28 agosto 2023

Posse academica: Vera Marins/Patrono: Olavo Bilac.




Neste ato, realizado no dia 28 de agosto de 2023, a partir das 14h na página da A.V.A.L.B. — Academia Virtual de Autores Literários do Brasil sitiada no Facebook, damos posse a VERA MARINS, como ACADÊMICA EFETIVA, ocupando a Cadeira n° 6, tendo por patrono o escritor OLAVO BILAC.

Em sequência, apresentamos: 
1- Biografia da Acadêmica;
1.1- Poesia da Acadêmica;
2- Panegírico do Patrono — Olavo Bilac;
2.1- Poesia do Patrono.

1- Biografia da Acadêmica:

Vera Marins é artista plástica e escritora, natural de Ponta Grossa mas adotou a cidade de Resende no Rio de Janeiro para seu lar. Voltada para a literatura suas constantes viagens oferecem inspiração e substrato à sua obra.
Publica diariamente poesias e crônicas nas redes sociais, possuindo em sua página pessoal, aproximadamente cinco mil seguidores. 

1.a- Na área literária exerceu as funções de:
・Vice-presidente do Grebal (Grêmio ・Barramansense de Letras)
・Diretora de eventos do Grebal (Grêmio Barramansense de Letras)
・Colunista do "Jornal Integração" e 
・Colunista da "Voz da Cidade". 

1.b- Livros publicados:
・"Inquietude" (2014);
・"A vida está passando...", ed. Litteris, 2014;
・"Contos que eu invento e conto" (o mais recente), e 
・"Razão e Fé em prosa e verso" em parceria com o padre, professor, teólogo e filósofo Alcino Camatta, ed. Quartica, 2022. 

・Além de várias coletâneas do Grebal (Grêmio Barramansense de Letras).

1.1- Poesia e mini Conto da Acadêmica:

I

RAZÃO

As vezes faço o que
Meu coração ordena, 
Penso que sou um pássaro
E vôo livre.
Outra faço o que a razão pede,
E me transformo em paisagem.

- Vera Marins, in "Inquietude".

II

No teto desenhou estrelas

Pintou o quarto da cor do céu!
No teto desenhou estrelas! 
Imaginou cada uma delas feita da poeira do tempo. Do tempo que não volta...
Das histórias que não se esquecem...
Deitada na cama olhava o teto e lembrava que navegava num barquinho de papel, empurrado pelo suspiro do vento, do barulho da chuva, do guarda-chuva mágico, das borboletas perdidas em vôos rasantes sobre as flores, das raízes das árvores que era só visível ao seu coração...
Lembrava-se de todas aquelas flores e folhas secas que guardou carinhosamente dentro dos livros que lia, para um dia virarem poesias!

- Vera Marins, in "Contos".

2- Panegírico do Patrono:

Meu patrono Olavo Bilac...

Olavo Bilac (Olavo Braz Martins dos Guimarães Bilac), foi jornalista, poeta, contista, cronista e inspetor de ensino, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 16 de dezembro de 1865, faleceu na mesma cidade em 28 de dezembro de 1918. 

Aluno aplicado, aos 15 anos (antes, portanto, de completar a idade exigida) obteve autorização especial para ingressar no curso de Medicina na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Porém, seu precoce trabalho na redação da Gazeta Acadêmica absorve-o e interessa-o mais do que a prática medicinal. Por este motivo, Bilac não concluiu o curso de medicina e nem o de direito que frequentou posteriormente, em São Paulo.

Prestou colaboração em publicações periódicas como as revistas: A Imprensa (1885-1891), A Leitura 
(1894-1896), Branco e Negro (1896-1898), Brasil-Portugal (1899-1914), Azulejos (1907-1909) e Atlântida (1915-1920). Sua estreia como poeta, nos jornais cariocas, ocorreu com a publicação do soneto "Sesta de Nero" no jornal Gazeta de Notícias, em agosto de 1884.

Conhecido por sua atenção à literatura infantil e, principalmente, pela participação cívica, Bilac era um ativo republicano e nacionalista, também defensor do serviço militar obrigatório.

Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira nº 15, que tem como patrono Gonçalves Dias.

Olavo Bilac tem lugar de destaque na literatura brasileira como um dos mais típicos e perfeitos poetas do Parnasianismo brasileiro, razão por que foi eleito em 1907 "o príncipe dos poetas brasileiros". Dotado de extremado espírito cívico, foi autor da letra do Hino à Bandeira, apresentado em público pela primeira vez em novembro de 1906. 

2.a- Dentre seus escritos, destacam-se:

・Alma inquieta;
・Antologia poética;
・Através do Brasil;
・Conferências literárias (1906);
・Contos Pátrios;
・Crítica e fantasia (1904);
・Crônicas e novelas (1894);
・Dicionário de rimas (1913);
・Hino à Bandeira;
・Ironia e piedade, crônicas (1916);
・Língua Portuguesa, soneto sobre a língua portuguesa;
・Livro de Leitura;
・Poesias (1888);
・Tarde (1919) - Poesia, org. de Alceu Amoroso Lima (1957);
・Teatro Infantil;
・Tratado de Versificação, em colaboração com Guimarães Passos;
・Tratado de versificação (1910);
・"Ouvir as Estrelas"

2.1- Poesia do Patrono:

Meu poema favorito...

O BEIJO

Foste o beijo melhor da minha vida,
ou talvez o pior... Glória e tormento,
contigo à luz subi do firmamento,
contigo fui pela infernal descida!

Morreste, e o meu desejo não te olvida:
queimas-me o sangue, enches-me o pensamento,
e do teu gosto amargo me alimento,
e rolo-te na boca malferida.

Beijo extremo, meu prêmio e meu castigo,
batismo e extrema-unção, naquele instante
por que, feliz, eu não morri contigo?

