20 março 2024

Posse Acadêmica: Osvaldo Sahopa / Patrono: José da Silva Maia Ferreira;



Neste ato, realizado no dia 16 de março de 2024, a partir das 14h na página da A.V.A.L.B. — Academia Virtual de Autores Literários do Brasil sitiada no Facebook, através de sua representante/Fundadora Valéria L., dá-se posse ao escritor e poeta  OSVALDO SAHOPA MONTEIRO BERNARDO, como ACADÊMICO EFETIVO, ocupando a Cadeira n° 14, tendo por patrono o poeta JOSÉ DA SILVA MAIA FERREIRA, ambos de nacionalidade angolana, ressaltando-se que, o acadêmico a ser empossado é nacional e residente em país Lusófono, e ACADÊMICO CORRESPONDENTE oriundo de Angola, portanto capacitado à efetivação.


Em sequência, apresentamos: 

1- Biografia do Acadêmico;

1.1- Poesia do Acadêmico;

2- Panegírico do Patrono — José da Silva Maia Ferreira;

2.1-  Poesia do Patrono.


1- Biografia do Acadêmico:


Osvaldo Sahopa Monteiro Bernardo, é natural de Huambo, Angola e residente em Humpata-Sede. 

É licenciado em Ciências da Educação e Formação de Professores pelo ISPI - Lubango. 

Exerce a função de Professor de Matemática no Município da Humpata.

Exerce a função de Palestrante de temas correlatos aos Adolescentes, jovens e casais jovens.


Iniciou-se no caminho literário no ano de 1998, no Kimbele, contando na época, vinte e cinco anos.

Como escritor e poeta, utiliza o nome 

literário de Osvaldo Sahopa, com o qual obteve reconhecimento.

As funções literárias, o qualificam como escritor, poeta, romancista, cronista e contista.

Possui três E-books publicados no Portal 

www.academiadeautoresdahuila.net 

Integra como autor a Academia de Autores da Huíla.


Sua última obra, "Contos que Ninguém Conta", aguarda agendamento para data de lançamento e tarde/noite de autógrafos.


• Romances:

— A Predadora do Destino; A Libertação de Um Amor Sequestrado

— Meu Sol de Lua Levado Pelas Estrelas; Um Amor que Floresce com Amor.


• Crônica:

— Crônicas da Alma


• Livro de Contos, concluído e aprovado:

— Contos que Ninguém Conta; Revelações do Sobrenatural e do Perceptível. 


• Técnico/Científico:

— Reflexões Motivacionais (E-book)


• Filosóficos:

— Reflexões Reflexivas 

— Casamento. Uma Rosa com Espinhos.


• Além de possuir outros seis livros de poesia concluídos, e em análise editorial para futura publicação. 


 

1.1- Poesia do Acadêmico:


EM, FIM, QUERO...


Quero que o meu sol

Se transforme em lua

Para amar como o girassol

Que brota em qualquer rua


Quero que a minha estrela

Brilhe sem depender do amor

Que um dia dei a ela

Sem mesmo pensar no calor


Quero que o meu céu

Não seja nem azul nem preto

Mas venha a me dar a cor de um réu

Que nunca cometeu crime no gueto


Quero que as minha nuvens

Não sejam sinal de tristeza

Sempre que choro quando não vens 

Na hora combinada pela destreza


Em, fim, quero que o teu universo

Viva para sempre no meu coração

Para a felicidade cantar aquele verso

Que um dia nos viu a beijar, sensação.


2- Panegírico do Patrono — José da Silva Maia Ferreira: 


Filho de José da Silva Maia Ferreira e de Ângela de Medeiros Matoso Maia, nasceu em Luanda, Angola. Sua família tinha certa tradição militar e comercial na cidade.


• Maia Ferreira cumpriu toda sua formação acadêmica no Rio de Janeiro, no Brasil, para onde sua família tinha mudado em 1834, após a Guerra Civil Portuguesa. Em 1845, volta à Luanda, conseguindo funções na administração pública local, sendo inclusive nomeado, em 1846, como secretário interino da Junta da Saúde.


