30 dezembro 2022

Feliz Ano Novo!


❊ Feliz Ano Novo! ❊

Aos nossos acadêmicos, membros dos grupos, e visitantes de nossa página e blog.

Créditos: Fusão de imagens por Mary Musics. Música: Composição de Joshua.

Legendas: A.V.A.L.B.




01 dezembro 2022

22 de novembro - Dia do músico. Músicos/escritores

22 de novembro - Dia do Músico.

Músicos/escritores brasileiros.


Na Idade Média, trovadores e menestréis utilizavam música e versos para divulgar seus trabalhos. A música e literatura exprimem pensamentos, sentimentos e se retroalimentam. Uma música lembra o enredo de um livro; um livro resumido ou em trecho pode se tornar música.  

Na música clássica, a ópera é um bom exemplo de história cantada. Talvez por sua existência, analogamente, livros infantis converteram-se em  discografias de clássicos para crianças,  onde contos de fadas foram convertidos em capítulos musicais. 

Vários músicos já se aventuraram na arte de escrever livros. Muitos escritores tornaram-se letristas. Vinícius de Morais e seu misto de crônicas e poemas, acrescentou um relevante conteúdo com parceiros como Tom Jobim e Toquinho a nossa MPB, e renomados compositores, como Chico Buarque, enveredaram pela literatura. Chico obteve  premiação com sua obra Budapeste (2003). Nando Reis escreveu Meu Pequeno São Paulino (2009) e Caetano Veloso, outro músico, foi alvo de premiação com o livro Verdade Tropical.


→ Rita Lee tornou-se prolífica na literatura, e entre 1986 e 1992, escreveu quatro livros infantis, tendo como protagonista o rato cientista Dr. Alex:

- Dr. Alex (1986)

- Dr. Alex e os Reis de Angra (1988)

- Dr. Alex na Amazônia (1990)

- Dr. Alex e o Oráculo de Quartz (1992)

Em 2013, ela também publicou o livro Storynhas, ilustrado por Laerte, seguido por Dropz (2017) e Amiga Ursa - Uma história triste, mas com final feliz (2019).

Também é autora das autobiografias: 

- Rita Lee: uma autobiografia (2016)

- FavoRita (2018)

→ Arnaldo Antunes, ex-Titã, sempre atuou no meio literário, daí sua produção destacada:

- Ou e (Edição do autor, 1983).

- Psia (Expressão, 1986).

- Tudos (Iluminuras, 1991).

- As Coisas (Iluminuras, 1991). Vencedor do Prêmio Jabuti.

- Nome (BMG,1993).

- 2 ou + Corpos no Mesmo Espaço

(Perspectiva, 1997).

- Doble Duplo (Zona de Obras / Tan, 2000).

- 40 Escritos (Iluminuras, 2000).

- Outro (Mirabilia, 2001).

- Palavra Desordem (Iluminuras, 2002).

- ET Eu Tu (Cosac & Naify, 2003).

- Antologia (Quasi, 2006).

- Frases do Tomé aos Três Anos (Alegoria, 2006).

- Como É que Chama o Nome Disso

(Publifolha, 2006).

- Melhores Poemas (Global Editora, 2010).

- n.d.a. (Iluminuras, 2010).

- Animais (Editora 34, 2011).

- Cultura (2012).

- Saiba (DBA Editora, 2013).

- Outros 40 (Iluminuras, 2014).

- "Agora aqui ninguém precisa de si" (2015). Vencedor do Prêmio Jabuti.

- Família (2015). em coautoria com Tony Bellotto

→ O jornalista e produtor musical Nelson Motta fez bonito quando dedicou-se a escrever a biografia de Tim Maia, no best-seller Vale Tudo – O Som e a Fúria de Tim Maia. Através de uma pesquisa criteriosa e da própria convivência com Tim Maia, Nelson Motta narra a história do cantor desde sua infância e juventude no Rio de Janeiro até seu sucesso como precursor do estilo soul na MPB. 

→ Antonio Carlos Liberalli Bellotto, mais conhecido como Tony Bellotto, é outro que divide seu tempo entre as funções de guitarrista/compositor, da banda de rock Titãs, e escritor especializado no gênero policial. Dentre seus maiores sucessos estão os livros protagonizados pelo investigador Bellini. Um deles, Bellini e a Esfinge chegou até mesmo a se tornar um filme, de título homônimo, premiado em 2001. 

