19 abril 2024

A Coruja-buraqueira, símbolo da AVALB

 

No mês de aniversário, vamos falar da  Coruja-buraqueira ("Athene cunicularia"), o símbolo da A.V.A.L.B.

Esta corujinha foi escolhida como símbolo da academia por sua versatilidade e adaptabilidade, pois além de realizar todas as atividades das demais corujas, ela possui a condição de adaptar-se sobre a terra (fazendo tocas), e de possuir extraordinária capacidade visual, que a destaca entre as demais. 

Elas habitam áreas abertas ou semiabertas, como cerrado, restingas, campos naturais, encostas de montanhas, praias e até terrenos baldios. É muito comum vê-las em postes, mourões de cerca, fios, montes de terra perto de seus abrigos ou no solo próximo ao ninho. 

Na Zona Oeste do Rio de Janeiro, em 2012, uma família de corujas que vivia na Praia da Barra da Tijuca tornou-se atração  na região, por sua docilidade, e apareceram até nos telejornais locais.

Um pouco mais sobre essa espécie:

Seu nome científico é greco-latino. 
Do grego "Athene" que significa a  divindade grega Atena; e do latim "cunicularius, cuniculus", que significa mina, mineiro, túnel, passagem subterrânea. Também sob o termo  "cunicularia", traduzido como, pequeno mineiro, por cavar buracos no solo. 
Em tradução direta, é denominada Coruja mineira ou Coruja que cava túneis.

No Brasil, a coruja-buraqueira é uma ave, também conhecida, pelos nomes de: caburé, caburé-de-cupim, caburé-do-campo, coruja-barata, coruja-do-campo, coruja-mineira, corujinha-buraqueira, corujinha-do-buraco, corujinha-do-campo, guedé, urucuera, urucureia, urucuriá, coruja-cupinzeira (algumas cidades de Goiás) e capotinha. 

Vive cerca de 9 anos em habitat selvagem. Costuma viver em campos, pastos, restingas, desertos, planícies, praias e aeroportos.

É uma ave de pequeno porte, pesa entre 110 a 265g. Possui a cabeça redonda, as sobrancelhas são brancas e os olhos amarelos. A coloração é cor de terra, mimética, podendo apresentar plumagem em tons de ferrugem causados por solos de terra roxa (coloração adventícia). 
Ao contrário da maioria das corujas, o macho é ligeiramente maior que a fêmea e elas são normalmente mais escuras que os machos, principalmente na face. 

Têm voo suave e silencioso, e precisam  virar a pescoço, pois seus grandes olhos estão dispostos lado a lado num mesmo plano. 
Essa disposição frontal proporciona à coruja uma visão binocular (enxerga um objeto com ambos os olhos e ao mesmo tempo). Isso significa que a coruja pode ver objetos em três dimensões, ou seja, com altura, largura e profundidade. 
Os olhos da coruja-buraqueira são bem grandes, em algumas subespécies de corujas são até maiores que o próprio cérebro, a fim de melhorar sua eficiência em condições de baixa luminosidade, captando e processando melhor a luz disponível. 

Além de sua privilegiada visão, a buraqueira possui uma ótima audição, conseguindo localizar sua presa com apenas este sentido. 

O espécime  jovem é similar na aparência, mas é gorduchinho, desengonçado, com as penas descabeladas e coloração leve. Seu peito é totalmente branco, sem as variações marrons, possui uma barra amarela passando por toda a asa superior.

O maior inimigo da coruja buraqueira é o homem, em virtude do danoso trânsito de carros sobre a vegetação da praia que é o principal fator da destruição da coruja buraqueira, juntamente com outras espécies da fauna da praia que compõem a cadeia alimentar, pois, ao passarem sobre a boca dos ninhos, esses veículos soterram o túnel, matando mãe e filhotes asfixiados debaixo da camada de areia em que se encontram.

- Postado na página do Facebook no dia 18 de abril de 2024.



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