01 dezembro 2022

4ª Posse acadêmica - 5 de novembro

 


Neste ato, realizado no dia 5 de novembro, a partir das 14h na página da A.V.A.L.B. — Academia Virtual de Autores Literários do Brasil sitiada no Facebook, damos posse a JURANDIR ARGÔLO, como ACADÊMICO EFETIVO, ocupando a Cadeira n° 5, tendo por patrono o poeta FAGUNDES VARELA.


Em sequência, apresentamos: 

1- Biografia do Acadêmico;

1.1- Poesia da Acadêmico;

2- Biografia da Patrono — Fagundes Varela;

2.1- Poesia do Patrono.


1- Biografia do Acadêmico

Jurandir Argôlo, nascido em 13 de março de 1959, no bairro da Tijuca na cidade do Rio de Janeiro, filho de pai militar, tendo sido criado nos rigores de uma época onde a educação era vista como um dos fundamentos para formação de caráter, estudou sempre em condição favoráveis através do sacrifício dos pais, ingressou no Colégio Pedro II, uma Autarquia Federal, onde começou a tomar gosto pela literatura, e a partir daí começou a escrever poesias.

Escreve também com o heterônimo Aruj Adid.

Criou o grupo literário Porticoliteropoetiko, fez parte de várias Antologias Poéticas, como

Terra Latina, Pórtico Antologia Poética II, 501 Poetrix I e II, 1° Antologia Poética AVBL. Foi membro da extinta AVBL ( Academia Virtual Brasileira de Letras ), lançou ebooks gratuitos na internet ( livros Agnes, Texturas e Quando Escrevo ), contando com um acervo inédito de mais de 3000 textos, aguardando a oportunidade para serem publicados.

Atualmente faz parte de vários grupos literários no Facebook.

É pós-graduado em Teologia, tendo sido ungido e consagrado a pastor, bispo e atualmente apóstolo itinerante.

Na vida profissional trabalhou em pequenas empresas até ser aprovado em concurso público para a Petrobrás onde trabalhou como Técnico de Segurança do Trabalho, atualmente está aposentado.


1.1- Poesia da Acadêmico:

TEMPESTADE À VISTA

                    Jurandir Argôlo ©


Nunca foi tão fácil manipular pessoas

Um desespero atordoa e mexe com  os brios

À frio, imputa-se a vontade umbigo

Atropela- se o direito de individualidade

Com um aceno em bases enganosas

Com a finalidade de deturpar os bons costumes

A visão estereotipada para o mau uso da fé

Mistura o religare com a sedução de mundo

No fundo a Palavra Sagrada é colocada de lado

Se impõe o interesse enfado

A ganância torpe

Se joga com a sorte que não existe

Triste essa visão nada cristã

A serviço do afã de alguns púlpitos

A vida torna -se um clã de mercenários

Verdade seja dita

Passa muito longe a visão que acredita

Num possível aporte de salvação


2- Biografia da Patrono — Fagundes Varela:

Luís Nicolau Fagundes Varela nasceu na cidade de São João Marcos, atual município de Rio Claro (RJ), no dia 17 de agosto de 1841, onde viveu grande parte de sua infância.

Seu pai, Emiliano Fagundes Varela era juiz e, por isso, Fagundes residiu em vários lugares do país. Primeiro em Goiás, e depois em cidades do estado do Rio de Janeiro (Angra dos Reis e Petrópolis) onde completou seus estudos.

Em 1852, entrou para o curso de Direito no Largo São Francisco, em São Paulo, mas abandonou pela sua  paixão pela literatura.

Em 1861 publicou sua primeira obra poética intitulada “Noturnas”.

Na vida familiar, casou-se duas vezes, primeiro aos vinte anos com Alice Guilhermina Luande, artista circense, que lhe deu um filho que teve morte precoce.

Com a morte de seu filho e mais tarde de sua esposa (1966), Fagundes Varela casou-se com sua prima, Maria Belisária de Brito Lambert, com quem teve três filhos, porém um deles morreu também prematuramente.

Dedicou-se à literatura, ao mesmo tempo se entregou à boemia por conta da tristeza e melancolia que se transformou a sua vida, vindo a falecer em Niterói, em 18 de fevereiro de 1875, com 34 anos, vítima de apoplexia (acidente vascular cerebral-AVC).

Fagundes Varela foi Patrono da cadeira n.º 11 da Academia Brasileira de Letras (ABL).


— Obras de Fagundes Varela:

Fagundes Varela fez parte da segunda geração romântica no Brasil, chamada de “Mal-do-século” ou “Ultrarromântica”.

Sua poesia, abordou temáticas sociais e de cunho político, com viés em temas que falava de solidão, angustia, melancolia, a desilusão com a vida e seus desenganos.


Algumas de suas obras:

Noturnas (1861)

Cântico do Calvário (1863)

Pendão Auri-verde (1863)

Vozes da América (1864)

Cantos e Fantasias (1865)

Cantos Meridionais (1869)

Cantos do Ermo e da Cidade (1869)

Anchieta ou Evangelho na Selva (1875)

Cantos Religiosos (1878)

Diário de Lázaro (1880)

Cântico do Calvário


2.1- Poesia do Patrono:

Na sua obra poética, destaca-se a poesia intitulada “Cântico do Calvário” inspirada na morte prematura do filho de seu primeiro casamento, em dezembro de 1863. Confira abaixo um trecho:


,"À memória de meu filho

Morto a 11 de dezembro de 1863

Eras na vida a pomba predileta

Que sobre um mar de angústias conduzia

O ramo da esperança. — Eras a estrela

Que entre as névoas do inverno cintilava

Apontando o caminho ao pegureiro.

Eras a messe de um dourado estio.

Eras o idílio de um amor sublime.

Eras a glória, — a inspiração, — a pátria,

O povir de teu pai! — Ah! no entanto,

Pomba, — varou-te a flecha do destino!

Astro, — engoliu-te o temporal do norte!

Teto, — caíste! — Crença, já não vives!"






Nenhum comentário:

Postar um comentário

Estrutura de um poema - Mini aula

Estrutura de um poema - Mini aula A estrutura de um poema pode ser dividida em dois aspectos fundamentais: a estrutura interna e a estrutura...