21 maio 2023

Olga Savary, 21 de maio de 1933—15 de maio de 2020

 

Olga Savary

Patronesse da Cadeira n° 4 da AVALB, nomeada (em caráter perpétuo) por sua ocupante, a poetisa paraense Marleni Santos.


1— Introdução

1.1— Realizações

2— O livro "Espelho Provisório"

3— Poemas musicados

4— Didatismo das obras

5— Um poema


1— Introdução:


Olga Savary foi uma escritora, poeta,

contista, romancista, crítica, ensaísta, tradutora e jornalista. 


Nasceu em Belém, no Pará, aos 21 de maio de 1933, e faleceu aos 86 anos, aos 15 de maio de 2020 na cidade de Teresópolis no Rio de Janeiro.


Aos 3 anos, por motivo de trabalho, seu pai fixou a moradia da família em Fortaleza (1936). Em 1942 ela foi residir na casa do tio materno no RJ, desenvolvendo habilidades literárias e redigindo um jornalzinho. 

        Recriminada por sua vocação e com medo da reação de sua mãe que não apoiava sua vocação literária (pois queria que ela se dedicasse à música), passou a guardar seus escritos em um caderninho preto que sempre deixava com o bibliotecário da ABI para não ser destruído. 

         Publicou muitos de seus poemas em jornais e revistas do Rio, Belém e Minas Gerais, assinando alguns como Olenka.

        Aos 18 retornou ao Pará, mas logo voltou ao Rio onde alavancou sua carreira de escritora. 


1.1— Realizações:


• Traduziu mais de 40 obras de mestres hispano-americanos como Borges, 

Cortázar, Carlos Fuentes, Lorca, Neruda, 

Octavio Paz, Jorge Semprún e Mário Vargas Llosa, e também os mestres 

japoneses do haicai - Bashô, Buson e Issa.


• Foi a 1ª mulher brasileira a lançar um livro inteiramente dedicado a poemas eróticos.


• Colaborou em vários jornais e revistas do Brasil e do exterior. 


• Foi membro do PEN Club, da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da ABI e do Instituto Brasileiro de Cultura Hispânica.


• Dirigiu o setor de Literatura da Casa do Estudante do Brasil, no Rio, a convite do Embaixador Paschoal Carlos Magno.


• Foi presidente do Sindicato de Escritores do Estado do Rio de Janeiro (1997-1998).


• Publicou 15 livros. 


• Recebeu os prêmios: Jabuti 1971 e da Associação Paulista dos Críticos de Arte (1977 e 2008).


2— O livro "Espelho Provisório":


O primeiro livro, Espelho Provisório, foi publicado pela editora José Olympio em 1970, recebendo, em 1971, o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro, São Paulo.


3— Poemas musicados:


Compositores de música erudita de vanguarda ( como Aylton Escobar, Guilherme Bauer, Ricardo Tacuchiam, Vânia Dantas Leite e Guerra Peixe) usaram poemas de Espelho Provisório, de Sumidouro, de Altaonda e de Magma, em mais de 40 concertos do Rio e também no exterior, a partir de 1972, sob o patrocínio do Departamento de Cultura do Rio de Janeiro. 

         Entre os populares, seus poemas foram musicados pelo compositor e intérprete Madan, Pedro Luiz das Neves (1961-2014), como "Çaiçuçáua", "Pele" e "Geminiana"


4— Didatismo das obras:


Seus poemas também foram utilizados como material de palestras e cursos de Literatura ( Gilberto Mendonça Teles, na PUC-RJ, Angélica Soares e Dalma Nascimento, na UFRJ, Lucila Nogueira, na UFPE, Marlene Paula Marcondes e Ferreira de Toledo, na USP), Psicanálise (Wilson de Lyra Chebabi) e Astrologia (Martha Pires Ferreira), entre outros.


5— Um poema:


PEDIDO

A Manuel Bandeira


Quando eu estiver mais triste

mas triste de não ter jeito,

quando atormentados morcegos

— um no cérebro outro no peito —

me apunhalarem de asas

e me cobrirem de cinza,

vem ensaiando de leve

leve linguagem de flores.

