26 agosto 2023

Posse Acadêmica: Efepê Efe Oliveira/Patrono: Guimarães Rosa


 

Neste ato, realizado no dia 26 de agosto de 2023, a partir das 14h na página da A.V.A.L.B. — Academia Virtual de Autores Literários do Brasil sitiada no Facebook, damos posse a EFEPÊ EFE OLIVEIRA, como ACADÊMICO EFETIVO, ocupando a Cadeira n° 10, tendo por patrono o escritor GUIMARÃES ROSA.


Em sequência, apresentamos: 

1- Biografia do Acadêmico;

1.1- Poesia do Acadêmico;

2- Panegírico do Patrono — Guimarães Rosa;

2.1- Poesia e citação de obra do Patrono.


1- Biografia do Acadêmico:

Efepê Efe Oliveira é o nome artístico de Francisco Petrônio Ferreira de Oliveira,  natural de Tapera, distrito de Conceição do Mato Dentro - MG. 

Atuante na literatura e poesia, é o Presidente e fundador vitalício da Academia de Letras Guimarães Rosa - ALEGRO; sendo também, acadêmico imortal da Academia de Literatura, Música e Artes - ALMA, acadêmico correspondente da Academia Matozinhense de Letras, Ciências e Artes - AMALETRAS (Matozinhos - MG) e da Academia Internacional de Literatura Brasileira - AILB (Nova Iorque - EUA).


Coautor em diversas coletâneas físicas e em e-book. Doutor Honoris Causa em Literatura pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos. 


Rol de obras: 


- Com o pseudônimo Efepê Efe Oliveira:


・ Antologia ALSPV - Poesia sem Fronteira - vol. II - editora INDE - 2020;

・ Antologia 2020 do Clube Literário Ciranda Poética Oficial - editora INDE - 2020;

・ As Mil e Uma Faces da Poesia - I edição - editora PARLE - 2021;

・Antologia Poética Caminhos do Coração - vol. I e II - editora INDE - 2022;


Possui algumas coautorias em antologias digitais.  


Com o nome próprio (antes do uso do pseudônimo) até o ano de 2020 participou de, aproximadamente, 200 antologias.


Autor dos livros: 

・Raizes de Pássaro (poemas), 2017 

・Alopatia em Doses Homeopáticas (micro contos), 2018 

- Ambos pela Costelas Felinas Editora. 


Certificações: 

・Doutor Honnoris Causa em Literatura pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos ( Nova Iguaçu - RJ)

・Diploma Mérito Literário pela FEBLACA;


Sites Literários:

・Recanto das Letras

・Pensador

・Participa ativamente em mais de uma centena de grupos virtuais.


1.1- Poesia do Acadêmico;


Missão

- Efepê Efe Oliveira


Canta e teus males espante,

abra-te pra alegria.

Sejas sempre a melodia

que ao teu próximo encante.

Se triste, ou feliz, cante.

Cantar é feito oração,

vai direto ao coração;

melhora a vida da gente,

pois deixa todos contentes,

é uma doce missão.


©; Efepê Efe Oliveira;13/7/23 - 23h06';

Conceição do Mato Dentro; MG; BR


2. Panegírico do Patrono:


João Guimarães Rosa, mineiro de Cordisburgo, nasceu em 27 de junho de 1908 e, ainda criança, começou a estudar diversos idiomas, iniciando pelo francês antes de completar 6 anos. 


Anos mais tarde, Em entrevista concedida à sua prima que trabalhava na imprensa, disse o escritor: 

"Eu falo: português, alemão, francês, 

inglês, espanhol, italiano, esperanto, um pouco de russo; leio: sueco, holandês, 

latim e grego (mas com o dicionário agarrado); entendo alguns dialetos alemães; estudei a gramática: do húngaro, do árabe, do sânscrito, do lituano, do polonês, do tupi, do hebraico, do japonês, do checo, do finlandês, do dinamarquês; bisbilhotei um pouco a respeito de outras. Mas tudo mal. E acho que estudar o espírito e o mecanismo de outras línguas ajuda muito à compreensão mais profunda do idioma nacional. Principalmente, porém, estudando-se por divertimento, gosto e distração."