Sinto-me o ardor, e o crepitar te escuto,
beijo divino! e anseio delirante,
na perpétua saudade de um minuto...



Um poeta e um cronista/contista. Dia 28/08.


 

Escritora/poetisa do dia 27 de agosto

 

26 agosto 2023

Ratificação - Solenidade de três Posses Acadêmicas

 


Na tarde de hoje, 26 de agosto de 2023, foi realizada a posse dos acadêmicos: Poesia Maria na Cadeira n° 1/Patronesse Cecília Meireles; Efepê Efe Oliveira na Cadeira n° 10/ Patrono Guimarães Rosa; e Danielli Okamura Rodrigues na Cadeira n° 11/Patrono Paulo Leminski. A AVALB por sua fundadora e acadêmicos, lhes dão boas vindas, desejando sucesso em suas trajetórias poéticas e literárias. Estamos honrados em recebê-los.



Posse Acadêmica: Danielli Okamura Rodrigues/Patrono: Paulo Leminski

 


Neste ato, realizado no dia 26 de agosto de 2023, a partir das 14h na página da A.V.A.L.B. — Academia Virtual de Autores Literários do Brasil sitiada no Facebook, damos posse a DANIELLI OKAMURA RODRIGUES, como ACADÊMICA EFETIVA, ocupando a Cadeira n° 11, tendo por patrono o poeta PAULO LEMINSKI.


Em sequência, apresentamos: 

1- Biografia da Acadêmica;

1.1- Poesia da Acadêmica;

2- Panegírico do Patrono — Paulo Leminski;

2.1-  Poesia do Patrono.


1- Biografia da Acadêmica;


Danielli Okamura Rodrigues


Nasceu em Londrina, Paraná, em 1983. Atuou como colunista de crônicas em jornais impressos da região de Londrina e poesias em revistas literárias eletrônicas do Brasil, também publicou artigos sobre crítica literária em jornais e revistas (Brasil, Suíça e Portugal). 


Participou de algumas associações literárias e acadêmicas, atualmente participa de Academias de Letras no Brasil e no exterior. Têm poesias publicadas em blogs, sites, revistas, jornais, livros e antologias.


Formada em licenciatura Letras Vernáculas e Clássicas pela UEL, e Pegagogia pela FAINSEP/UEM, com especialização em Educação Profissional pela UTFPR e Literatura Brasileira pela UEL. 


Poetisa desde os 13 anos, no momento é Professora de Língua Portuguesa, Redação e Leitura, Protagonismo, Componente Curricular Eletivo, Estudo Orientado e Empreendedorismo na SEED/PR. 


1.a. Atividades poéticas e literárias, e participações diretas em núcleos e academias no período de 2007 até  2023, em ordem anual decrescente:


Ano 2023:


- Certificações de participação em eventos

Até o primeiro trimestre exclusivamente neste ano, obteve 80 certificados de eventos poéticos. Relação completa destes no arquivo desta academia.


Eventos virtuais regularmente frequentados, nas academias e Grupos:  ABMLP,  Grupo Passarela Literária e Grupo AVALB.


Premiação:

Prêmio Apoteose Feminina pela ASPA.


1.b- Participações diretas:


- Membro Acadêmica Fundadora Correspondente, NALLA - Núcleo Artístico e Literário de Luanda/Angola.


- Membro Acadêmica Correspondente Imortal, ASPA - Academia de Letras de São Pedro da Aldeia.


- Membro Acadêmica - cadeira 54 / Patrono Goethe, ABMLP - Academia Biblioteca Mundial de Letras y Poesía.


- Acadêmica Fundadora - cadeira 14 / Patrono Carlos Drummond de Andrade, AHBLA - Academia Hispano-Brasileña de Ciências, Letras y Artes.


- Membro Acadêmica - cadeira 20 / Patrono Machado de Assis, ALEGRO - Academia de Letras Guimarães Rosa.


- Membro Acadêmica - cadeira 41 / Patrona Lygia Fagundes Telles, CILA - Confraria Internacional de Letras e Artes.


- Membro Acadêmica - cadeira 8 / Patrono Manuel Bandeira, AVAL - Academia Virtual de Arte Literária.


- Membro diretora gestora, GPFP - Grupo poesia faz pensar.


2022


- Membro Acadêmica Correspondente, ALBL/RS - Academia Luso-Brasileira de Letras do Rio Grande do Sul.


2016


- Consulesa Internacional, MUC - Movimento União Cultural.


- Supervisora Internacional, MUC - Movimento União Cultural.


- Supervisora Adjunta, MUC - Movimento União Cultural.


2015


- Membro Acadêmica Correspondente Estrangeira, Núcleo Acadêmico de Letras e Artes de Buenos Aires.


- Membro Acadêmica Correspondente Estrangeira, Academia de Letras e Artes do Chile - Valparaiso.


- Miembro, UHE - Unión Hispanomundial de Escritores.


- Membership, AOTP - The American Organization of Teachers of Portuguese.


- Coordenadora Cultural Regional da Mesorregião Norte Central Paranaense-PR/Brasil, MUC - Movimento União Cultural.


- Embaixadora Imortal da Poesia, AVLACEP - Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura Embaixada da Poesia.


- Membro Associada, SMP - Sociedade Mundial dos Poetas.


- Membro Efetiva, Os Confrades da Poesia.


- Membro Efetiva, OPB - Ordem dos Poetas do Brasil.


- Supervisora do Projeto Maracanãs - OPB (Valorização do produto da poesia nas Indústrias), OPB - Ordem dos Poetas do Brasil.


- Conselheira Cultural Internacional, MUC - Movimento União Cultural.


- Colaboradora Associada, EAB - Associação Eu Amo o Brasil.


- Membro Associada, IDC - Instituto Defende Consumidor.


- Membro Acadêmica Correspondente, ALMAS - Academia de Letras, Música e Artes de Salvador.


