20 setembro 2023

A Sociedade Parthenon Litterario . Pequeno rol de escritores do Rio Grande do Sul

1. A Sociedade Parthenon Litterario
2. Pequeno rol de escritores do Rio Grande do Sul

1. A Sociedade Parthenon Litterario

No início do século XIX, a burguesia  começou a exercer influência na região e a imprensa foi amplamente utilizada; e  nessa época, iniciou o combate ao analfabetismo. 

As novas ideias e organização social somadas aos conflitos regenciais, fizeram com que a Revolução Farroupilha se manifestasse, deixando claro a insatisfação popular. 

Mesmo durante esta revolução, a  população urbana manifestou uma
crescente efervescência cultural, onde o interesse pelas artes e letras era manifestado em vários setores, inclusive entre as mulheres, que aprenderam a ler, desenvolveram gosto pela leitura e ensino.

A escrita iniciou sua popularização com jornais políticos, humorísticos, científicos e folhetins. Iniciou-se a fundação de grêmios culturais e surgiram as primeiras publicações literárias artísticas, como poesias, romances, novelas, crônicas e contos.

Nesse cenário em 18/06/1868 a cidade de Porto Alegre ganhou uma instituição que iria se fixar de forma indelével no seu imaginário coletivo. Trata-se da Sociedade Parthenon Literário, fundada por um grupo de 20 pessoas, liderados por José Antônio do Vale Caldre Fião (1821-1876), médico e emérito literato, autor do romance pioneiro A Divina Pastora (1847), mais o dinâmico, inquebrantável e encrenqueiro Apolinário José Gomes Porto Alegre (1844-1904), professor, jornalista, ativista político e autor, entre outros, do romance regionalista O Vaqueano, de 1872.   

Mercê de sua intensa e qualificada atividade, não só literária, mas também editorial (tinha uma revista mensal), educativa (saraus, conferências, apresentações teatrais com bilheterias destinadas à alforria de escravos, aulas noturnas, etc.), em que se debatiam temas como a participação do Brasil na Guerra do Paraguai, o modelo político nacional (com ênfase no republicanismo), a emancipação da mulher e a abolição da escravatura, a sociedade chegou a contar com 140 membros efetivos e uma rede de mais de 300 colaboradores de todo o Estado. Entre eles, a presença da professora e poeta Luciana de Abreu (1847-1880), pioneira na presença feminina em sociedades literárias.

Fundado por um grupo de cerca de vinte interessados, o Parthenon Litterario chegou a ter mais de 140 membros efetivos e uma rede de colaboradores com mais de 300 pessoas. 

O projeto cultural do Parthenon agregou toda uma geração de novos talentos, formou um novo público leitor, suscitou o surgimento de bibliotecas, escolas, associações e publicações literárias em muitas cidades do estado, e as atividades da sociedade oferecem o mais completo retrato da intelectualidade rio-grandense do fim do século XIX.

Cessou suas atividades em torno de 1888 e foi reativado em 1892, funcionando precariamente por mais uns poucos anos.

Foi extinto oficialmente em 1899, deixando uma permanente marca na cultura rio-grandense e sendo objeto de muitos estudos críticos, mas sua história e contribuição ainda têm aspectos mal conhecidos ou pouco aprofundados. 

Mas o seu papel de dinamizador cultural e estruturador do sistema literário, e por ter lançado os fundamentos de uma literatura de caráter regionalista, enaltecendo a figura do gaúcho, o folclore, a história do estado e o cenário campeiro, dentro de uma moldura romântica, jamais foi esquecido.

Em 1997, admiradores do legado da entidade a refundaram com a grafia atualizada de Sociedade Partenon Literário, retomando a prática de sessões regulares, promovendo atividades diversificadas e lançando várias publicações.