Foi médico, diplomata, poeta, contista, novelista e romancista, considerado por muitos como o maior escritor brasileiro do século XX e um dos mais importantes de todos os tempos. 


Os contos e romances escritos por Guimarães Rosa ambientam-se quase todos no chamado sertão brasileiro. A sua obra destaca-se, sobretudo, pelas inovações de linguagem, sendo marcada pela influência de falares populares e regionais que, somados à erudição do autor, permitiu a criação de inúmeros vocábulos a partir de arcaísmos e palavras populares, invenções e intervenções semânticas e sintáticas.


Publicou em vida, as seguintes obras:


・Sagarana (1946);

・Corpo de Baile (1956);

・Grande Sertão: Veredas (1956) - sua obra mais brilhante e importante;

・Primeiras Estórias (1962);

・Tutameia - Terceiras Estórias (1967).


E, postumamente, foram publicadas:


・Estas Estórias (1969);

・Ave, Palavra (1970);

・Magma (1997).


Em sua escrita, Guimarães Rosa, tomando por base a linguagem regional do sertão mineiro, tentou recriar a Língua Portuguesa a partir de termos já em desuso, neologismos e o emprego de palavras de outros idiomas numa narrativa mais voltada a prosa poética com o uso do ritmo, metáforas e imagens.


Em 27 de junho de 1930 casou-se com Lígia Cabral Pena, de apenas 16 anos, com quem teve duas filhas: Vilma e Agnes. Ainda nesse ano se formou e passou a exercer a profissão em Itaguara, então distrito de Itaúna, onde permaneceu cerca de dois anos. Foi nessa localidade que passou a ter contato com os elementos do sertão que serviram de referência e inspiração a sua obra.

Casou-se em segundas núpcias com Aracy Moebius de Carvalho que era chefe da seção de passaportes do consulado brasileiro em Hamburgo (Alemanha). Aracy, durante a Segunda Guerra, facilitou a concessão de centenas de vistos à famílias de judeus para escaparem do holocausto. Isto valeu que ela e Guimarães Rosa fossem investigados por autoridades brasileiras e alemãs da época.


Depois de Hamburgo, Guimarães Rosa serviu ainda, como diplomata, nas embaixadas do Brasil em Bogotá e em Paris.


De volta ao Brasil, candidatou-se por duas vezes, tendo sido eleito membro da Academia Brasileira de Letras em 6 de agosto de 1963, por unanimidade, e foi o terceiro ocupante da cadeira n.º 2, que tem como patrono Álvares de Azevedo. 


Faleceu no Rio de Janeiro, em 19 de novembro de 1967, ano em que foi indicado ao Prêmio Nobel de Literatura, vítima de um ataque cardíaco.


2.1- Poesia e citação de obra do Patrono


I


Gargalhada


Quando me disseste que não mais me amavas,

e que ias partir,

dura, precisa, bela e inabalável,

com a impassibilidade de um executor,

dilatou-se em mim o pavor das cavernas vazias…

Mas olhei-te bem nos olhos,

belos como o veludo das lagartas verdes,

e porque já houvesse lágrimas nos meus olhos,

tive pena de ti, de mim, de todos,

e me ri

da inutilidade das torturas predestinadas,

guardadas para nós, desde a treva das épocas,

quando a inexperiência dos Deuses

ainda não criara o mundo…


- Guimarães Rosa, in "Magma".


II


“Amigo, para mim, é só isto: é a pessoa com quem a gente gosta de conversar, do igual o igual, desarmado. O de que um tira prazer de estar próximo. Só isto, quase; e os todos sacrifícios. Ou – amigo – é que a gente seja, mas sem precisar de saber o por que é que é."


- Guimarães Rosa, in "Grande Sertão: Veredas".





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