- Coordenadora Geral do Núcleo Londrina /PR, MUC - Movimento União Cultural.


- Membro Acadêmica Correspondente, ALUBRA - Academia de Luminiscência Brasileira.


- Certificado Amigo ABCD: cidadão solidário, ABCD - Associação Beneficiente à Criança Desamparada "Nossa Casa".


- Membro Acadêmica Sócia - nº 50, AVEC - Academia Virtual dos Escritores Clandestinos.


- Membro Acadêmica Correspondente, Academia Mineira de Belas Artes.


- Membro Acadêmica Correspondente, ALB - Academia de Letras do Brasil - Seccional Araraquara / SP.


- Membro Acadêmica Correspondente, ALB/SC-AW - Academia de Letras do Brasil / SC Municipal Alfredo Wagner.


- Membro Acadêmica Correspondente, ALTO - Academia de Letras de Teófilo Otoni.


- Membro Acadêmica Correspondente, Núcleo de Letras e Artes de Lisboa.


- Membro Efetiva, RDL - Rede Brasileira Direito e Literatura.


- Membro Acadêmica Correspondente, ALPAS 21 - Academia Internacional de Artes, Letras e Ciências "A Palavra do Século 21".


- Membro Efetiva, ABRALIN - Associação Brasileira de Linguística.


- Membro Associada, ABRALIC - Associação Brasileira de Literatura Comparada.


- Membro Efetiva, GED - Grupo de Estudos Discursivos.


- Member, IWA - International Writers Association.


- Membro Acadêmica Correspondente Imortal, ALB - Academia de Letras do Brasil/Seccional Araraquara.


2013


- Membro Acadêmica Imortal, AACLIG - Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba Grande - RJ.


- Membro Acadêmica Correspondente, ALAF- Academia de Letras e Artes de Fortaleza - CE.


- Membro Acadêmica Correspondente, ALB - Academia de Letras do Brasil/Seccional-Suíça.


- Membro Associada, Literarte - Associação Internacional de escritores e artistas.


- Membro Acadêmica Imortal Correspondente Titular - Cadeira nº 113, ARTPOP - Academia de Artes de Cabo Frio.


- Membro Associada, ACIMA - Associazione Culturale Internazionale Mandala.


- Membro Acadêmica Imortal - Cadeira nº 73, ANLPPB - Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro.


- Chanceler Sul do Brasil, ALB-Academia de Letras do Brasil / Seccional - Suíça.


- Delegada, AFUCLA - Academia Fluminense de Ciências, Letras e Artes.


- Delegada Cultural, Instituto VAEBRASIL- Primeira Delegacia Cultural Nacional VAEBRASIL.


- Membro Acadêmica Correspondente, ALG - Academia de Letras de Goiás Velho.


- Membro Agenciada, ESCBRÁS - Agência de Escritores Brasileiros.


2012


- Membro Associada, REBRA - Rede de escritoras brasileiras.


- Membro Efetiva, CALON - Clube de Artes de Londrina.


- Coordenadora do Paraná, AJEB - Associação dos jornalistas e escritoras do Brasil.


- Comendadora Acadêmica Municipal de Londrina, ACCOL - Academia dos Cavaleiros de Cristóvão Colombo.


- Embaixadora Universal da Paz, Circle Universel Des Ambassadeurs de La Paix.


- Membro Acadêmica, AVSPE - Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores.


- Membro Acadêmica Imortal de Grande Honra - Cadeira nº 24, FEBACLA - Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências,  Letras e Artes.


2007 - Miembro, Movimiento Poetas del Mundo.


1.1. Poesias da acadêmica:


I

Mãe 

- Danielli Okamura Rodrigues 


Amor puro e forte

Anjo muito iluminado

Tudo para o filho amado

Sacrifício, nunca foi sorte. 


©; Mãe; Danielli Okamura Rodrigues; 2023


II

Convite: café com poesia 

- Danielli Okamura Rodrigues 


Perguntaram- me o que é poesia?

Respondi com alegria e bom grado 

Sentimento harmonioso despertado

Harmonia das palavras em fantasia.


Fé ligeiramente que abre os meus olhos

Um café esplêndido com amor e poesia

Põe todas as minhas palavras e sonhos 

Mergulhando quente em doce fantasia.


Simplesmente risos com gostos poéticos

Aromas de romance antigo e nostalgia

Enchem este nobre coração de alegria

Trocando xícaras de café com nossos lábios.


E você? Vem comigo ou ficará aí?

Te convido meu bom e velho amigo

Vamos tomar uma saborosa xícara aqui?

Na antiga capital do café, meu abrigo.


©; Convite: café com poesia; Danielli Okamura Rodrigues; 2023


2- Panegírico do Patrono — Paulo Leminski;


Preâmbulo:


Paulo Leminski foi um renomado poeta curitibano, representando a poesia marginal, fez parte da Geração Mimeógrafo, sua obra mais conhecida é o romance experimental Catatau.  Foi professor, músico, trabalhou em agências publicitárias e em periódicos de revistas. Todo seu trabalho está voltado para perspectivas de multimídia com caráter experimental, ironia e humor.


2.a- Vida:


Paulo Leminski nasceu em 24 de agosto de 1944, em Curitiba, no Paraná. Filho de militar, morou em várias cidades do seu estado, além de São Paulo e Santa Catarina. Seu pai era polonês e branco; a mãe, brasileira e negra. Com 11 anos de idade, começou a estudar em um colégio católico, na cidade de Curitiba.


Por essa época, se tornou um apaixonado por arte e Literatura, além de gostar de estudar línguas. Com 13 anos, ingressou no Colégio São Bento, em regime de internato, na cidade de São Paulo. O poeta queria ser monge, mas logo descobriu a sua inaptidão para a vida religiosa. Então, no fim de 1958, voltou para Curitiba.