→ O rapper Gabriel, o Pensador, já se dedicou à literatura no gênero infanto-juvenil, com Um Garoto Chamado Rorbeto, vencedor do Prêmio Jabuti 2006 (melhor livro infantil). Ele também lançou sua autobiografia em 2001: Diário Noturno. 

Ao encerrar esta postagem, rendemos nossa homenagem aos músicos/escritores de nosso país, que com suas bem sucedidas carreiras deram acesso a seus fãs para apreciarem o universo literário.

Fontes: Matérias - de editoras, lançamentos literários, itaucultural e Wikipédia.

 

20 de novembro - Dia da Consciência. Grandes literatas

 

No Dia da Consciência, entre os grandes precursores para o destaque dos escritores negros na literatura brasileira, cabe ainda destacar: Cruz e Sousa (1861 – 1898), Lima Barreto (1881 – 1922), Abdias Nascimento (1914 – 2011) e Adão Ventura (1939 – 2004). 

Desde o romance Úrsula (1859) escrito por Maria Firmina dos Reis, que foi um marco cultural por ser crítico à escravidão, inserindo como figuras centrais e humanizando personagens escravizados até Olhos D'água de Conceição Evaristo, Prêmio Jabuti 2015, que mostra mulheres, família e cotidiano, muito se evoluiu, mostrando a evolução e demonstrando que todos os cidadãos são iguais, com idênticas necessidades, mesma capacidade e possibilidade de influenciar intelectualmente e culturalmente o meio social.

Hoje, capitaneados por Conceição Evaristo e Elisa Lucinda, os escritores negros proliferam estilos e enriquecem com seu talento a literatura nacional. Nesse território não há preconceito, a literatura respeita a todos de maneira igualitária e esperamos que em breve, seja esse o pensamento de todos, para que nosso país seja pleno e finalmente classificado como desenvolvido.

*Supercolaboradores classificados pelo Facebook

         Destaques classificados pelo Facebook                16 de novembro de 2022


Giovanni Caldeira e Henrique Inocencio, são oficialmente os Supercolaboradores do Grupo A.V.A.L.B., eleitos pelo Facebook por suas relevantes e contínuas participações.


Vídeo de divulgação






Evento on line: 133 anos da República

 Evento: 133 anos da República. 

Realizado nos dias 14 e 15 de novembro/2022.

Evento relâmpago dos Grupos A.V.A.L.B. e Poesia Maria. Para qualquer gênero poético-literário. Proibido conotações políticas. Válido: belezas naturais, povo, coisas do Brasil e romantismo.

Encerramento 

Agradecimento

Certificados

Melhores do mês de outubro 2022

 

Certificados emitidos aos destaques do mês







Destaque Poeta de língua estrangeira

Destaque novembro 2022 - Grupo A.V.A.L.B.

Pagine Bianche. Giuseppe Iannarelli©; 31/10/2022. Itália./*Tradução, Poesia Maria.

Dia do Poeta Virtual

Titulo em português: Página em branco

"Eis que

agora que tudo foi dito 

e tudo já foi escrito. 

Agora que os melhores autores  escreveram os textos mais belos 

e cantou as músicas 

que ligam memórias à existência

tornando-as indeléveis. 

Agora essa é toda a beleza da criação

deu origem a poemas mais emocionantes

dando eternidade aos versos 

que mantêm a alma prisioneira

quando isso também se dissolve na imensidão. 

Eis que agora, 

Não há mais nada a dizer 

Eu me pergunto, porque eu continuo vasculhando nas profundas horas noturnas, 

quando o silêncio dos homens 

deixa espaço para a magia das vozes celestiais 

e os sussurros do vento bater nas janelas geladas, 

como almas em busca de refúgio 

ou um simples abraço 

do que a pequenez da vida 

ou o tempo tirano nos negou. 

Ainda me pergunto 

Por que 

Eu paro para olhar para uma árvore 

que dá suas folhas ao vento e, de repente,

eu percebo que já nem é outono. 

Eu quero saber porque as estações

continuam a seguir uma à outra 

agora que tudo já foi dito e, 

a vida sempre a mesma volta 

a habitar outros corpos, 

deixando-se morrer para trás 

aqueles já habitados há algum tempo.

Eis que agora que não haveria mais nada 

a dizer ou escrever, 

eu percebi a noite como eu nunca tinha visto, 

e na magia do seu silêncio 

Eu sinto que a alma ainda me pertence,

como numa trégua, um pacto renovado. 