2. Pequeno rol de escritores do Rio Grande do Sul

Alcides de Mendonça Lima
Alfredo Clemente Pinto 
Ana Aurora do Amaral Lisboa
Ana Eurídice Eufrosina de Barandas
Ana Mello
Angélica Freitas
Antônio Hohlfeldt
Antônio Vale Caldre Fião 
Antônio Xerxenesky
Aparício Silva Rillo
Arlindo Pasqualini
Armindo Trevisan
Artur de Oliveira
Artur Pinto da Rocha
Athos Damasceno Ferreira
Augusto Gonçalves de Sousa Júnior
Augusto Meyer
Aurélio Veríssimo de Bittencourt
Barão de Itararé
Barbosa Lessa
Bernardo Taveira Júnior
Bruna Maia
Caio Fernando Abreu
Caio Flávio Prates da Silveira
Caio Lustosa 
Caio Riter
Camila Maccari
Carlos Urbim
Carol Bensimon
Celeste Gobbato
Célia Ribeiro
Celso Luft
Cíntia Lacroix
Cíntia Moscovich
Cláudio Hummes
Cyro Martins 
Daniel Galera
Dante de Laytano
Darcy Luzzatto
Darcy Pereira de Azambuja
David Coimbra
Décio Freitas
Dyonélio Machado
Eduardo Bueno
Eduardo Guimarães
Eliane Brum
Érico Veríssimo
Ernesto Araújo 
Esther Pillar Grossi
Eudoro Berlink
Evandro Berlesi 
Fausto Wolff
Félix da Cunha
Fernando Eichenberg
Fernando Lucchese
Fernando Luís Osório
Fernando Osório Filho
Fernando Peixoto
Flávia Schilling
Flávio Aguiar
Florêncio de Abreu
Francisco Lourenço da Fonseca
Francisco Ricardo Cadeira
Francisco de Sá Brito
Frank Jorge
Geraldo Tollens Linck
Gomes Cardim
Gustavo Cerbasi
Heitor Saldanha
Hilário Ribeiro
Hipólito da Costa
Homero Prates
Iara Almansa Carvalho
Ilsa Lima Monteiro
Irineu Resende Guimarães
Isolino Leal 
Jandiro Adriano Koch
Jefferson Barros
Jerônimo Jardim
João Cezimbra Jacques
João Belém
Joaquim Alves Torres
Joaquim Francisco de Assis Brasil
Joaquim José Teixeira de Azevedo Júnior
Jorge Furtado
José Antônio Pinheiro Machado
José Bernardino dos Santos
José Francisco Botelho
José Lutzenberger
José Pinto Guimarães
José Teodoro de Sousa Lobo
Josué Guimarães
Julia Dantas
Julieta de Melo Monteiro
Júlio Conte
Juvenal Miller
Klaus Becker 
Kléber Borges de Assis
Lauro Trevisan
Lélia Almeida
Leonel Franca
Lobo da Costa
Lola de Oliveira
Lothar Francisco Hessel
Luciana de Abreu
Carina Luft
Luís Augusto Fischer
Luis Fernando Verissimo
Luiz Antonio de Assis Brasil
Luiz Carlos Maciel
Luiz Coronel
Luiz de Miranda
Lya Luft
Lygia Bojunga 
Manoelito de Ornellas
Manuel de Araújo Porto-Alegre
Marcelo Carneiro da Cunha
Marcelo Gama
Marcos Losekann
Maria Benedita Bormann
Maria Helena Vargas da Silveira
Mário Gardelin
Mário Quintana
Mário Teixeira de Carvalho
Mário Totta
Martha Medeiros 
Maurício Tragtenberg
Max Mallmann
Meneses Paredes
Michel Laub
Moacyr Scliar
Moema Libera Viezzer
Mozart Pereira Soares
Múcio Teixeira
Natalia Borges Polesso
Nei Lisboa
Nélson França Furtado
Odilon Gomes de Oliveira
Oliveira Silveira
Osório Tuiuti
Ovídio Chaves
Paixão Côrtes
Pardal Mallet
Paulo Aripe
Paulo César Teixeira
Paulo Schilling
Pedro Antônio de Miranda
Pedro Guerra 
Pepita de Leão
Percival Puggina
Plínio Cabral 
Rafael Guimaraens
Ramiro Barcelos 
Raul Carrion
Regina Zilberman
Reinaldo Moura
Revocata dos Passos Figueiroa de Melo
Ricardo Freire
Ricardo Silvestrin
Rinaldo Pereira da Câmara
Rubem Mauro Machado
Rui Cardoso Nunes
Sandra Pesavento
Sebastião Leão
Sérgio Capparelli
Susana Vernieri
Suzana Albornoz 
Telmo Vergara
Teodomiro Tostes
Tobias Carvalho
Vasco de Azevedo e Souza
Vera Karam
Veronica Stigger
Viana Moog
Vitor Ramil 
Walmir Ayala
Zeferino Brasil
Zeferino Vieira
Zeno Cardoso Nunes
Zilá Bernd

Fontes: 
- Wikipédia
- beduka . com 
- jornaldocomercio . com › Novos escritores gaúchos promovem renovação marcada pela diversidade 

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