Na principal biblioteca pública dessa cidade, conheceu a jovem Neiva. Os dois se casaram em 1963. Nesse ano, o escritor conheceu os poetas concretistas Augusto de Campos (1931-), Haroldo de Campos (1929-2003) e Décio Pignatari (1927-2012), na Semana Nacional da Poesia de Vanguarda, na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Assim, publicou poemas na revista concretista Invenção.


Ingressou nas faculdades de Letras e Direito, mas não concluiu nenhum dos dois cursos. Nos anos 1960, deu aulas de História e Literatura no curso pré-vestibular Dr. Abreu, com grande sucesso. O autor, desde a adolescência, mostrava interesse na cultura oriental. Nessa mesma década, fez aulas de judô, chegando logo à faixa preta.


Foi em 1968 que conheceu a poetisa Alice Ruiz (1946-), com quem iniciou um relacionamento. Afinal, o poeta e a esposa Neiva tinham um relacionamento aberto. Ele se mudou para o Rio de Janeiro, em 1969. Ali, o poeta passou a trabalhar no jornal O Globo. Interessado em música, aprendeu a tocar violão.


Porém, não conseguiu se manter no Rio de Janeiro e voltou a viver em Curitiba, em 1971. Nessa época, mantinha com Ruiz uma relação estável. O autor então voltou a dar aulas, agora no curso pré-vestibular Dr. Bardhal. Também integrava a banda musical Duas Pauladas e Uma Pedrada, além de escrever para a revista Joy.


Em 1972, decidiu abandonar a carreira de professor e passou a trabalhar na agência publicitária Lema Publicidade. Já em 1975, na agência P.A.Z. Além de ser compositor, também publicou seu primeiro livro — Catatau —, em 1975. Porém, em 1979, perdeu o filho Miguel, com apenas dez anos de idade, que morreu devido a um câncer.


No início da década de 1980, trabalhou na agência Múltipla. E fez sucesso não só como poeta, mas também como compositor. Em 1983, começou a fazer traduções. Nessa década, trabalhou no jornal Folha de S.Paulo e na Veja. Em 1986, passou a trabalhar na agência Exclam.


Porém, o poeta bebia muito, apesar de ter cirrose. No ano de 1987, ele e Alice Ruiz se separaram. O escritor se mudou para São Paulo, onde trabalhou na tevê Bandeirantes. Esse trabalho durou sete meses, e Leminski voltou para Curitiba em 1988. No ano seguinte, escreveu para o jornal Folha de Londrina. Ele morreu em 7 de junho de 1989, em Curitiba, devido à cirrose. 


2.b- Estilo literários:


- traços concretistas;

- técnica do haicai;

- elementos de multimídia;

- linguagem imagética;

- temática do cotidiano;

- linguagem não linear;

- fragmentação;

- neologismos;

- coloquialismo;

- caráter humorístico;

- ironia;

- ilogismo;

- experimentalismo;

- aspectos verbivocovisuais.


2.c- Obras de Paulo Leminski:


・Catatau (1975) — romance.

・Quarenta clics em Curitiba (1976) — poesia.

・Polonaises (1980) — poesia.

・Não fosse isso e era menos/ não fosse tanto e era quase (1980) — poesia.

・Tripas (1980) — poesia.

・Caprichos e relaxos (1983) — poesia.

・Agora é que são elas (1984) — romance.

・Um milhão de coisas (1985) — poesia.

・Guerra dentro da gente (1986) — infantojuvenil.

・Distraídos venceremos (1987) — poesia.

・A lua foi ao cinema (1989) — infantojuvenil.

・Vida (1990) — biografias.

・La vie en close (1991) — poesia.

・O ex-estranho (1996) — poesia.

・Toda poesia (2013) — poesia.


2.d- Prêmios:


- 1° lugar no II Concurso Popular de Poesia Moderna, em 1966. 

- Finalista no I Concurso Nacional de Contos do Paraná, em 1968.

- 3° lugar no Prêmio Jabuti, em 1995.


2.1-  Poesia do Patrono.


Razão de ser - Paulo Leminski 


Escrevo. E pronto.

Escrevo porque preciso,

preciso porque estou tonto.

Ninguém tem nada com isso.


Escrevo porque amanhece,

E as estrelas lá no céu

Lembram letras no papel,

Quando o poema me anoitece.


A aranha tece teias.

O peixe beija e morde o que vê.

Eu escrevo apenas.

Tem que ter por quê?


・Referências 


SOUZA, Warley. "Paulo Leminski"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/paulo-leminski.htm. Acesso em 21 de junho de 2023.


Danielli Okamura Rodrigues

Professora/Pedagoga





Posse Acadêmica: Efepê Efe Oliveira/Patrono: Guimarães Rosa


 

Neste ato, realizado no dia 26 de agosto de 2023, a partir das 14h na página da A.V.A.L.B. — Academia Virtual de Autores Literários do Brasil sitiada no Facebook, damos posse a EFEPÊ EFE OLIVEIRA, como ACADÊMICO EFETIVO, ocupando a Cadeira n° 10, tendo por patrono o escritor GUIMARÃES ROSA.


Em sequência, apresentamos: 

1- Biografia do Acadêmico;

1.1- Poesia do Acadêmico;

2- Panegírico do Patrono — Guimarães Rosa;

2.1- Poesia e citação de obra do Patrono.


1- Biografia do Acadêmico:

Efepê Efe Oliveira é o nome artístico de Francisco Petrônio Ferreira de Oliveira,  natural de Tapera, distrito de Conceição do Mato Dentro - MG. 

Atuante na literatura e poesia, é o Presidente e fundador vitalício da Academia de Letras Guimarães Rosa - ALEGRO; sendo também, acadêmico imortal da Academia de Literatura, Música e Artes - ALMA, acadêmico correspondente da Academia Matozinhense de Letras, Ciências e Artes - AMALETRAS (Matozinhos - MG) e da Academia Internacional de Literatura Brasileira - AILB (Nova Iorque - EUA).