Eu entendi aquilo, talvez, 

tudo tão bonito foi dito ou escrito 

e não me pertence. 

Agora está tudo bem 

foi dito ou escrito 

percebo que possuo um livro maravilhoso,

Minha vida, com páginas escritas e, talvez,

muitos ou poucos, quem sabe, 

ainda a ser escrito. 

Então quem sabe 

nas minhas páginas ainda vazias, 

poderei adicionar também 

textos únicos a toda a beleza

do que já foi dito ou escrito. 

A toda a beleza que ainda não foi dita e,

não foi escrita."


[Giuseppe Iannarelli©; 31/10/2022.IT.]




7 de novembro - Cecília Meireles

 

Saudação à primavera
          - Cecília Meireles

      A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

     Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.

     Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.

     Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.

     Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.

     Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

     Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.

     Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

     Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.



Cecília Benevides de Carvalho Meireles ( Rio de Janeiro, 07 de novembro de 1901 — Rio de Janeiro, 09 de novembro de 1964 ) era a única filha de Carlos Alberto de Carvalho Meireles, funcionário do Banco do Brasil S.A., e de Matilde Benevides Meireles, professora municipal. 

Seu pai faleceu antes dela nascer e sua mãe quando ainda era bebe, antes dos três anos de idade então,  foi criada por sua avó portuguesa, D. Jacinta Garcia Benevides. Aos nove anos, ela começou a escrever poesia. Conclui seus primeiros estudos – curso primário — em 1910, na Escola Estácio de Sá, ocasião em que recebe de Olavo Bilac, Inspetor Escolar do Rio de Janeiro, medalha de ouro por ter feito todo o curso com “distinção e louvor”. concluiu, em 1917, o Curso Normal, e passou a trabalhar como professora primária. Como professora, estudou línguas, literatura, música, folclore e teoria educacional.

Dois anos depois publicou Espectros, seu primeiro livro de poesia, de tendência parnasiana,  um conjunto de sonetos simbolistas. Seguiram-se “Nunca mais… e Poema dos Poemas”, em 1923, e “Baladas para El-Rei, em 1925.No ano de 1922, ela se casou com o artista plástico português Fernando Correia Dias,  com quem tem três filhas:  Maria Elvira, Maria Mathilde e Maria Fernanda, esta última artista teatral consagrada.

Suas filhas lhe deram cinco netos. Também em 1922 aproximou-se das vanguardas modernistas, principalmente dos poetas católicos. Publica, em Lisboa – Portugal, o ensaio “O Espírito Vitorioso”, uma apologia do Simbolismo. Seu marido, que sofria de depressão aguda, suicidou-se em 1935.Voltou a se casar, no ano de 1940, quando se uniu ao professor e engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo, falecido em 1972.

De 1930 a 1931, mantém no Diário de Notícias uma página diária sobre problemas de educação.Teve ainda importante atuação como jornalista, com publicações diárias sobre problemas na educação, área à qual se manteve ligada, tendo fundado, em 1934, a primeira biblioteca infantil do Brasil. Profere, em Lisboa e Coimbra – Portugal, conferências sobre Literatura Brasileira.

De 1935 a 1938, leciona Literatura Luso-Brasileira e de Técnica e Crítica Literária, na Universidade do Distrito Federal (hoje UFRJ). Em 1939, ganhou o Prêmio de Poesia, concedido pela Academia Brasileira de Letras, pelo livro Viagem. Colabora ainda ativamente, de 1936 a 1938, no jornal A Manhã e na revista Observador Econômico.

Obras – Católica, escreveu textos em homenagem a santos, como Pequeno Oratório de Santa Clara, de 1955; O Romance de Santa Cecília e outros. Nos anos seguintes, conciliou à produção poética os trabalhos de professora universitária, tradutora, conferencista, colaboradora em periódicos, pesquisadora do folclore brasileiro. A Academia Brasileira de Letras concedeu a Cecília, postumamente, o Prêmio Machado de Assis pelo conjunto de sua obra, em 1965.

Destacam-se em sua obra os livros Vaga Música (1942), Mar Absoluto e Outros Poemas (1945), Retrato Natural (1949), Doze Noturnos da Holanda & O Aeronauta (1952), Romanceiro da Inconfidência (1953), Canções (1956), Poemas Escritos na Índia (1961), Metal Rosicler (1960) e Solombra (1963). Cecília Meireles é considerada pela crítica poeta pertencente à segunda geração do Modernismo.

