10ª Dinâmica Acadêmica AVALB - Arnaldo Antunes: músico e poeta.

10ª DINÂMICA ACADÊMICA AVALB - Arnaldo Antunes: músico e poeta.

Tema: "Eu quero é viver pra ver qual é".

1. Minibio:

Arnaldo Antunes é um compositor, cantor e poeta nascido em 2 de setembro de 1960, na cidade de São Paulo. 

Na década de 1970, conheceu alguns integrantes da futura banda Titãs no colégio onde estudava. 

       Ingressou na Faculdade de Letras da USP em 1978. No ano seguinte, se mudou com a família, para o Rio de Janeiro e concluiu o curso na PUC. Em 1980 editou a revista "Almanak 80", viajando entre Rio e São Paulo. No ano seguinte, entra para a edição da revista "Kataloki". Em 1982, ocorreu a estreia da banda Titãs e em  1983, Antunes publica o seu primeiro livro "— Ou e". 

       Concomitante a música e a poesia, ele  ingressou no grupo de  editores da revista Atlas, no ano de 1998.

       Em 1990 participou de mostra de poesia visual na Alemanha, e dois anos depois (1992) deixa de se apresentar com os Titãs, passando apenas a compor para a banda. No ano de 1993 lança seu primeiro álbum solo (CD/DVD) intitulado 

"Nome", e ganha o Prêmio Jabuti pelo livro "As coisas". 

        No ano de 2002, com Marisa Monte e Carlinhos Brown, lança o CD "Tribalistas", recebendo o Grammy Latino em 2003. 

       Seu livro "Et eu tu" ganha o Prêmio Jabuti (o 2° de sua carreira literária), e  em 2016, recebe o terceiro Jabuti, pelo livro "Agora aqui ninguém precisa de si".        

        Atualmente, além de ter publicado 17  livros, ele também faz letras de música,  shows e performances artísticas no Brasil e no exterior, Seu último livro, "Algo antigo", foi publicado em 2021.

2. Teor das obras e o tema da 10ª Dinâmica:

A poesia de Antunes apresenta caráter verbivocovisual, pois alia palavra, som e imagem. Assim, sua poesia é  extremamente visual, possuindo traços concretistas. Seus textos poéticos exploram a musicalidade, a estranheza e a plurissignificação. 

Observe as características na letra da música "Envelhecer", do poema original de Arnaldo Antunes, com fundamento nela as obras serão desenvolvidas.

"A coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer
A barba vai descendo e os cabelos vão caindo pra cabeça aparecer
Os filhos vão crescendo e o tempo vai dizendo que agora é pra valer
Os outros vão morrendo e a gente aprendendo a esquecer

Não quero morrer pois quero ver
Como será que deve ser envelhecer
Eu quero é viver pra ver qual é
E dizer venha, pra o que vai acontecer"