Coautor em diversas coletâneas físicas e em e-book. Doutor Honoris Causa em Literatura pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos. 


Rol de obras: 


- Com o pseudônimo Efepê Efe Oliveira:


・ Antologia ALSPV - Poesia sem Fronteira - vol. II - editora INDE - 2020;

・ Antologia 2020 do Clube Literário Ciranda Poética Oficial - editora INDE - 2020;

・ As Mil e Uma Faces da Poesia - I edição - editora PARLE - 2021;

・Antologia Poética Caminhos do Coração - vol. I e II - editora INDE - 2022;


Possui algumas coautorias em antologias digitais.  


Com o nome próprio (antes do uso do pseudônimo) até o ano de 2020 participou de, aproximadamente, 200 antologias.


Autor dos livros: 

・Raizes de Pássaro (poemas), 2017 

・Alopatia em Doses Homeopáticas (micro contos), 2018 

- Ambos pela Costelas Felinas Editora. 


Certificações: 

・Doutor Honnoris Causa em Literatura pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos ( Nova Iguaçu - RJ)

・Diploma Mérito Literário pela FEBLACA;


Sites Literários:

・Recanto das Letras

・Pensador

・Participa ativamente em mais de uma centena de grupos virtuais.


1.1- Poesia do Acadêmico;


Missão

- Efepê Efe Oliveira


Canta e teus males espante,

abra-te pra alegria.

Sejas sempre a melodia

que ao teu próximo encante.

Se triste, ou feliz, cante.

Cantar é feito oração,

vai direto ao coração;

melhora a vida da gente,

pois deixa todos contentes,

é uma doce missão.


©; Efepê Efe Oliveira;13/7/23 - 23h06';

Conceição do Mato Dentro; MG; BR


2. Panegírico do Patrono:


João Guimarães Rosa, mineiro de Cordisburgo, nasceu em 27 de junho de 1908 e, ainda criança, começou a estudar diversos idiomas, iniciando pelo francês antes de completar 6 anos. 


Anos mais tarde, Em entrevista concedida à sua prima que trabalhava na imprensa, disse o escritor: 

"Eu falo: português, alemão, francês, 

inglês, espanhol, italiano, esperanto, um pouco de russo; leio: sueco, holandês, 

latim e grego (mas com o dicionário agarrado); entendo alguns dialetos alemães; estudei a gramática: do húngaro, do árabe, do sânscrito, do lituano, do polonês, do tupi, do hebraico, do japonês, do checo, do finlandês, do dinamarquês; bisbilhotei um pouco a respeito de outras. Mas tudo mal. E acho que estudar o espírito e o mecanismo de outras línguas ajuda muito à compreensão mais profunda do idioma nacional. Principalmente, porém, estudando-se por divertimento, gosto e distração."


Foi médico, diplomata, poeta, contista, novelista e romancista, considerado por muitos como o maior escritor brasileiro do século XX e um dos mais importantes de todos os tempos. 


Os contos e romances escritos por Guimarães Rosa ambientam-se quase todos no chamado sertão brasileiro. A sua obra destaca-se, sobretudo, pelas inovações de linguagem, sendo marcada pela influência de falares populares e regionais que, somados à erudição do autor, permitiu a criação de inúmeros vocábulos a partir de arcaísmos e palavras populares, invenções e intervenções semânticas e sintáticas.


Publicou em vida, as seguintes obras:


・Sagarana (1946);

・Corpo de Baile (1956);

・Grande Sertão: Veredas (1956) - sua obra mais brilhante e importante;

・Primeiras Estórias (1962);

・Tutameia - Terceiras Estórias (1967).


E, postumamente, foram publicadas:


・Estas Estórias (1969);

・Ave, Palavra (1970);

・Magma (1997).


Em sua escrita, Guimarães Rosa, tomando por base a linguagem regional do sertão mineiro, tentou recriar a Língua Portuguesa a partir de termos já em desuso, neologismos e o emprego de palavras de outros idiomas numa narrativa mais voltada a prosa poética com o uso do ritmo, metáforas e imagens.


Em 27 de junho de 1930 casou-se com Lígia Cabral Pena, de apenas 16 anos, com quem teve duas filhas: Vilma e Agnes. Ainda nesse ano se formou e passou a exercer a profissão em Itaguara, então distrito de Itaúna, onde permaneceu cerca de dois anos. Foi nessa localidade que passou a ter contato com os elementos do sertão que serviram de referência e inspiração a sua obra.

Casou-se em segundas núpcias com Aracy Moebius de Carvalho que era chefe da seção de passaportes do consulado brasileiro em Hamburgo (Alemanha). Aracy, durante a Segunda Guerra, facilitou a concessão de centenas de vistos à famílias de judeus para escaparem do holocausto. Isto valeu que ela e Guimarães Rosa fossem investigados por autoridades brasileiras e alemãs da época.


Depois de Hamburgo, Guimarães Rosa serviu ainda, como diplomata, nas embaixadas do Brasil em Bogotá e em Paris.


De volta ao Brasil, candidatou-se por duas vezes, tendo sido eleito membro da Academia Brasileira de Letras em 6 de agosto de 1963, por unanimidade, e foi o terceiro ocupante da cadeira n.º 2, que tem como patrono Álvares de Azevedo. 


Faleceu no Rio de Janeiro, em 19 de novembro de 1967, ano em que foi indicado ao Prêmio Nobel de Literatura, vítima de um ataque cardíaco.