Traze-me a cor arroxeada

daquela montanha — lembra?

que cantaste num poema.

Traze-me um pouco de mar

ensaiando-se em acalanto

na líquida ternura

que tanto já me embalou.


Meu velho poeta, canta

um canto que me adormeça

nem que seja de mentira.


Caieiras, 25 de janeiro de 1954


*Fontes: 

Wikipédia, 

https://nuhtaradahab.wordpress.com/2009/04/24/olga-savary-1933/

https://www.google.com/amp/s/jornalnota.com.br/2020/05/17/os-10-melhores-poemas-de-olga-savary/amp/

16 maio 2023

Evento do Dia das Mães. 14 de maio de 2023.

 

A AVALB através de sua fundadora, e de sua Moderadora responsável pela organização do evento do Dia das Mães, Luz Rowena, vem informar que foram apresentadas 65 obras de 63 poetas/escritores do Brasil e exterior, todos membros do grupo AVALB, assim discriminados: Bolívia (1), Brasil (47), Chile (1), Cuba (2), Itália (1), México (1), Porto Rico (1), Portugal (5), República da Macedônia (1), Romênia (1), e Venezuela (2). Agradecemos a presença da Fundadora do Grupo Passarela Literária Sil Landarim, ao Diretor Presidente do Grupo Estação Poética & Corazón Arturius Dragar, a C.E.O. da Academia e Grupo AVALB: Poesia Maria pela tarefa na Moderação e comentários, e aos nossos acadêmicos: Aníbal José Garcia Espinoza, Eduardo Gonçalves (Edu Viola), Jurandir Argolo, Marisa Francisco e Vainer Augusto de Oliveira, por suas inspiradas composições que abrilhantaram a ocasião. 

Aos nobres poetas que integram o Grupo AVALB, nossos agradecimentos por suas magníficas obras que tornaram esse evento possível, conferindo a seguir, os certificados por suas participações.


Valéria L - Fundadora.


Vídeo




14 maio 2023

14 de maio de 2023 - Dia das mães


Uma homenagem da AVALB a todas as mães.

Parabéns! 

13 de maio - A Lei Áurea e os escritores abolicionistas


13 de maio - A Lei Áurea e os escritores abolicionistas

1— A data
2— Abolicionismo e escritores ativistas
3— Luis da Gama
4— A escravidão: Poesia de Tobias Barreto

1— A data:
A data comemora o fim da escravidão no Brasil oficialmente através da Lei Áurea (Lei da Abolição da Escravatura) assinada pela princesa imperial do Brasil, Isabel, que  a sancionou em 13 de maio de 1888. A data foi feriado nacional até 15/12/1930,  quando a condição foi revogada através da Lei nº 19.488, assinada pelo ex-presidente Getúlio Vargas.

2— Abolicionismo e escritores ativistas:
O abolicionismo foi um movimento político que visou à abolição da escravatura e do comércio de pessoas oriundas da África. Desenvolveu-se durante o iluminismo do século XVIII e tornou-se uma das formas mais representativas de ativismo político do século XIX. 
No Brasil, Bernardo Guimarães, Luís Gama, Castro Alves e Narcisa Amália foram alguns dos escritores que se dedicaram a lutar pela abolição através de suas obras e publicações através de livros, jornais e periódicos. 
Luís Gama foi o multitarefas dentre todos os expoentes desta luta, pois valeu-se dos tribunais, de seus próprios recursos financeiros além de seu material publicado para libertar pessoas que se encontravam vitimadas pelo regime escravocrata.