• Em 1847 retorna ao Brasil. Neste período em terras brasileiras iniciou sua escrita poética, publicando nos cadernos denominados "Lísia Poética" e "Colecção de Poesias Modernas de Autores". Fato notório é que como poeta identificava-se, desde o princípio, com África.


• Em 1849, de volta para terras angolanas, assumiu as funções de tesoureiro da alfândega de Benguela, um ano depois sendo promovido à oficial ordinário da Secretaria do Governo Provincial de Benguela e poucos meses depois para as funções de escrivão (amanuense) de descargas da alfândega da cidade de Benguela. Ainda em 1850 assumiu interinamente o cargo de sub-delegado de Benguela. Sua vigorosa ascensão profissional no serviço público benguelino foi interrompida por questões de saúde identificadas como "incompatibilidades com o clima", ao que regressou a Luanda.


• Antes de se mudar para a capital angolana, publica, em 1849, aquele que é considerado o primeiro livro de poesia editado em África: Espontaneidades da minha alma: às senhoras africanas.

       Em Luanda, em 1851, foi demitido e partiu para trabalhar por pouco tempo no serviço público em Ambriz. Na localidade embarca no navio Chusan e parte para a cidade de Nova Iorque.


• Nos Estados Unidos, casou com a estadunidense Margaret Butler, a 1° de fevereiro de 1853. Deste casamento nasceram três filhos. Os custos para manter a família tornaram sua situação financeira delicada.

        Em Nova Iorque, passa a trabalhar, em 1853, na casa comercial Figanière e Irmãos e mais tarde firma britânica Spencer & Budden, ao mesmo tempo que mantinha um negócio de aguardente e tabaco cubano. Viajava profissionalmente com muita frequência à Cuba e à Portugal.

        Em 1853, Frederico Figanière e Morão o tornou chanceler do Consulado de Portugal em Nova Iorque. Em 1854 tornou-se jornalista correspondente para os jornais do Rio de Janeiro "Jornal do Commercio" e "Correio Mercantil". Volta a escrever poemas no período.

         Seu talento para a escrita chamou atenção de Figanière que o nomeou vice-cônsul em 1856, sendo a sua nomeação ignorada pelo Gabinete Americano do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

           Demite-se do consulado e, nos finais do ano de 1860, foi a Cuba como representante comercial e na tentativa de ganhar dinheiro na peugada do ouro.

            Por volta de 1862, foi para o Brasil com a sua família, abandonando definitivamente os Estados Unidos. Falece anos mais tarde na cidade do Rio de Janeiro.


 

2.1-  Poesia do Patrono — José da Silva Maia Ferreira: 


A MINHA TERRA


Minha terra não tem os cristais

Dessas fontes do só Portugal,

Minha terra não tem salgueirais,

Só tem ondas de branco areal.


Em seus campos não brota o jasmim,

Não matiza de flores seus prados,

Não tem rosas de fino carmim,

Só tem montes de barro escarpados. 


Não tem meigo trinar - mavioso

Do fagueiro, gentil rouxinol,

Tem o canto suave, saudoso,

Do Benguela no seu arrebol.


Primavera não tem tão brilhante

Como a Europa nos sói infiltrar,

Não tem brisa lasciva, incessante,

Só tem raios de sol a queimar. 


Não tem frutos por Deus ofertados,

Qual mimoso torrão português,

Não tem rios por Bardos cantados,

Qual Mondego, nos factos de Inês.


Não tem feitos de glória que ao mundo

Orulhosa se possa ufanar,

Não tem fado, destino jucundo,

E se o tem, quem o há-de anelar? - 


Tem palmeiras de sombra copada

Onde o Soba de tribo selvagem,

Em c'ravana de gente cansada,

Adormece sequioso de aragem.





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