2.1- Poesia e citação de obra do Patrono


I


Gargalhada


Quando me disseste que não mais me amavas,

e que ias partir,

dura, precisa, bela e inabalável,

com a impassibilidade de um executor,

dilatou-se em mim o pavor das cavernas vazias…

Mas olhei-te bem nos olhos,

belos como o veludo das lagartas verdes,

e porque já houvesse lágrimas nos meus olhos,

tive pena de ti, de mim, de todos,

e me ri

da inutilidade das torturas predestinadas,

guardadas para nós, desde a treva das épocas,

quando a inexperiência dos Deuses

ainda não criara o mundo…


- Guimarães Rosa, in "Magma".


II


“Amigo, para mim, é só isto: é a pessoa com quem a gente gosta de conversar, do igual o igual, desarmado. O de que um tira prazer de estar próximo. Só isto, quase; e os todos sacrifícios. Ou – amigo – é que a gente seja, mas sem precisar de saber o por que é que é."


- Guimarães Rosa, in "Grande Sertão: Veredas".





Posse Acadêmica: Poesia Maria/Patronesse: Cecília Meireles


Neste ato, realizado no dia 26 de agosto de 2023, a partir das 14h na página da A.V.A.L.B. — Academia Virtual de Autores Literários do Brasil sitiada no Facebook, damos posse a POESIA MARIA, como ACADÊMICA EFETIVA, ocupando a Cadeira n° 1, tendo por patronesse a poetisa CECÍLIA MEIRELES, 


Em sequência, apresentamos: 

1- Biografia da Acadêmica;

1.1- Poesia da Acadêmica;

2- Panegírico da Patronesse — Cecília Meireles;

2.1-  Poesia do Patronesse.


1- Biografia da acadêmica:

Nascida no Rio de Janeiro em agosto de 1964, teve na infância a companhia constante de sua avó Esmeralda (descendente de ciganos e portugueses por herança materna, e filha do jornalista Antônio Francisco Lisbôa) que lhe alfabetizou aos cinco anos, ensinando a importância dos livros, enquanto seus pais desenvolviam suas carreiras profissionais. Começou a escrever contos aos dez anos e poesias aos doze. Concluiu os estudos secundários em 1982 especializando-se em didática para portadores de Síndrome de Down, e abandonou o balé clássico (onde permaneceu por 14 anos) ao ingressar na faculdade de Direito (1983). Tornou-se catequista, advogada canônica  e por serviços prestados à Igreja Católica Romana  recebeu documento de bênção especial expedido pelo Papa João Paulo II em 1988. Desde sua graduação (1986), vem exercendo sua profissão, na qual pós-graduou-se ("lato senso") em 1991 na área de Direito empresarial; integrou o conselho do Instituto de Direito Comercial Carvalho de Mendonça sediado na Ilha do Governador (1990-1998); e possui trinta e oito anos de exercício  profissional. 

Poesia Maria tornou-se o "alter ego" em termos de sua vida nas letras, consistindo  em nome artístico e, também,  pseudônimo, com o qua assina as publicações em antologias e revistas literárias.


Carreira literária: 

Membro Acadêmico de Honra AIAP - Academia Intercontinental de Artistas e Poetas sediada no Estado do Paraná/ Matr. 750/21, tendo por patrono Carlos Drummond de Andrade; Membro Acadêmico AMCL - Academia Mundial de Cultura e Literatura onde ocupa a Cadeira n° 56, tendo por patrono Jorge de Lima; fundou o grupo Portal Arcádia (originalmente criado no extinto Orkut); é coordenadora e moderadora nos grupos AVALB, Amigos da AVALB e AVALB Acadêmicos, sendo C.E.O. (Chief Executive Officer) da Academia Virtual de Autores Literários do Brasil desde junho do corrente ano, com gerenciamento da página oficial e blog.


Publicações:

• Coletânea de Poetas brasileiros 2022, 

• Coletânea Poemas do eu (ed. Persona).

• Coletânea de contos, gênero terror: Mistérios noturnos da ed. Arkanus.

• Coletânea de crônicas Mãe só tem uma (luso-brasileira - ed. Viverarte) e 

• Coletânea de crônicas Palavras sem fronteiras (Brasil/EUA - ed. Viverarte).


Concurso internacional:

• Escritora finalista do Brasil junto a Universidade de Salamanca (Espanha) no concurso internacional "Cuenta me un conto 2022". 


Participante nas antologias:

• Antologia 100 anos da Semana de Arte Moderna AIAP 2022, livro físico em 2 volumes (acadêmicos da AIAP), Casa Editorial.

• Antologia PoesiaBR n° 02, Editora Versiprosa, 2022. 


Certificações em eventos virtuais: 244.


Revistas:

• Presente na edição da Revista LiteraLivre n° 33, edição de junho 2022.

• Presente na edição n° 57 da Revista de Poesia Temática Cabeça Ativa, ed. 14 anos (2022).


Antologias virtuais/e-book: 

• Mulher Força e Superação, 

• Mãe sinônimo do verbo amar, 

• Pai um elo para sempre, 

• O amor está no ar, 

• Natal 2022, 

• Antologia de 6 anos da AMCL, 

• Antologia Mulher essência da Vida (2023) 

• Antologia Mãe Presença Eterna (2023), 

• Antologia Sinfonia do Amor (2023);

• Pai farol que ilumina o caminho (2023),

todas produzidas e distribuídas internamente no formato e-book pela AMCL - Academia Mundial de Cultura e Literatura e publicadas em livro físico.


- Com poesia selecionada para edição na antologia:

• Antologia "Palco Antológico" da ABMLP (Academia Biblioteca Mundial de Literatura y Poesía) 


1.1- Poesia da acadêmica


Música

(Homenagem a Teddy Vieira)

- Poesia Maria©


Tem gente que é meio passarinho 

espalha música no ar 

faz dela o seu caminho 

para nosso coração encantar!


Menino da porteira que era bom de mira

Teddy Vieira ajudou a fundar 

duas gravadoras de música caipira

dando ênfase ao anseio popular!