3— Luís da Gama:
Luís Gonzaga Pinto da Gama (21 de junho de 1830—24 de agosto de 1882) foi advogado, orador, jornalista, escritor, abolicionista e  Patrono da Abolição da Escravidão do Brasil. 
Nasceu de mãe negra livre e pai branco. Feito escravo aos 10 anos, permaneceu analfabeto até os 17;  judicialmente obteve a própria liberdade e passou a atuar na advocacia em prol dos cativos. Aos 19 anos publicou o 1° texto, aos 29 era autor consagrado e considerado como "o maior abolicionista do Brasil". 
Foi um dos raros intelectuais negros no Brasil escravocrata do século XIX, o único autodidata, e também, o único a ter vivido em cativeiro. 
Sua obra está reunida em 10 volumes, e apesar de ser um dos expoentes do romantismo, muitas obras didáticas  sequer mencionam seu nome. 
Teve uma vida ímpar, e para o historiador Boris Fausto, Luís foi dono de uma "biografia de novela". 
Desde 2018 seu nome está inscrito no Livro de Aço dos heróis nacionais. Magnum opus: Primeiras Trovas Burlescas do Getulino, publicada no ano de 1859.

4— A escravidão: Poesia de Tobias Barreto

Tobias Barreto de Meneses (7 de junho de 1839—26 de junho de 1889) foi um filósofo, poeta, crítico e jurista brasileiro e fervoroso integrante da Escola do Recife, um movimento filosófico de grande força calcado no monismo e evolucionismo europeu. Foi o fundador do condoreirismo brasileiro. Dedicou sua influência para sensibilizar a sociedade da época com uma poesia publicada em 1868 em folhetins e jornais. Ela faz parte do livro "Dias e Noites", publicado após sua morte, em 1893, sendo integrante da série Parte I - Gerais e Naturalistas (BARRETO, Tobias. Dias e noites. Org. Luiz Antonio Barreto. Introd. e notas Jackson da Silva Lima. 7.ed. rev. e aum. Rio de Janeiro: Record; Brasília: INL, 1989. p.122. Obras completas).

A Escravidão

Se Deus é quem deixa o mundo
Sob o peso que o oprime,
Se ele consente esse crime,
Que se chama a escravidão,
Para fazer homens livres,
Para arrancá-los do abismo,
Existe um patriotismo
Maior que a religião.

Se não lhe importa o escravo
Que a seus pés queixas deponha,
Cobrindo assim de vergonha
A face dos anjos seus,
Em seu delírio inefável,
Praticando a caridade,
Nesta hora a mocidade
Corrige o erro de Deus!...

Rubem Fonseca. Dados biográficos de um escritor nascido em 11 de maio

Rubem Fonseca

Escritor


1— Dados biográficos

2— Estilo literário

3— Rol de obras

3.1- Romances

3.2- Contos

3.3- Crônicas

4— Premiações

5— Fontes


1— Dados biográficos:

José Rubem Fonseca escreveu romances, ensaios, roteiros e contos. Nasceu em Juiz de Fora, criou-se no RJ. Graduado pela Faculdade Nacional de Direito (atual  UFRJ) foi  comissário no 16º Distrito Policial-RJ. Na Escola de Polícia destacou-se em Psicologia e em julho de 1954 obteve uma licença para estudar a matéria com profundidade, o que lhe permitiu lecionar psicologia na FGV-RJ. 

Foi escolhido, com mais 9 policiais cariocas, para se aperfeiçoar nos E.U.A. (no período de setembro/1953 até março/1954). Nesta época, também estudou administração de empresas na New York University. Posteriormente, saiu da polícia para trabalhar na Light, até se dedicar integralmente à literatura. 


2— Estilo literário:

Rubem Fonseca inaugurou algo novo na literatura brasileira contemporânea, que foi chamada, como brutalista, em 1975 através de Alfredo Bosi. Em seus contos e romances utiliza-se uma maneira de contar, na qual destacam-se personagens que são narradores. Várias das suas histórias (principalmente romances) são apresentadas na estrutura de uma narrativa policial com fortes elementos de oralidade. O fato de ter atuado como advogado, aprendido medicina legal, trabalhado como comissário de polícia, ter vivido no subúrbio do Rio de Janeiro teria contribuído para o escritor criar histórias do mundo parecido com o real dentro dessa linguagem direta. Provavelmente, devido a isso, vários de seus personagens de suas obras são (ou foram) delegados, inspetores, detetives particulares, advogados criminalistas, ou, ainda, escritores.