No entanto, Manuel Bandeira afirmou que há em sua obra “as claridades clássicas, as melhores sutilezas do gongorismo, a nitidez dos metros e dos consoantes parnasianos, os esfumados de sintaxe e as toantes dos simbolistas, as aproximações inesperadas dos super-realistas. Tudo bem assimilado e fundido numa técnica pessoal, segura de si e do que quer dizer.”



Serenata


Permita que eu feche os meus olhos,

pois é muito longe e tão tarde!

Pensei que era apenas demora,

e cantando pus-me a esperar-te.

Permita que agora emudeça:

que me conforme em ser sozinha.

Há uma doce luz no silêncio, e a dor é de origem divina.

Permita que eu volte o meu rosto para um céu maior que este mundo,

e aprenda a ser dócil no sonho como as estrelas no seu rumo.


Cecília Meireles

Abertura de Posse acadêmica virtual realizada em 5/nov/2022

 


Hoje, dia 5 de novembro de 2022, a partir das 14h, demos posse para dois novos acadêmicos efetivos, grandes escritores e poetas, que muito nos honram com suas presenças: Marleni Santos e Jurandir Argolo, ambos poetas e escritores.



4ª Posse acadêmica - 5 de novembro

 


Neste ato, realizado no dia 5 de novembro, a partir das 14h na página da A.V.A.L.B. — Academia Virtual de Autores Literários do Brasil sitiada no Facebook, damos posse a JURANDIR ARGÔLO, como ACADÊMICO EFETIVO, ocupando a Cadeira n° 5, tendo por patrono o poeta FAGUNDES VARELA.


Em sequência, apresentamos: 

1- Biografia do Acadêmico;

1.1- Poesia da Acadêmico;

2- Biografia da Patrono — Fagundes Varela;

2.1- Poesia do Patrono.


1- Biografia do Acadêmico

Jurandir Argôlo, nascido em 13 de março de 1959, no bairro da Tijuca na cidade do Rio de Janeiro, filho de pai militar, tendo sido criado nos rigores de uma época onde a educação era vista como um dos fundamentos para formação de caráter, estudou sempre em condição favoráveis através do sacrifício dos pais, ingressou no Colégio Pedro II, uma Autarquia Federal, onde começou a tomar gosto pela literatura, e a partir daí começou a escrever poesias.

Escreve também com o heterônimo Aruj Adid.

Criou o grupo literário Porticoliteropoetiko, fez parte de várias Antologias Poéticas, como

Terra Latina, Pórtico Antologia Poética II, 501 Poetrix I e II, 1° Antologia Poética AVBL. Foi membro da extinta AVBL ( Academia Virtual Brasileira de Letras ), lançou ebooks gratuitos na internet ( livros Agnes, Texturas e Quando Escrevo ), contando com um acervo inédito de mais de 3000 textos, aguardando a oportunidade para serem publicados.

Atualmente faz parte de vários grupos literários no Facebook.

É pós-graduado em Teologia, tendo sido ungido e consagrado a pastor, bispo e atualmente apóstolo itinerante.

Na vida profissional trabalhou em pequenas empresas até ser aprovado em concurso público para a Petrobrás onde trabalhou como Técnico de Segurança do Trabalho, atualmente está aposentado.


1.1- Poesia da Acadêmico:

TEMPESTADE À VISTA

                    Jurandir Argôlo ©


Nunca foi tão fácil manipular pessoas

Um desespero atordoa e mexe com  os brios

À frio, imputa-se a vontade umbigo

Atropela- se o direito de individualidade

Com um aceno em bases enganosas

Com a finalidade de deturpar os bons costumes

A visão estereotipada para o mau uso da fé

Mistura o religare com a sedução de mundo

No fundo a Palavra Sagrada é colocada de lado

Se impõe o interesse enfado

A ganância torpe

Se joga com a sorte que não existe

Triste essa visão nada cristã

A serviço do afã de alguns púlpitos

A vida torna -se um clã de mercenários

Verdade seja dita

Passa muito longe a visão que acredita

Num possível aporte de salvação


2- Biografia da Patrono — Fagundes Varela:

Luís Nicolau Fagundes Varela nasceu na cidade de São João Marcos, atual município de Rio Claro (RJ), no dia 17 de agosto de 1841, onde viveu grande parte de sua infância.