Assinou centena de letras musicais

que todos nós conhecemos bem

tragédias, romances e apelos sociais

soube se manter atual como ninguém! 


E da beleza de seu trabalho inspirador

ouvindo as histórias que a música encerra

minha alma se alegra recheada de amor

sentindo orgulho do povo da minha terra!


©Música; Poesia Maria; 4/agosto/2023


2- Biografia da Patronesse 


É comum que coincidências de alguns fatos vividos aproxime umas  pessoas de outras, dando origem aos apreciadores e admiradores. Assim foi comigo. Sempre senti uma grande afinidade, além de nutrir profunda admiração pelo ser humano e o legado deixado por Cecília Meireles, esta grande expoente da poesia nacional. Me identifiquei com o fato de sermos filhas únicas, por nossas mães serem funcionárias públicas, pelos pais que eram bancários, por crescermos em companhia das avós, termos babás contadoras de histórias, aprendermos a ler muito cedo e escrever poesias ao terminar a fase da infância, por cursar o Normal e sermos oradoras, cada uma em sua época, além de apreciar livros, um caminho natural para crianças do passado que conviviam basicamente com adultos.  Por essas razões, a escolhi como minha patronesse, e apresento, o panegírico que segue abaixo descrito.


2.a- Introdução

Cecília Meireles ou Cecília Benevides de Carvalho Meireles, nasceu em 7 de novembro de 1901 no bairro do Rio Comprido, Rio de Janeiro, e faleceu na capital de seu estado natal, aos 9 de novembro de 1964. 


Foi escritora, jornalista, professora e pintora, sendo considerada uma das mais importantes poetisas do Brasil.

Sua obra de caráter intimista possui forte influência da psicanálise com foco na temática social. Embora sua obra apresente características simbolistas, Cecília destacou-se na segunda fase do modernismo no Brasil, no grupo de poetas que consolidaram a "Poesia de 30".


Como professora, ela fez muito para promover reformas educacionais e defendeu a construção de bibliotecas infantis. Entre 1935 e 1938, lecionou na universidade de curta duração do distrito federal do Rio de Janeiro.


2.b- Vida 

Cecília teve uma existência dedicada a educação e cultura. Ela era filha única de um casal de funcionários públicos. O início de sua vida foi cercado de profundas perdas, pois seu pai Carlos, morreu três meses antes dela nascer, e quando completou três anos de idade, faleceu a mãe. À partir de então, passou a morar com sua avó materna, Jacinta (portuguesa nascida na Ilha de S. Miguel, Açores) e , Pedrina, a babá, lhe contava histórias à noite.  


Cecília cursou o ensino fundamental na Escola Municipal Estácio de Sá e o concluiu em 1910. Recebeu das mãos de Olavo Bilac, inspetor da escola, uma medalha pelo esforço e excelente desempenho "com distinção e louvor".

Nessa época, ela já demonstrava paixão por livros, chegando a escrever seus primeiros versos. Também demonstrava interesse pela música, o que a levou estudar canto, violão e violino no 

Conservatório Nacional de Música, 


Cecília era curiosa e sozinha, sobretudo porque sua avó não a deixava sair de casa para brincar, mesmo quando era chamada por outras crianças. A infância solitária rendeu à futura escritora dois pontos que, para ela, foram positivos: "a solidão e o silêncio".


De 1917-1935: período de formação acadêmica.

Em 1917, formou-se na Escola Normal do Distrito Federal (Rio de Janeiro), onde por consenso, foi escolhida como oradora do 

seu grupo de formatura; passando a lecionar em 1918 e no ano seguinte, publicando seu primeiro livro.

Casou-se com Correia Dias, o que lhe proporcionou o contato com o movimento poético em Portugal,  porém, a união com o ilustrador não foi fácil devido as dificuldades financeiras, que a levaram a trabalhar em uma página diária sobre 

educação no Diário de Notícias e a  colaborar na revista luso-brasileira 

"Atlântico", visando o aumento de renda.

Preocupada com a qualidade do ensino e a escassez de livros didáticos, escreveu e publicou em 1923 o livro infantil "Criança, Meu Amor", com prosas para o ensino primário, hoje, fundamental. A obra foi adotada pela Diretoria Geral da Instrução Pública do Distrito Federal e aprovada pelo Conselho Superior de Ensino do Estado de Minas Gerais e Pernambuco, entrando na lista de leitura de livros paradidáticos.


No ano de 1930 foi realizado um concurso na Escola Normal que buscava preencher o cargo de professor catedrático. Cecília dedicou-se à ele e na primeira etapa  sustentou a tese "O Espírito Vitorioso", 

onde defendia "a escola moderna" e destacava os princípios de liberdade, de inteligência, de estímulo à observação e à experimentação. Aprovada, seguiram outras provas e somente dois continuaram disputando: Cecília Meireles e Clóvis do Rego Monteiro. Após mais duas etapas, seu concorrente conquistou o cargo. Mas grandes surpresas viriam na segunda metade dos anos trinta, e Cecília iria a locais que só vira em mapas e livros.


Vieram os anos 1935 a 1964, cabendo ressaltar, que em 1964 ela publicou dois livros seguidos. Mas, voltemos a 1935, pois nesse período, Cecília publicou diversas obras e traduções, realizando pesquisas históricas, visitando e vivendo em países como, Argentina, Bélgica, 

Holanda, EUA, Índia e Israel. Nesta época, teve algumas de suas obras traduzidas para os idiomas: alemão, espanhol, 

francês, húngaro, inglês e italiano.


De 1935 a 1938 foi professora de Literatura Luso-Brasileira e de Técnica e Crítica Literária na Universidade do Distrito Federal (na época sediada no Rio de Janeiro).