De 1963 a 2018,  produziu vasta obra entre romances, contos e um livro de crônicas.


3— Rol de obras:


3.1- Romances:

• O Caso Morel (1973)

• A Grande Arte (1983)

• Bufo & Spallanzani (1986)

• Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos (1988)

• Agosto (1990)

• O Selvagem da Ópera (1994)

• E do meio do mundo prostituto só amores guardei ao meu charuto (1997)

• O Doente Molière (2000)

• Diário de um Fescenino (2003)

• Mandrake, a Bíblia e a Bengala (2005)

• O seminarista (2009)

• José (2011)


3.2- Contos:

• Os prisioneiros (1963)

• A coleira do cão (1965)

• Lúcia McCartney (1969)

• O homem de fevereiro ou março (1973)

• Feliz Ano Novo (1975)

• O cobrador (1979)

• Romance negro e outras histórias (1992)

• O buraco na parede (1995)

• Histórias de amor (1997)

• A confraria dos espadas (1998)

• Secreções, excreções e desatinos (2001)

• Pequenas criaturas (2002)

• 64 Contos de Rubem Fonseca (2004)

• Ela e outras mulheres (2006)

• Axilas e Outras Histórias Indecorosas

(2011)

• Amálgama (2013)

• Histórias Curtas (2015)

• Calibre 22 (2017)

• Carne Crua (2018)


3.3- Crônicas:

• O romance morreu (crônicas, 2007)


4— Premiações:

• Jabuti (1970, 1984 e 1993), 

• Associação Paulista dos Críticos de Arte (1979, 2000), 

• Prémio Camões 2003 (o mais prestigiado galardão literário para a língua portuguesa), 

• Prémio Casa de las Américas (2005), 

• Prêmio ABL de Ficção romance teatro e conto (2007) e 

• Prêmio Machado de Assis (2015).


5— Fontes:

Wikipédia . com

ebiografia . com

multirio. rj. gov. br

[Rubem Fonseca: seu estilo e seus gêneros literários - MultiRio]

 

José Couto Vieira Pontes - expoente da literatura sul matogrossense

 

José Couto Vieira Pontes:
O Mato Grosso do Sul e um de seus expoentes literários.

José Couto Vieira Pontes é escritor, contista, crítico literário, advogado, Ex-Procurador Geral do Estado de Mato Grosso do Sul,  e magistrado aposentado, nascido em Três Lagoas. 

• Academia Sul-Mato-Grossense de Letras:
Junto a Ulisses Serra e Germano de Souza fundou a Academia Sul-Mato-Grossense de Letras em 30/10/1971 (originalmente denominada "Academia de Letras e História de Campo Grande"), cognominada "Casa Luis Alexandre de Oliveira", onde  o autor tanto é membro efetivo, ocupando a Cadeira n°11, quanto presidiu o silogeu, ocupando a Cadeira n° 11. 

• A literatura:
Além de sua carreira jurídica, o autor desenvolveu paralelamente a carreira literária, consolidada por livros de sua autoria e inúmeros prefácios em obras literárias. 

• Obras destacadas: 
— Deste lado do horizonte, 
— Jorge Luiz Borges, a erudição e os espelhos, 
— História da literatura Sul-Mato-Grossense
— Do diário de Cândido Hambre Del Calabozo
— A casa dos ofendículos, e 
— Os Vinte Anos da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras (obra em que abordou entre outros elementos a  identidade cultural e características regionais) . 

• Prêmio:
— Recebeu o Prêmio Santos Vahlis Literatura, RJ – 1956.
— Comendador Ordem Santos Dumont

• Fontes:
acletrasms.org.br
worldcat.org [6 editions published in 1981]
correiodoestado.com.br
fundacaodecultura.ms.gov.br
ocs.ufgd.edu.br


Certificados - Melhores do mês abril. Grupo A.V.A.L.B.