Seu pai, Emiliano Fagundes Varela era juiz e, por isso, Fagundes residiu em vários lugares do país. Primeiro em Goiás, e depois em cidades do estado do Rio de Janeiro (Angra dos Reis e Petrópolis) onde completou seus estudos.

Em 1852, entrou para o curso de Direito no Largo São Francisco, em São Paulo, mas abandonou pela sua  paixão pela literatura.

Em 1861 publicou sua primeira obra poética intitulada “Noturnas”.

Na vida familiar, casou-se duas vezes, primeiro aos vinte anos com Alice Guilhermina Luande, artista circense, que lhe deu um filho que teve morte precoce.

Com a morte de seu filho e mais tarde de sua esposa (1966), Fagundes Varela casou-se com sua prima, Maria Belisária de Brito Lambert, com quem teve três filhos, porém um deles morreu também prematuramente.

Dedicou-se à literatura, ao mesmo tempo se entregou à boemia por conta da tristeza e melancolia que se transformou a sua vida, vindo a falecer em Niterói, em 18 de fevereiro de 1875, com 34 anos, vítima de apoplexia (acidente vascular cerebral-AVC).

Fagundes Varela foi Patrono da cadeira n.º 11 da Academia Brasileira de Letras (ABL).


— Obras de Fagundes Varela:

Fagundes Varela fez parte da segunda geração romântica no Brasil, chamada de “Mal-do-século” ou “Ultrarromântica”.

Sua poesia, abordou temáticas sociais e de cunho político, com viés em temas que falava de solidão, angustia, melancolia, a desilusão com a vida e seus desenganos.


Algumas de suas obras:

Noturnas (1861)

Cântico do Calvário (1863)

Pendão Auri-verde (1863)

Vozes da América (1864)

Cantos e Fantasias (1865)

Cantos Meridionais (1869)

Cantos do Ermo e da Cidade (1869)

Anchieta ou Evangelho na Selva (1875)

Cantos Religiosos (1878)

Diário de Lázaro (1880)

Cântico do Calvário


2.1- Poesia do Patrono:

Na sua obra poética, destaca-se a poesia intitulada “Cântico do Calvário” inspirada na morte prematura do filho de seu primeiro casamento, em dezembro de 1863. Confira abaixo um trecho:


,"À memória de meu filho

Morto a 11 de dezembro de 1863

Eras na vida a pomba predileta

Que sobre um mar de angústias conduzia

O ramo da esperança. — Eras a estrela

Que entre as névoas do inverno cintilava

Apontando o caminho ao pegureiro.

Eras a messe de um dourado estio.

Eras o idílio de um amor sublime.

Eras a glória, — a inspiração, — a pátria,

O povir de teu pai! — Ah! no entanto,

Pomba, — varou-te a flecha do destino!

Astro, — engoliu-te o temporal do norte!

Teto, — caíste! — Crença, já não vives!"






3ª Posse acadêmica - 5 de novembro

 

Neste ato, realizado no dia 5 de novembro, a partir das 14h na página da A.V.A.L.B. — Academia Virtual de Autores Literários do Brasil sitiada no Facebook, damos posse à MARLENI SANTOS, como ACADÊMICA EFETIVA, ocupando a Cadeira n° 4, tendo por patronesse a poetisa e escritora OLGA SAVARY.


Em sequência, apresentamos: 

1- Biografia da Acadêmica;

1.1- Poesia da Acadêmica;

2- Biografia da Patronesse — Olga Savary;

2.1- Poesia da Patronesse.


1- Biografia da Acadêmica:

Maria Marleni Silva Santos (Marleni Santos), paraense, nascida no dia 30/03/, em Soure na Ilha de Marajó -Pará, filha de Manoel dos Santos e Ana Souza Silva Santos, Formada em Língua Portuguesa (Licenciado Pleno Em Letras), pela Universidade Federal do Pará (UFPA), professora há 25 anos, com vários cursos em sua área, Trabalha na Escola Profa Antonia Tavares com o Ensino Fundamental, gosta de ler e escrever poesias e poemas, desde pequena fazia poesias mas foi em 1970 que começou a dedicar-se melhor em escrever, com um livro já publicado ( Morena Marajoara ) e outro sendo Editado "A Sombra dos Manguezais". Faz parte de várias Antologias, pretende lançar outros livros, gosta de todos os estilos literários, escreve CAMAQUIANO, Aldravias e outros estilos literários..., solteira, tem três filhos, mora em Soure. Pertence a OMDDH ( Organização Mundial dos Defensores dos Direitos Humanos), Recebendo a Honra e Posição de Embaixadora Imortal da Paz ( Legatus Immortales in Pace), na Condição de Patrona Perpétua da Cadeira Internacional n° 21, com todos os Direitos, Honras e Obrigações.