Em 1940, deu um curso de literatura e cultura brasileira na Universidade do Texas em Austin (Estados Unidos). Ao longo da década, ela viajou pelas Américas, passando pelo México, Chile, Uruguai e Argentina, sempre em função da educação.

  

Se aposentou do cargo de diretora da Prefeitura do Distrito Federal e, em 1951, viajou à França, Bélgica, Holanda e Açores.


Em 1953, por convite do primeiro-

ministro Jawaharlal Nehru, viajou à Índia 

onde participou do congresso sobre 

Gandhi em Goa. Em Nova Deli, recebeu das mãos do presidente o título "Doctor 

honoris causa" por suas traduções da obra de Rabindranath Tagore.


No ano de 1954, fez nova viagem à Europa, e em 1958, visitou Israel.


Em 1962, Cecília descobriu um câncer no estômago. Ela fechou definitivamente seus olhos azuis esverdeados aos 9 de novembro de 1964 no Rio de Janeiro, aos 63 anos. 


2.c- Algumas das obras publicadas por Cecília Meireles:


・Espectros, 1919

・Criança, meu amor, 1923

・Nunca mais, 1923

・Poema dos Poemas, 1923

・Baladas para El-Rei, 1925

・O Espírito Vitorioso, 1929

・Saudação à menina de Portugal, 1930

・Batuque, samba e Macumba, 1933

・A Festa das Letras, 1937

・Viagem, 1939

・Olhinhos de Gato,1940

・Vaga Música, 1942

・Poetas Novos de Portugal, 1944

・Mar Absoluto, 1945

・Rute e Alberto, 1945

・Rui — Pequena História de uma Grande Vida, 1948

・Retrato Natural, 1949

・Problemas de Literatura Infantil, 1950

・Amor em Leonoreta, 1952

・Doze Noturnos de Holanda e o Aeronauta, 1952

・Romanceiro da Inconfidência, 1953

・Poemas Escritos na Índia, 1953

・Batuque, 1953

・Pequeno Oratório de Santa Clara, 1955

・Pistoia, Cemitério Militar Brasileiro, 1955

・Panorama Folclórico de Açores, 1955

・Canções, 1956

・Giroflê, Giroflá, 1956

・Romance de Santa Cecília, 1957

・A Bíblia na Literatura Brasileira, 1957

・A Rosa, 1957

・Obra Poética,1958

・Metal Rosicler, 1960

・Poemas de Israel, 1963

・Antologia Poética, 1963

・Solombra, 1963

・Ou Isto ou Aquilo, 1964

・Escolha o Seu Sonho, 1964


2.b.1- Publicadas postumamente: 


・Crônica Trovada da Cidade de San Sebastian do Rio de Janeiro, 1965

・O Menino Atrasado, 1966

・Poésie (versão francesa), 1967

・Antologia Poética, 1968

・Poemas Italianos, 1968

・Poesias (Ou isto ou aquilo& inéditos), 1969

・Flor de Poemas, 1972

・Poesias Completas, 1973

・Elegias, 1974

・Flores e Canções, 1979

・Poesia Completa, 1994

・Obra em Prosa - 6 Volumes - Rio de Janeiro, 1998

・Canção da Tarde no Campo, 2001

・Poesia Completa, edição do centenário, 2001, 2 vols. (Org.: Antonio Carlos Secchin. Rio de Janeiro: Nova Fronteira)

・Crônicas de educação, 2001, 5 vols. (Org.: Leodegário A. de Azevedo Filho. Rio de Janeiro: Nova Fronteira)

・Episódio Humano, 2007


2.1- Poesia da Patronesse


Li essa poesia aos dezesseis anos.

E ela me encantou para toda a vida!


Retrato

- Cecília Meireles


Eu não tinha este rosto de hoje,

Assim calmo, assim triste, assim magro,

Nem estes olhos tão vazios,

Nem o lábio amargo.


Eu não tinha estas mãos sem força,

Tão paradas e frias e mortas;

Eu não tinha este coração

Que nem se mostra.


Eu não dei por esta mudança,

Tão simples, tão certa, tão fácil:

— Em que espelho ficou perdida

a minha face?


Aqui encerro o panegírico, manifestando minha completa admiração por todo o legado que Cecília Meireles deixou para todos nós. Sem dúvida, uma poetisa que encanta àqueles que têm a oportunidade  de acessar, ler e conhecer sua obra.





Poeta do dia 26 de agosto


 

21 agosto 2023

Poetas de 20 e 21 de agosto


 

2° Evento do mês: Patronos de agosto - Fagundes Varela e Cora Coralina


 ▫ ℂ𝕠𝕞𝕦𝕟𝕚𝕔𝕒𝕕𝕠 ▫


A AVALB por sua fundadora, vem informar que o Evento Patronos de Agosto - Fagundes Varela e Cora Coralina, comemorando os nascimento dos patronos das cadeiras 5 e 7 da A.V.A.L.B., realizado no último sábado (19/08) por iniciativa da C.E.O. Poesia Maria para o Grupo AVALB, passa a veicular os presentes certificados que, encontram-se distribuídos por ordem alfabética  (precedida pelos acadêmicos) e em cinco categorias à saber:


1.Categoria: Poesia do Mural;

2. PARTICIPANTES. Categoria: Postagens distintas para ambos os patronos;

3. PARTICIPANTES. Categoria: Postagem unificada para ambos os patronos;

 4. PARTICIPANTES. Categoria: Homenagem em  estilo e tema livres;

5. Agradecimento ao comentarista convidado.


Aos acadêmicos serão conferidos certificados em mais de uma categoria, face às participações.


Cabe por fim parabenizar aos poetas e poetisas nacionais e aos estrangeiros provenientes de Angola, Porto Rico, Portugal e Sérvia, que abrilhantaram com seus talentos essa festividade.


Atenciosamente,  

Fundadora e Direção da A.V.AL.B.


Principais certificações

















Vídeo Comemorativo










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