20 abril 2023

139 anos do nascimento do poeta Augusto dos Anjos


139 anos do nascimento do poeta Augusto dos Anjos

Biografia do poeta:

— Infância e formação

Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos, conhecido como Augusto dos Anjos, nasceu no engenho "Pau d'Arco", na Paraíba, no dia 22 de abril de 1884. Era filho de Alexandre Rodrigues dos Anjos e de Córdula de Carvalho Rodrigues dos Anjos.

— Formação superior e carreira

Recebeu do pai, formado em Direito, as primeiras instruções. No ano de 1900 ingressou no Liceu Paraibano e nessa época compôs seu primeiro soneto, "Saudade", iniciando sua trajetória como poeta de vários  periódicos.

Augusto dos Anjos estudou na Faculdade de Direito do Recife entre 1903 e 1907. Formado, retornou para João Pessoa, capital da Paraíba, onde passou a lecionar Literatura Brasileira, em aulas particulares.

Em 1908, Augusto dos Anjos foi nomeado para o cargo de professor do Liceu Paraibano, mas em 1910 foi afastado da função por se desentender com o governador. Nesse mesmo ano casou-se com Ester Fialho e mudou-se para o Rio de Janeiro depois que sua família vendeu o engenho Pau d'Arco.

No Rio de Janeiro, Augusto  lecionou literatura em vários estabelecimentos de ensino. Lecionou Geografia na Escola Normal, depois no Instituto de Educação e no Ginásio Nacional. Em 1911 foi nomeado professor de Geografia no Colégio Pedro II. Durante esse período, publicou vários poemas em jornais e periódicos.

— A poesia e o único livro

Considerado um dos poetas mais críticos de sua época, foi identificado como o mais importante do Pré-modernismo, embora revele em sua poesia, raízes do Simbolismo, retratando o gosto pela morte, a angústia e o uso de metáforas.

Em 1912, Augusto dos Anjos publicou seu único livro "EU", com 56 poemas, que chocou pela agressividade do vocabulário e por sua obsessão pela morte.

Integram à sua linguagem termos considerados antipoéticos, como "podridão da carne”, “cadáveres fétidos” e “vermes famintos". Como também por sua retórica delirante.

Declarou-se "Cantor da poesia de tudo que é morto". Durante muito tempo foi ignorado pela crítica, que julgou seu vocabulário mórbido e vulgar. Sua obra poética, está resumida neste único livro ("EU"), que após sua morte, foi reorganizado pelo amigo Órris Soares em  uma edição chamada Eu (poesias completas), incluindo ao núcleo original e  mais 46 poemas que o poeta deixara manuscrito ou que foram publicados apenas em periódicos.

Na metade da década de 1970 o título foi adaptado para  "Eu e Outras Poesias".

— Legado

Suas críticas ao idealismo egocentrista que emergiu na época em que escreveu o livro, desperta até hoje curiosidade e admiração tanto por leigos quanto por críticos literários.

— Falecimento e museu

Faleceu em 12 de novembro de 1914, às 4 horas da madrugada, aos 30 anos, em Leopoldina, Minas Gerais, onde era diretor de um grupo escolar. A causa de sua morte foi a pneumonia. Na casa em que residiu durante seus últimos meses de vida funciona hoje o Museu Espaço dos Anjos.

*Fontes: Wikipédia e ebiografia. com

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