14 maio 2023

1° de maio - Dia da Literatura Brasileira

1° de maio - Dia da Literatura Brasileira

1- Sobre a efeméride;
2-  Sobre o escritor José de Alencar.

1- Sobre a efeméride:

A data é comemorada anualmente e consiste em uma homenagem aos grandes escritores, suas obras e a rica  diversidade das escolas literárias que marcaram cada período social e intelectual da história do Brasil. Serve também para que bibliotecas, escolas, editoras, órgãos públicos e outras instituições divulguem a literatura nacional , realizando eventos de incentivo à leitura das obras desse autor e outros de relevo.

Quanto ao dia, ele foi escolhido como forma de  homenagear o aniversário de nascimento de um dos mais importantes autores do Romantismo Brasileiro, e fundador do romance de temática nacional, José de Alencar. 
             Ainda que seja uma data que o homenageia, ela é  principalmente, 
ela é  principalmente, estendida à literatura brasileira como um todo, sendo um momento de reflexão  sobre a história da literatura brasileira, sua evolução, além de divulgar seus autores clássicos, e incentivar a leitura de obras de escritores e escritoras contemporâneos. 

Cabe por fim ressaltar, que o primeiro registro literário nacional foi a carta de Pero Vaz de Caminha,  escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral que além de cartas deixou diários com  literatura informativa (algo próximo às narrativas de viagens) sobre o Brasil. Quanto ao marco inicial da literatura brasileira, este foi o poema épico Prosopopéia (1601) de Bento Teixeira.

2-  Sobre o escritor José de Alencar:

José Martiniano de Alencar foi escritor, advogado, jornalista e político, sendo notável por ter sido o fundador do romance de temática nacional, e por ser o patrono da cadeira fundada por Machado de Assis na Academia Brasileira de Letras. 

Era natural de Messejana (município incorporado a Fortaleza em 1921), nasceu de uma relação ilegítima (filho de sacerdote Católico) e sua paternidade foi nomeada através de uma "Escritura de Reconhecimento e Perfilhação de Filhos Espúrios" (1859). 

Em 1840 foi para o RJ e mais tarde fundou a revista Ensaios literários. 

Formou-se em Direito (1850),  estreou como folhetinista no Correio Mercantil (1854), e como romancista com "Cinco Minutos" (1856). Seu legado é composto por 20 romances escritos de 1856 a 1875 (sendo Encarnação publicado postumamente, 1893), 7 peças para teatro (1857-75), 2 crônicas (sendo uma póstuma, 2017), uma autobiografia (póstuma, 1893) e 4 críticas (1865-66). 

Seu primeiro romance, Cinco minutos, foi publicado em 1856. No entanto, suas obras mais conhecidas e populares são: O guarani (1857), Lucíola (1862), Iracema (1865) e Senhora (1875). 

É o principal e mais versátil romancista do romantismo brasileiro, com obras  indianistas, urbanas, regionalistas e históricas. Também escreveu para o teatro, com peças relevantes, como: O demônio familiar (1857) e As asas de um anjo (1860).

Obras publicadas: Cinco Minutos, 1856; A viuvinha, 1857; O guarani, 1857; Lucíola, 1862; Diva, 1864; Iracema, 1865; As minas de prata - 1º vol., 1865; As minas de prata - 2.º vol., 1866; O gaúcho, 1870; A pata da gazela, 1870; O tronco do ipê, 1871; Guerra dos mascates - 1º vol., 1871; Til, 1871; Sonhos d'ouro, 1872; Alfarrábios, 1873; Guerra dos mascates - 2º vol., 1873; Ubirajara, 1874; O sertanejo, 1875; Senhora, 1875; Encarnação, 1893; entre outras.

Em suas obras, além das características da estética romântica, ousava criar  personagens femininas fortes e independentes, como Aurélia Camargo, de Senhora, e Iracema, do romance homônimo. 

Não podemos deixar de mencionar outro personagem em situação de inferioridade social, Pedro, da peça O demônio familiar, um jovem escravo que sai do seu lugar de oprimido para exercer poder de manipulação na família de seus donos.

Por utilizar personagens típicos do Brasil, como o índio e a vida no sertão nordestino, ficou conhecido por ser o primeiro escritor brasileiro a retratar seu país exatamente como ele era. 

Uma curiosidade, é que ele foi o principal inspirador do jovem  Machado de Assis, hoje considerado como o maior escritor brasileiro.

José de Alencar morreu em 12 de dezembro de 1877, no Rio de Janeiro, vítima de  tuberculose, doença que tirou a vida de alguns autores românticos. 

*Fontes: 
 Fontes consultadas:

- Academia Brasileira de Letras.
- Arquivo da Faculdade de Direito do Recife.
- UFPE nas Redes
- UFPE/Campus Recife/1º de maio, Dia da Literatura Brasileira
- Arquivo CCJ
- Curiosidades 1º de maio, Dia da Literatura Brasileira

 

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