Comendadora da Real Ordem da Águia Dourada de Blekigem. Foi Destaques Cultural e Social 2020 e 2021, pertence a Academia Caxambuense de Letras, como Acadêmica Correspondente,faz parte da ( FEBACLA ) ocupando a Cadeira 26, tendo como Patrona Clarice Lispector, Destaque Cultural 2020 e 2021.

Pertence a Academia Independente Democrática de Escritores e Poetas ( AIDEP ), ocupando a Cadeira 26, tendo como Patrono Monteiro Lobato. 

Acadêmica Fundadora da AIAP BRASIL, Embaixadora Cultural no Soure - PA. 


1.1- Poesia da Acadêmica:

Aproveitando o tempo:


Na vida sempre fui

Uma pessoa decidida

Aproveitando o tempo 

Nas idas e vindas.


Chorei por várias maldades

A que eu fui submetida

Mas ergui minha cabeça 

E superei as mentiras.


Sempre fui abençoada

A minha fé é meu escudo

Sempre distribuí amor

E agradeço por tudo.


Estou florindo com a natureza 

Busco a essência para a vida

Isso vem me fortalecendo 

Não me deixando esquecida.


Eu vou passando com o tempo 

Mas o tempo não me envelheceu 

O corpo pode estar enrugado 

Mas a alma rejuvenesceu.


Quando a morte chegar

Ela vai ter que me procurar

Estarei em qualquer lugar

Nas flores , no vento, no mar.


          Autora: Marleni Santos ©

          Direitos reservado a autora 

          Soure_Marajó_Pará-Brasil


2- Biografia da Patronesse — Olga Savary:

Olga Savary, nascida em Belém do Pará, foi uma escritora, tradutora e jornalista brasileira. Começa a desenvolver suas habilidades literárias aos 11 anos, já no Rio de Janeiro, produzindo um jornalzinho, incentivada por um vizinho. Além de poeta, como gostava de ser chamada, também se aventurou como contista, romancista, crítica, tradutora e ensaísta, endo também tradutora de mais de 40 obras de mestres hispano-americanos como Borges, Cortázar, Carlos Fuentes, Lorca, Neruda, Octavio Paz, Jorge Semprún e Mário Vargas Llosa, e também os mestres japoneses do haicai – Bashô, Buson e Issa.

A escritora acumulou vários dos principais prêmios nacionais de literatura, entre eles o Prêmio Jabuti de Autor Revelação,pelo livro Espelho Provisório, concedido pela Câmara Brasileira do Livro (1971), o Prêmio de Poesia, pelo livro Sumidouro, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte (1977), e o Prêmio Artur de Sales de Poesia, concedido pela Academia de Letras da Bahia pelo livro Berço Esplêndido (1987).


2.1- Poesia da Patronesse:

PEDIDO

A Manuel Bandeira


Quando eu estiver mais triste

mas triste de não ter jeito,

quando atormentados morcegos

— um no cérebro outro no peito —

me apunhalarem de asas

e me cobrirem de cinza,

vem ensaiando de leve

leve linguagem de flores.

Traze-me a cor arroxeada

daquela montanha — lembra?

que cantaste num poema.

Traze-me um pouco de mar

ensaiando-se em acalanto

na líquida ternura

que tanto já me embalou.


Meu velho poeta, canta

um canto que me adormeça

nem que seja de mentira.


Caieiras, 25 de janeiro de 1954

— Olga Savary






Evento Halloween - Sarau as bruxas estão soltas

 

                              Evento - Período:                             De 30 de outubro até 4 de novembro


Avisos vinculados:

1- As bruxas estão soltas!

Evento público de poesias curtas e bem humoradas criado por uma de nossas moderadoras e Grupos da A.V.A.L.B. no Facebook. Compareça e divirta-se até o dia 3 de novembro.    https://facebook.com/events/s/sarau-as-bruxas-estao-soltas/494824819362726/

2- Aviso de abertura:


3- Aviso de encerramento:


4- Agradecimento:

Agradecemos a todos os poetas que puderam marcar presença na Semana Halloween, Evento As bruxas estão soltas. Breve os  certificados estarão sendo postados.




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