 

Certificados do mês de abril/2023 por ordem de categoria. Membros do grupo AVALB. 

Parabéns a todos com os cumprimentos da Direção-geral.





Evento - Dia da Literatura Brasileira


Agradecimentos e certificados:


A AVALB e sua Moderadora Luz Rowena, organizadora do evento 'Dia da Literatura Brasileira', vem informar que foram apresentadas 48 obras de 46 poetas/escritores do Brasil e exterior, assim discriminados: Angola (1), Brasil (35), México (1), Peru (1), Porto Rico (1), Portugal (3), Romênia (1), e Venezuela (1 por acadêmico desta nacionalidade residente no Brasil). Agradecemos a presença da Presidente da AMCL Academia Mundial de Cultura e Literatura,  Janete Sabag Bottan, aos  administradores do Grupo Estação Poética & Corazón através do casal de Arturius Dragar e Marcia Lorgan Dragar, as representantes da  Moderação do Grupo AVALB e aos nossos acadêmicos: Aníbal José Garcia Espinoza, Eduardo Gonçalves (Edu Viola), Jurandir Argolo e Vainer Augusto de Oliveira, por suas inspiradas composições que abrilhantaram a ocasião. 

Menções Honrosas aos poetas/escritores: 

Arilo Cavalcanti Jr. ("A sacerdotisa de Tupã"), Carlos Soares de Oliveira ("A Poesia conspira por mim"), Inês Carolina Rilho ("Acróstico"), Isaura Theodoro (Isaura Poetisa - "Homenageando Alencar") e  Nazareth Ferrari ("O Dia da Literatura").

Destaques dos poetas/escritores nacionais e internacionais:

Ju Ju Dias ("Índia Iracema"), Marcia Lorgan Dragar ("A Poesia me Fez Quem Sou"), Ricardo Aranha Andrade (Ricky Mágico - "Na roça também se lê"), todos poetas brasileiros.

Arturius Dragar ("A Poesia em mim") e Erick Sosa ("Letras Armadas"). Poetas residentes fora do Brasil.

Por fim, a AVALB, agradece a todos os talentosos poetas que compareceram ao evento, conferindo os presentes certificados àqueles que, em consonância com a data, apresentaram seus trabalhos poéticos.




1° de maio - Dia da Literatura Brasileira

1° de maio - Dia da Literatura Brasileira

1- Sobre a efeméride;
2-  Sobre o escritor José de Alencar.

1- Sobre a efeméride:

A data é comemorada anualmente e consiste em uma homenagem aos grandes escritores, suas obras e a rica  diversidade das escolas literárias que marcaram cada período social e intelectual da história do Brasil. Serve também para que bibliotecas, escolas, editoras, órgãos públicos e outras instituições divulguem a literatura nacional , realizando eventos de incentivo à leitura das obras desse autor e outros de relevo.

Quanto ao dia, ele foi escolhido como forma de  homenagear o aniversário de nascimento de um dos mais importantes autores do Romantismo Brasileiro, e fundador do romance de temática nacional, José de Alencar. 
             Ainda que seja uma data que o homenageia, ela é  principalmente, 
ela é  principalmente, estendida à literatura brasileira como um todo, sendo um momento de reflexão  sobre a história da literatura brasileira, sua evolução, além de divulgar seus autores clássicos, e incentivar a leitura de obras de escritores e escritoras contemporâneos. 

Cabe por fim ressaltar, que o primeiro registro literário nacional foi a carta de Pero Vaz de Caminha,  escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral que além de cartas deixou diários com  literatura informativa (algo próximo às narrativas de viagens) sobre o Brasil. Quanto ao marco inicial da literatura brasileira, este foi o poema épico Prosopopéia (1601) de Bento Teixeira.

2-  Sobre o escritor José de Alencar:

José Martiniano de Alencar foi escritor, advogado, jornalista e político, sendo notável por ter sido o fundador do romance de temática nacional, e por ser o patrono da cadeira fundada por Machado de Assis na Academia Brasileira de Letras. 

