28 agosto 2023

Posse academica: Vera Marins/Patrono: Olavo Bilac.




Neste ato, realizado no dia 28 de agosto de 2023, a partir das 14h na página da A.V.A.L.B. — Academia Virtual de Autores Literários do Brasil sitiada no Facebook, damos posse a VERA MARINS, como ACADÊMICA EFETIVA, ocupando a Cadeira n° 6, tendo por patrono o escritor OLAVO BILAC.

Em sequência, apresentamos: 
1- Biografia da Acadêmica;
1.1- Poesia da Acadêmica;
2- Panegírico do Patrono — Olavo Bilac;
2.1- Poesia do Patrono.

1- Biografia da Acadêmica:

Vera Marins é artista plástica e escritora, natural de Ponta Grossa mas adotou a cidade de Resende no Rio de Janeiro para seu lar. Voltada para a literatura suas constantes viagens oferecem inspiração e substrato à sua obra.
Publica diariamente poesias e crônicas nas redes sociais, possuindo em sua página pessoal, aproximadamente cinco mil seguidores. 

1.a- Na área literária exerceu as funções de:
・Vice-presidente do Grebal (Grêmio ・Barramansense de Letras)
・Diretora de eventos do Grebal (Grêmio Barramansense de Letras)
・Colunista do "Jornal Integração" e 
・Colunista da "Voz da Cidade". 

1.b- Livros publicados:
・"Inquietude" (2014);
・"A vida está passando...", ed. Litteris, 2014;
・"Contos que eu invento e conto" (o mais recente), e 
・"Razão e Fé em prosa e verso" em parceria com o padre, professor, teólogo e filósofo Alcino Camatta, ed. Quartica, 2022. 

・Além de várias coletâneas do Grebal (Grêmio Barramansense de Letras).

1.1- Poesia e mini Conto da Acadêmica:

I

RAZÃO

As vezes faço o que
Meu coração ordena, 
Penso que sou um pássaro
E vôo livre.
Outra faço o que a razão pede,
E me transformo em paisagem.

- Vera Marins, in "Inquietude".

II

No teto desenhou estrelas

Pintou o quarto da cor do céu!
No teto desenhou estrelas! 
Imaginou cada uma delas feita da poeira do tempo. Do tempo que não volta...
Das histórias que não se esquecem...
Deitada na cama olhava o teto e lembrava que navegava num barquinho de papel, empurrado pelo suspiro do vento, do barulho da chuva, do guarda-chuva mágico, das borboletas perdidas em vôos rasantes sobre as flores, das raízes das árvores que era só visível ao seu coração...
Lembrava-se de todas aquelas flores e folhas secas que guardou carinhosamente dentro dos livros que lia, para um dia virarem poesias!

- Vera Marins, in "Contos".

2- Panegírico do Patrono:

Meu patrono Olavo Bilac...

Olavo Bilac (Olavo Braz Martins dos Guimarães Bilac), foi jornalista, poeta, contista, cronista e inspetor de ensino, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 16 de dezembro de 1865, faleceu na mesma cidade em 28 de dezembro de 1918. 

Aluno aplicado, aos 15 anos (antes, portanto, de completar a idade exigida) obteve autorização especial para ingressar no curso de Medicina na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Porém, seu precoce trabalho na redação da Gazeta Acadêmica absorve-o e interessa-o mais do que a prática medicinal. Por este motivo, Bilac não concluiu o curso de medicina e nem o de direito que frequentou posteriormente, em São Paulo.

Prestou colaboração em publicações periódicas como as revistas: A Imprensa (1885-1891), A Leitura 
(1894-1896), Branco e Negro (1896-1898), Brasil-Portugal (1899-1914), Azulejos (1907-1909) e Atlântida (1915-1920). Sua estreia como poeta, nos jornais cariocas, ocorreu com a publicação do soneto "Sesta de Nero" no jornal Gazeta de Notícias, em agosto de 1884.

Conhecido por sua atenção à literatura infantil e, principalmente, pela participação cívica, Bilac era um ativo republicano e nacionalista, também defensor do serviço militar obrigatório.

Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira nº 15, que tem como patrono Gonçalves Dias.

Olavo Bilac tem lugar de destaque na literatura brasileira como um dos mais típicos e perfeitos poetas do Parnasianismo brasileiro, razão por que foi eleito em 1907 "o príncipe dos poetas brasileiros". Dotado de extremado espírito cívico, foi autor da letra do Hino à Bandeira, apresentado em público pela primeira vez em novembro de 1906. 

2.a- Dentre seus escritos, destacam-se:

・Alma inquieta;
・Antologia poética;
・Através do Brasil;
・Conferências literárias (1906);
・Contos Pátrios;
・Crítica e fantasia (1904);
・Crônicas e novelas (1894);
・Dicionário de rimas (1913);
・Hino à Bandeira;
・Ironia e piedade, crônicas (1916);
・Língua Portuguesa, soneto sobre a língua portuguesa;
・Livro de Leitura;
・Poesias (1888);
・Tarde (1919) - Poesia, org. de Alceu Amoroso Lima (1957);
・Teatro Infantil;
・Tratado de Versificação, em colaboração com Guimarães Passos;
・Tratado de versificação (1910);
・"Ouvir as Estrelas"

2.1- Poesia do Patrono:

Meu poema favorito...

O BEIJO

Foste o beijo melhor da minha vida,
ou talvez o pior... Glória e tormento,
contigo à luz subi do firmamento,
contigo fui pela infernal descida!

Morreste, e o meu desejo não te olvida:
queimas-me o sangue, enches-me o pensamento,
e do teu gosto amargo me alimento,
e rolo-te na boca malferida.

Beijo extremo, meu prêmio e meu castigo,
batismo e extrema-unção, naquele instante
por que, feliz, eu não morri contigo?

Sinto-me o ardor, e o crepitar te escuto,
beijo divino! e anseio delirante,
na perpétua saudade de um minuto...



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