03 junho 2024

VII DINÂMICA ACADÊMICA - 1° participante: Acad. Cadeira 7.


A.V.A.L.B. - ACADEMIA VIRTUAL DE AUTORES LITERÁRIOS DO BRASIL

VII DINAMICA ACADÊMICA

TEMA:"Dia Mundial da Criança. 1950 - A criação do Dia Mundial da Criança pela ONU"

Título: CRIANÇAS ÓRFÃS DOS SEUS DIREITOS.

Acadêmico: Vainer Oliveira (Vainer Cosme Augusto de Oliveira).

Cadeira: 7 - PAT.: Cora Coralina


• Divulgado na 2ª feira, dia 3 de junho.


CRIANÇAS ÓRFÃS DOS SEUS DIREITOS.


Uma criança abandonada à própria sorte,
Em guerra com a famigerada violência!
O mundo hostil não lhe tem clemência,
Quando a transforma em espectro da morte!
É um trapo humano, com a cara suja, 
De pés descalços, pelas ruas perambula,
Sem ter um pedaço de pão que engula,
Para matar a fome da miséria que lhe enferruja,
Tanto o estômago e embota a mente,
Ao passo que perde a mais pura inocência!

Uma vítima da sacanagem de irresponsáveis,
Sem quaisquer princípios ou maturidade de pais,
Aos poucos perde os aspectos de gente,
Passa a viver as dores de tantos ais;
Assume a condição vil da famigerada impotência,
Ao se tornar uma fera domesticada dos dias intragáveis!

Uma criança que é vitima e presa da
politicagem,
Sempre perpetrada pela forma insana de animais,
Os homens sem escrúpulos que a cada quatro anos,
Surgem renovando-lhe a esperança de ter um lar!
Dorme nas calçadas sem direito a um leito,
Como uma criança que é abandonada, por sacanagem,
Dos que esquecem seus deveres de humanos,
Porém ostentam brilhando no peito,
Broches de ouro presos nas lapelas caras,
Um escárnio da separação entre o amar e o abandonar!

Uma criança desolada que vegeta entre ruínas,
Espreitando o perigo de semáforos e esquinas,
Por um teto, um alimento ou um gole d'agua!
Em cada lágrima rolada desagua a sua mágoa,
Que escorre pelo rosto até à boca na secura!
Sem qualquer proteção, não lhe socorre o irmão,
Que jurou um dia aos seus pais a substituição,
Quando lhe sobreviesse a ausência paterna,
Quase não se encontra o padrinho da jura!

As mãos sangram e no seu rosto a tristeza eterna,
Já destruiu e maculou a inocência!
Não consegue mais viver com decência, 
Uma vez que se lhe instalou a indigência, 
Bem natural ao farrapo humano, pária da sociedade!
Na impotência de se sentir manchada,
Não sabe mais qual é a sua idade,
Nem mesmo sua naturalidade ou data de nascimento!
Seu corpo à noite é exposto ao relento,
Além da prática do sexo em fria calçada!
É possível ter o que hoje comemorar,
Se o convite é de Dia Internacional da Criança,
Mas lhe falta respeito, atenção, empatia e reciprocidade?


A criança escondida sozinha na selva de pedra perversa,
Todo dia chora por encontrar um ombro amigo,
Além do resgate de viver com esperança!
Quando o sol se apaga, trazendo da noite a escuridão, 
Aumenta - lhe o medo, pelo fantasma do perigo! 
Pulsa forte no peito o coração,
Ao clamar a Deus que pare este inferno,
Dessa frieza humana, como se fosse o inverno!
O socorro na sua visão não chega, e ruge o céu, 
Nessa sofrida vida de viver ao léu!

Pudesse a ONU intervir neste drama,
Para, realmente, se comemorar o seu Dia Mundial!
Com esta efeméride chamar a atenção para a trama,
De tantos problemas que as crianças estão vivendo,
Sem que encontremos outra catástrofe igual!
Olhemos para esses seres que estão sofrendo,
Ao rogarmos por proteção, independentemente da raça, 
Da cor, da religião, da origem social, do país originário!
Criança tem direito a viver dignamente pela graça,
Com afeto, com amor e com compreensão!
Criança tem direito de ter em seu calendário,
Uma alimentação adequada, cuidados médicos e a gratuita educação,
Além da proteção contra as formas de exploração!
Criança tem que crescer num clima de tranquilidade,
Onde haja paz, amor, liberdade,  igualdade
e fraternidade!


Direitos Autorais Reservados Por  Lei Ao Autor Vainer Oliveira-RT-138.541.954.





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