Era natural de Messejana (município incorporado a Fortaleza em 1921), nasceu de uma relação ilegítima (filho de sacerdote Católico) e sua paternidade foi nomeada através de uma "Escritura de Reconhecimento e Perfilhação de Filhos Espúrios" (1859). 

Em 1840 foi para o RJ e mais tarde fundou a revista Ensaios literários. 

Formou-se em Direito (1850),  estreou como folhetinista no Correio Mercantil (1854), e como romancista com "Cinco Minutos" (1856). Seu legado é composto por 20 romances escritos de 1856 a 1875 (sendo Encarnação publicado postumamente, 1893), 7 peças para teatro (1857-75), 2 crônicas (sendo uma póstuma, 2017), uma autobiografia (póstuma, 1893) e 4 críticas (1865-66). 

Seu primeiro romance, Cinco minutos, foi publicado em 1856. No entanto, suas obras mais conhecidas e populares são: O guarani (1857), Lucíola (1862), Iracema (1865) e Senhora (1875). 

É o principal e mais versátil romancista do romantismo brasileiro, com obras  indianistas, urbanas, regionalistas e históricas. Também escreveu para o teatro, com peças relevantes, como: O demônio familiar (1857) e As asas de um anjo (1860).

Obras publicadas: Cinco Minutos, 1856; A viuvinha, 1857; O guarani, 1857; Lucíola, 1862; Diva, 1864; Iracema, 1865; As minas de prata - 1º vol., 1865; As minas de prata - 2.º vol., 1866; O gaúcho, 1870; A pata da gazela, 1870; O tronco do ipê, 1871; Guerra dos mascates - 1º vol., 1871; Til, 1871; Sonhos d'ouro, 1872; Alfarrábios, 1873; Guerra dos mascates - 2º vol., 1873; Ubirajara, 1874; O sertanejo, 1875; Senhora, 1875; Encarnação, 1893; entre outras.

Em suas obras, além das características da estética romântica, ousava criar  personagens femininas fortes e independentes, como Aurélia Camargo, de Senhora, e Iracema, do romance homônimo. 

Não podemos deixar de mencionar outro personagem em situação de inferioridade social, Pedro, da peça O demônio familiar, um jovem escravo que sai do seu lugar de oprimido para exercer poder de manipulação na família de seus donos.

Por utilizar personagens típicos do Brasil, como o índio e a vida no sertão nordestino, ficou conhecido por ser o primeiro escritor brasileiro a retratar seu país exatamente como ele era. 

Uma curiosidade, é que ele foi o principal inspirador do jovem  Machado de Assis, hoje considerado como o maior escritor brasileiro.

José de Alencar morreu em 12 de dezembro de 1877, no Rio de Janeiro, vítima de  tuberculose, doença que tirou a vida de alguns autores românticos. 

*Fontes: 
 Fontes consultadas:

- Academia Brasileira de Letras.
- Arquivo da Faculdade de Direito do Recife.
- UFPE nas Redes
- UFPE/Campus Recife/1º de maio, Dia da Literatura Brasileira
- Arquivo CCJ
- Curiosidades 1º de maio, Dia da Literatura Brasileira

 

Aniversariantes do mês de maio. Calendário literário



Para você que nasceu no mês de maio, parabéns! Ele é repleto de efemérides ligadas a cultura e possui um grande número de nascimentos de escritores com grande reconhecimento, e para conhecer um pouco sobre esse conteúdo, apresentaremos abaixo um pequeno calendário com essas datas. 


