07 abril 2024

7 de abril - Dia do jornalista

Dia do Jornalista. O jornalista escritor. 

Esta é uma síntese da trajetória do tinteiro e pena aos computadores feita por esses profissionais.


No dia 7 de abril o Brasil comemora o dia do jornalistat.

Com a chegada da família real, fundou-se a Imprensa Régia (hoje Imprensa Nacional), onde se imprimiu o primeiro jornal brasileiro, a Gazeta do Rio de Janeiro (O Correio Braziliense é mais antigo, mas era impresso em Londres) Mesmo com a imprensa já instalada no país, esta não se desenvolveu rapidamente, encontrando-se limitada basicamente à dos estabelecimentos de governo e à dos jornais. Os jornais brasileiros eram poucos, e muitos não saíam com regularidade. Jornais e revistas em circulação eram na maioria estrangeiros.

Mesmo mais tarde, durante o Império (1822–1889), bibliotecas públicas eram raras, exceto nas cidades mais importantes, como o Rio, onde se destacava a Biblioteca Nacional. O país contava poucas livrarias, e os livros eram impressos na Europa, sendo de elevado custo tanto para os escritores quanto para aqueles que os adquiria. 

A censura prévia que existiu desde sua implantação, foi extinta em 28 de agosto de 1821, decorrente de deliberação das Cortes Constitucionais de Lisboa em defesa das liberdades públicas. 

A Associação Brasileira de Imprensa foi criada em 7 de abril de 1908, por idealização de Gustavo de Lacerda.


1. Dia do Jornalista

A data foi criada pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI) em  homenagem a Giovanni Battista Libero Badaró (médico e jornalista), vulto importante na luta pelo fim da monarquia

portuguesa e Independência do Brasil, que foi assassinado à mando de um de seus inimigos políticos, no dia 22/11/1830, em 

São Paulo. Décadas depois do acontecimento, o dia 7 de abril passou a celebrar a classe de  profissionais responsáveis por apurar fatos e levar informações sobre os acontecimentos locais, regionais, nacionais e internacionais, de forma  ética e imparcial, dando-lhes publicidade. 

Por ordem cronológica, apresentamos um pequeno grupo com os primeiros jornalistas escritores destacados no país. São eles: Joaquim Manuel de Macedo, Gonçalves Dias, José de Alencar, Machado de Assis, Narcisa Amália de Campos, Raul Pompeia, Cruz e Souza, Euclides da Cunha, Olavo Bilac, João do Rio, Lima Barreto, Monteiro Lobato, Érico Verissimo, Oswald de Andrade, Graciliano Ramos, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Mário Quintana, Rachel de Queiroz, Jorge Amado, Nelson Rodrigues, Vinícius de Moraes, José J. Veiga, Rubem Braga, Clarice Lispector, Fernando Sabino, Rubem Fonseca, Carlos Heitor Cony,  Audálio Dantas, Paulo Francis, Marina Colasanti, Luis Fernando Verissimo, Ana Maria Machado e Caio Fernando Abreu, dentre outros.


2. O jornalista escritor.

O Brasil é um celeiro para a imprensa, que nos deu jornalistas-escritores, que muito críticos, em suas obras abordaram nosso  comportamento social. 

Temos nesse sentido, expoentes como  Aluísio Azevedo (O mulato), Lima Barreto (Clara dos Anjos), João do Rio (A alma encantadora das ruas), Nelson Rodrigues (Os sete gatinhos), Stanislaw Ponte Preta (Febeapá - O Festival de Besteira que Assola o País) e Luis Fernando Verissimo (O analista de Bagé), cujas obras tornaram-se registros literários da sociedade de suas épocas.     

     No ano de 1959 no Brasil, o livro "A revolta da chibata" de Edmar Morel reuniu documentos, entrevistas, artigos e fotos sobre a história da rebelião na Marinha de Guerra (ocorrida em 1910), abrindo fronteiras para um estilo novo para os  jornalistas-escritores.              

Na década de 1960, dentro desta mesma linguagem,  jornalistas estadunidenses como Norman Mailer (ganhador de dois prêmios Pulitzer) e Truman Capote (do jornal "The New Yorker"), passaram a desenvolver um  estilo literário, que foi classificado como: romance de não-ficção ("Non-fiction novel").  

Embora os estadunidenses tenham classificado o gênero, podemos através de simples comparação perceber que no Brasil já haviam sinais dele na virada dos séculos XIX/XX, sem que houvesse uma preocupação em buscar uma classificação ou registro para esta forma de romance. 

Apesar de "A sangue frio" (1966) de Truman Capote, ser creditado como o responsável pelo estabelecimento formal do gênero no universo da literatura, especialistas afirmam que foi o argentino Rodolfo Walsh em seu "Operação massacre" (1957), quem o fez com reflexos mundiais.

Os romances de não ficção são livros que contam histórias reais através de técnicas narrativas geralmente utilizadas em ficções, sendo um gênero que combina diversas técnicas em busca de uma forma nova de narrar a experiência histórica, envolve o leitor com sua principal característica: misturar a narrativa jornalística com a literária, acrescentando  um ritmo dinâmico aos acontecimentos. 


O gênero cresceu em expressar conquistando adeptos e rompendo as fronteiras, antes dominadas exclusivamente pelos jornalistas-escritores (seus precursores).  "A Lanterna na Popa", da autoria de Roberto  Campos publicado pela editora Topbooks no ano de 1999, é considerado dentro do gênero como uma obra perfeita, por críticos literários, embora seja fruto do trabalho de um economista. 


Na data de hoje a A.V.A.L.B., por seus acadêmicos, desenvolve a V Dinâmica Acadêmica com o tema "A importância do jornalista-escritor".



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