que simbolizou a independência do Brasil de Portugal.
Depois da proclamação da independência, Dom Pedro I timou conhecimento da existência do hino, e criou sua própria melodia para ele com algumas correções, pois não era músico (e jamais saberemos quem foram os "auxiliares" ao piano e da pauta musical).
O fato é que assim surgiu oficialmente o Hino da Independência do Brasil da forma que conhecemos hoje, com uma letra "usurpada" e uma melodia modificada.
Com o fim do império pela Proclamação da República (mediante golpe de Estado), o hino foi sendo esquecido aos gradativamente pelo povo e deixou de ser tocado.
2- Vamos ao doce e tímido, poeta e livreiro, Evaristo:
Direitos autorais no Brasil são um problema faz duzentos anos...
Evaristo da Veiga era um poeta. Gostava de escrever desde seus doze anos, e era tímido. A poesia lhe deu coragem para apresentar suas obras, e assim ele começou a frequentar ambientes literários e fazer-se conhecido.
O ato da aclamação do Imperador lhe inspirou três sonetos. Outros dedicou à Liberdade, à instalação da Assembléia Constituinte, a Lorde Cochrane (Thomas Alexander Cochrane), à fuga do general Madeira.
Porém, Evaristo teria papel obscuro e modesto nos sucessos da Independência, pois seu nacionalismo era novo e ele não tinha posição social. Era um rapaz modesto e avesso a turbulências que trabalhava no balcão da livraria do pai.
Em 1821, porém, vivia-se no Rio de Janeiro “o ano do constitucionalismo português”, como afirma Oliveira Lima no livro “O Movimento da Independência”. Ninguém poderia ficar indiferente. O elemento conservador, receoso de desordens, alimentava esperança de que a chegada das novas instituições não importaria em ruptura com Portugal, pois haveria uma monarquia dual, servindo a coroa como união. Era o pensamento de Evaristo da Veiga, ilusão de que participaram muitos brasileiros. Neste ano, assina com pseudônimo “O Estudante Constitucional” uma réplica a panfleto anônimo contra o Brasil, intitulado “Carta do Compadre de Belém”, impresso em Portugal.
Em 16 de Agosto de 1822, escreveu a letra do Hino da Independência do Brasil, que intitulou: "Hino Constitucional Brasiliense".
Dom Pedro I (que naquela época ainda era Pedro IV de Portugal e Príncipe Regente do Brasil) estava viajando e deixou sua esposa no Rio de Janeiro, administrando todas as questões.
Só que a relação com Portugal não estava indo como o esperado, e a Imperatriz Leopoldina acabou decidindo, junto do Conselho de Estado e José Bonifácio de Andrada e Silva, assinar um decreto de Independência do Brasil.
A princesa enviou um mensageiro com o documento e mais algumas cartas para encontrar Dom Pedro, finalmente encontrando o príncipe, em São Paulo, no dia 7 de setembro de 1822, nas margens do Rio Ipiranga.
Ao ler o decreto, Dom Pedro I ergueu o braço e gritou: "Independência ou morte!"
Não é empolgante mas foi assim que aconteceu.
Retornando ao Rio de Janeiro, soube Pedro da composição de letra e música.
Ao ver a letra, o príncipe regente, notoriamente melômano, logo se apropriou passando ao alardear ser autor da obra.
Cedo deixou de ser um espectador desenganado da ação do Imperador. Em 1823, era o ano da instalação da Constituinte que acabou dissolvida por um golpe de força do imperador. Em 30 de maio, Evaristo muda o tom e fala no “despotismo mascarado”... Deixou de fazer sonetos, fez hinos. Ainda publicaria em 1823 “Despedida de Alcino a sua Amada”, pois Alcino foi seu nome poético. Mas era poeta bastante medíocre e disso teve convicção antes de que outros lhe dissessem. Sua atividade poética foi esmorecendo, subindo apenas em 1827, ano em que se casou. Sua vocação, logo descobriria estar na política, no serviço público, na imprensa, no parlamento.
Pedro I abdica do trono em 7 de abril de 1831.
Somente após a partida do imperador, Evaristo pôde então reivindicar a letra que compôs para o hino, no ano de 1833.
Os documentos originais estão na Seção de Manuscritos da Biblioteca Nacional.
3- Conclusão:
É conhecendo a verdadeira história que entendemos a razão de certas burlas, e aprendemos a lutar para que sejam corrigidas e nunca mais repetidas.
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Série Comemorações do Bicentenário da Independência. Uma poesia de Machado de Assis
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