01 – Dia da Literatura Brasileira

01 – Nascimento do escritor José de Alencar, em 1829

01 – Nascimento do jornalista, escritor e jurista e acadêmico Afonso Arinos de Melo Franco, em 1868 

01 – Nascimento do escritor Otto Lara Resende, em 1922

02 – Dia do Taquígrafo

02 – Nascimento do escritor, intelectual e museólogo Mario Neme (Piracicaba), em 1912 

03 – Dia Internacional da Liberdade de Imprensa

03 – Nascimento do lexicógrafo, filólogo e ensaísta Aurélio Buarque de Hollanda Ferreira, em 1910

03 – Nascimento da escritora Nélida Piñon, em 1937

04 – Nascimento do jornalista, poeta, 

filósofo e político brasileiro Luís Murat, em 1861

05 – Dia Mundial da Cultura Lusófona 

05 – Dia da Língua Portuguesa

05 – Dia Nacional das Comunicações

06 – Nascimento do escritor e matemático Malba Tahan (Júlio César de Melo e Sousa), em 1895 

06 – Nascimento do filósofo, pedagogo, historiador, especialista em Língua Portuguesa e escritor acreano Hildebrando Campestrini, em 1941

07 – Nascimento do escritor Gilberto Amado, em 1887

09 – Aniversário da Fundação de Mato Grosso

09 – Nascimento do poeta pernambucano Ascenso Ferreira, em 1895

10 – Nascimento do escritor, contista, crítico literário, advogado, Ex-Procurador Geral do MS e magistrado José Couto Vieira Pontes, em 1933

11 – Inauguração do telégrafo no Brasil, em 1852

11 – Lançamento da edição em português da Wikipédia, em 2001

11 – Nascimento do escritor e roteirista Rubem Fonseca, em 1925 

12 – Nascimento do diplomata, poeta, ensaísta, memorialista e historiador brasileiro, membro da Academia Brasileira de Letras e atual orador do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Alberto da Costa e Silva, em 1931

13 – Abertura ao público da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, inicialmente só para os nobres, em 1811

13 – Dia da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro

13 – Nascimento do poeta Raimundo Correia, em 1859

13 – Nascimento do escritor Lima Barreto, em 1881

13 – Abolição da Escravatura, 1888

13 – Nascimento do escritor Murilo Mendes, em 1901

14 – Nascimento da jornalista e escritora 

Mariana Godoy, em 1969

15 – Nascimento do cartunista, caricaturista e ilustrador Belmonte (Benedito Carneiro Bastos Barreto), criador da personagem “Juca Pato”, em 1896

15 – Nascimento do escritor integrante do Movimento da Luta Antimanicomial, Austregésilo Carrano Bueno, em 1957 

16 – Nascimento de um dois mais importantes penalistas brasileiros, advogado, desembargador, professor com diversas obras publicadas ao longo da vida, Nelson Hungria Hoffbauer, em 1891

16 – Nascimento do escritor Ronald de Carvalho, em 1893 

16 – Nascimento do sociólogo, escritor e professor brasileiro Sergio Miceli, em 1945

17 – Dia Mundial da Sociedade da Informação 

17 – Nascimento do poeta e diplomata brasileiro Luís Aranha, em1901

17 – Nascimento do advogado, jornalista e poeta pernambucano Carlos Pena Filho, em 1929

18 – Dia Internacional dos Museus 

18 – Nascimento do escritor e politico Marquês Maricá (Mariano  José  Pereira  da  Fonseca), em 1773 

20 – Dia do Pedagogo

20 – Nascimento do escritor J. G. de Araújo Jorge, em 1914

21 – Dia da Língua Nacional

21 – Nascimento da poeta e escritora Olga Savary, em 1933

24 – Dia do Telegrafista 

24 – Dia do Digitador

24 – Nascimento do escritor, autor de

telenovelas, roteirista e dramaturgo Walter Negrão, em 1941

24 – Nascimento do poeta brasileiro Chacal,  em 1950

27 – Dia Mundial das Comunicações Sociais

28 – Nascimento do professor, gramático, filólogo, linguista e dicionarista brasileiro Celso Luft, em 1921

29 – Nascimento do escritor e um dos principais representantes do naturalismo no Brasil Adolfo Caminha, em 1867

29 – Nascimento do engenheiro e escritor pernambucano Alberto Rangel, em 1871

31 – Nascimento da jornalista,  apresentadora de televisão, atriz,  escritora e ex-cantora brasileira Marília Gabriela Baston de Toledo ("Gabi"), em 1948).

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