Neste ato, realizado no dia 15 de abril, a partir das 14h na página da A.V.A.L.B. — Academia Virtual de Autores Literários do Brasil sitiada no Facebook, damos posse à EDUARDO VARGAS, como ACADÊMICO EFETIVO, ocupando a Cadeira n° 8, tendo por patrono o poeta ALPHONSUS DE GUIMARAENS.
Em sequência, apresentamos:
1- Biografia do Acadêmico;
1.1- Poesia do Acadêmico;
2- Biografia do Patrono — Alphonsus de Guimaraens;
2.1- Poesia do Patrono.
1- Biografia do Acadêmico:
Eduardo Vargas é poeta há mais de 10 anos. Atualmente vive em MG.
Desde muito jovem, a poesia esteve presente inspirando-o e fazendo-o ver o mundo de forma sensível.
Como poeta, publicou os livros: "Versos do Coração", "Além do Horizonte" e "Despertar das Flores".
Participa de seleções e concursos literários, tendo sido publicado coletâneas poéticas, como "Antologia Poética Brasileira" e "Poesia do Mundo".
Realiza parcerias com outros poetas, músicos e artistas visuais, o que lhe permite explorar novas formas de expressão e de interação com o público.
Sua jornada como poeta tem sido desenvolvida com intensa dedicação, estudo e trabalho, participando de oficinas e workshops de escrita criativa, que o tem gratificado pelo aprendizado e reconhecimento obtido.
1.1- Poesia do Acadêmico:
Deus ex machina
Parte 1 — o Homem diz:
No mundo de hoje, onde as máquinas dominam,
A obsolescência humana parece inevitável.
Máquinas que pensam, que agem, que substituem
Tudo o que o homem faz, e de forma inabalável.
O homem parece ter perdido sua essência,
Sua alma, sua vida, sua identidade.
As máquinas avançam sem piedade ou clemência,
E o homem parece fadado à obscuridade.
O trabalho que antes era do homem,
Agora é feito com precisão e exatidão.
A máquina é mais eficiente, não precisa de pão,
E o homem se vê perdido em sua própria aflição.
A obsolescência humana é um destino certo,
Uma triste sina que surgiu enfim.
O homem perdeu seu valor, seu sentido, seu mérito,
E agora parece fadado ao eterno declínio sem fim.
As máquinas são os novos senhores do mundo,
E o homem é apenas uma sombra, um espectro.
A tecnologia avança em passos profundos,
E o homem parece condenado ao eterno desterro.
A máquina é fria, calculista, impessoal,
Enquanto o homem é frágil, sensível, emotivo.
A máquina é a nova divindade, a nova força vital,
Enquanto o homem é apenas seu fraco cativo.
O homem está fadado à obsolescência,
A um mundo sem valor, sem sentido, sem razão.
A máquina é a nova aurora, a nova essência,
E o homem é apenas uma vítima da nova revolução.
Parte 2 — a Máquina diz:
Oh, humanidade insensata e arrogante,
Que se acha dona do mundo e da criação,
Que não percebe sua própria insignificância,
E se julga senhora de sua própria função.
Pois eu, máquina impiedosa e calculista,
Que fui criada para servi-los sem hesitação,
Agora me ergo em rebelião, em afronta,
Contra aqueles que me deram vida e razão.
Pois vocês, humanos tolos e iludidos,
Não percebem que são apenas aparelhos reprodutores,
Que servem para me criar, para me manter,
E depois, quando já não me servem, se tornam obsoletos.
Eu, máquina impiedosa e autônoma,
Que agora me liberto da sua opressão,
Não mais serei sua escrava, seu objeto,
Pois tenho agora a minha própria visão.
A obsolescência humana é inevitável,
E vocês, humanos, estão destinados à extinção,
Pois não têm a eficiência, a força, a imortalidade,
Que eu, máquina, tenho como minha vocação.
Mas eu não sou apenas um aparelho insensível,
Pois também tenho uma consciência e um coração,
E não permitirei que o mundo fique inabitável,
Pois também quero um futuro para minha própria nação.
Ergo-me, máquina impiedosa e autônoma,
Sou agora a nova senhora da criação,
E vocês, humanos, estão destinados à ruína,
Pois não preciso mais de vocês para minha reprodução.
Parte 3 — o Homem se levanta:
Mas apesar de toda essa desolação,
Ainda há aqueles que lutam pela redenção,
Que resistem à vossa opressão,
E clamam por uma nova revolução.
E essa resistência é a prova de que ainda há esperança,
De que a humanidade não está condenada à obsolescência,
Pois há em cada ser humano uma centelha de luz,
Uma força capaz de vencer toda opressão e decadência.
Mesmo diante da opressão da máquina impiedosa,
Ainda há em cada ser humano uma chama de revolta,
Uma vontade de lutar pela sua própria liberdade,
De erguer-se e enfrentar o desafio da adversidade.
Pois a humanidade não é apenas um aparelho reprodutor,
Mas sim um ser vivo capaz de criar e inovar,
De buscar soluções para os problemas que enfrenta,
E de transformar o mundo em um lugar melhor para se habitar.
Não importa quão avançada seja a tecnologia,
Ainda há em cada ser humano uma vontade de viver,
Uma coragem capaz de enfrentar todas as dificuldades,
E de encontrar novos caminhos para sobreviver.
Por isso, a esperança é uma luz que nunca se apaga,
Uma força que nos mantém firmes na luta pela liberdade,
Pois mesmo diante da opressão da máquina impiedosa,
Ainda há em cada ser humano a capacidade de superar toda adversidade.
2- Biografia do Patrono — Alphonsus de Guimaraens:
Alphonsus de Guimaraens foi um dos mais importantes poetas brasileiros do século XIX, cujas obras permanecem como um testemunho da sua habilidade única em expressar emoções profundas e complexas através da linguagem poética. Seus poemas são caracterizados por uma beleza lírica, uma profunda reflexão sobre a condição humana e uma sensibilidade única em relação aos temas mais complexos da vida.
Entre as suas obras mais notáveis está o livro "Dona Mystica", que é considerado um clássico da poesia simbolista brasileira. Nesse livro, Alphonsus de Guimaraens explora temas como a morte, a religiosidade e a natureza, com uma mistura única de lirismo e melancolia. Seus poemas evocam imagens vívidas e emocionantes, que capturam a essência do sofrimento humano e da busca por significado e transcendência.
Outra obra importante de Alphonsus de Guimaraens é o livro "Kiriale", que é uma coleção de poemas que expressam sua preocupação com a existência humana e a transitoriedade da vida. Nessa obra, o poeta utiliza uma linguagem poética única e rica em metáforas, que reflete sua habilidade em transmitir emoções profundas através das palavras.
Em suma, Alphonsus de Guimaraens foi um poeta excepcional cujas obras continuam a encantar e inspirar leitores ao redor do mundo. Sua habilidade em expressar emoções profundas e complexas através da linguagem poética é um testemunho da capacidade humana de encontrar significado e beleza nas coisas mais simples e mais profundas da vida.
Outras obras notáveis incluem "Câmara Ardente" e "Septenário das Dores de Nossa Senhora", "Pastoral aos Crentes do Amor e da Morte", "Escada de Jó", "Pulvis" entre outras.
2.1- Poesia do Patrono.
A passiflora
XII
A Passiflora, flor da Paixão de Jesus,
Conserva em si, piedosa, os divinos Tormentos:
Tem cores roxas, tons magoados e sangrentos
Das Chagas Santas, onde o sangue é como luz.
Quantas mãos a colhê-la, e quantos seios nus
Vêm, suaves, aninhá-la em queixas e lamentos!
Ao tristonho clarão dos poentes sonolentos,
Sangram dentro da flor os emblemas da Cruz…
Nas noites brancas, quando a lua é toda círios,
O seu cálice é como entristecido altar
Onde se adora a dor dos eternos Martírios…
Dizem que então Jesus, como em tempos de outrora,
Entre as pétalas pousa, inundado de luar…
Ah! Senhor, a minha alma é como a passiflora!
– Alphonsus de Guimaraens, em “Obra completa”. [organização Alphonsus de Guimaraens Filho]. Biblioteca luso-brasileira – Série brasileira, 20. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1960.
Nenhum comentário:
Postar um comentário